Bradesco – Números decepcionam até mesmo os pessimistas.
Bradesco
BANCOS
Números decepcionam até mesmo os pessimistas.
ROE baixíssimo, de 3,9%, reflete caso Americanas.
O Bradesco, depois do fiasco de comunicação que foi o trimestre anterior, agora se mostra mais austero e mais claro na comunicação com o mercado. Junto com o Itaú, o Bradesco optou por provisionar 100% dos créditos que tinha contra as Americanas – caso que tem puxado para baixo todos os credores, com destaque para os grandes bancos. A exposição era grande, no valor de R$ 4,8 bilhões, e isso puxou para baixo o ROE, que provavelmente teria atingido os dois dígitos caso o Banco não tivesse exposição.
Banco freou concessões, com inadimplência em alta.
A carteira de crédito permaneceu estável em termos nominais, refletindo maior conservadorismo por parte do Bradesco. Em paralelo, tivemos uma deterioração de 40 basis na inadimplência, que foi de 3,9% no 3T22 para 4,3%. Os números deteriorados refletem a piora no cenário macro, que vem afetando mais o público de baixa renda e PMEs – mercados em que o Bradesco é grande.
Pricing é o ponto positivo.
O Bradesco negocia hoje num múltiplo de 0,9x valor patrimonial, o que é extremamente baixo quando comparado com o desempenho histórico do banco. Nós aqui na Órama acreditamos que deverá acontecer um retorno de uma parte da lucratividade perdida, conforme as medidas de austeridade comecem a se refletir novamente nos números da empresa de forma positiva. Para que haja o repricing, no entanto, o Bradesco tem que reconquistar a confiança do mercado, o que não deve acontecer no curtíssimo prazo.
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