Panorama Semanal – 18 a 22 de julho
A manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado, foi um dos principais destaques no noticiário desta semana, dividindo espaço com a primeira prisão realizada no Brasil com base na lei antiterror.
O Banco Central, ao manter os juros no patamar atual, deu a indicação de que o início do corte na Selic não ocorrerá em breve.
O IPCA-15 registrou que a inflação de julho acelerou para 0,54% e acumula 8,93% em 12 meses.
Já as projeções de crescimento do país divulgadas esta semana estão mais positivas. E o Fundo Monetário Internacional, embora registrando as incertezas do Brasil, reviu a previsão de crescimento do país de zero para 0,5% no ano que vem.
Outra notícia relevante foi a decisão do governo de não contingenciar o Orçamento de 2016. A ideia é usar uma reserva “não carimbada” de R$ 38 bilhões para evitar o corte nos gastos.
No front internacional, as atenções se voltaram para a tentativa de golpe e consequências do mesmo na Turquia.
No Brasil, os mercados repercutiram, ao longo da semana, o cenário externo, com os investidores confiantes em relação ao país e menor aversão ao risco – apesar das preocupações com a Tuquia e com o Brexit. O Copom também influenciou os indicadores.
Na quinta-feira, a Bolsa operou volátil e fechou em leve alta, de 0,11%. No mês, o Ibovespa acumula valorização expressiva, de 9,93%.
Já o dólar, que vinha em trajetória de queda, subiu na quinta-feira 0,95% ante o real e fechou cotado a R$ 3,28.
Apesar de o Tesouro ter captado US$ 1,5 bilhão no mercado externo com bônus para 2047, pesou, por outro lado, a sanção, pelo presidente Michel Temer, do reajuste para servidores do Judiciário e Ministério Público Federal. E, além dessa preocupação com o ajuste fiscal, os investidores também acompanharam com cautela os desdobramentos da Lava Jato, com a confirmação da denúncia por obstrução das investigações envolvendo o nome de, entre outros, o ex-presidente Lula.
Bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal da Órama.