Auxílio emergencial deve voltar por 4 meses segundo Bolsonaro e os últimos destaques
Sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
RESUMO DOS MERCADOS
Cotação | Dia | Semana | Mês | Ano | |
Ibovespa (pts) | 119.299,80 | 0,73% | -0,78% | 3,68% | 0,24% |
Dólar PTAX (R$) | 5,3626 | -0,74% | -0,48% | -2,07% | 3,19% |
DI Jan 2025 (bps) | 6,42% | 1 | 10 | 8 | 77 |
S&P 500 (pts) | 3.916,38 | 0,17% | 0,76% | 5,45% | 4,26% |
BRASIL EM FOCO
DESTAQUES
O Ibovespa encerrou em alta, mas perdeu força após a declaração do presidente Bolsonaro sobre um novo auxílio emergencial de 3 ou 4 parcelas, que eleva o receio quanto ao controle fiscal.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
Jair Bolsonaro afirmou que o auxílio emergencial deve voltar a ser pago a partir de março com duração de até 4 meses. “Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir de março. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento, também temos que ter responsabilidade fiscal.” O presidente reforçou que o nome é “emergencial” e não pode ser eterno, porque isso levaria a um endividamento muito grande do país.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sinalizou que membros do Congresso e da equipe de Guedes poderão se reunir durante o Carnaval para avançar nas negociações. Pressionado por Arthur Lira (PP-AL) para apresentar uma solução imediata, Paulo Guedes informou que a proposta está pronta para ser encaminhada ao Legislativo, todavia, cobrou do Congresso a aprovação da PEC de Guerra para viabilizar a liberação dos recursos. O ministro esclareceu que o governo pode pagar cerca de R$ 250,00 por até 4 meses sem estabelecer gatilhos para a contenção de outras despesas.
SETOR DE SERVIÇOS
O setor de serviços apresentou redução de 0,02% em dezembro, frente a novembro de 2020, interrompendo uma sequencia de seis altas seguidas. No ano de 2020 a retração foi de 7,8%, a maior queda da série histórica iniciada em 2012, superando a contração observada em 2016 (-5%). Os setores que mais impactaram o indicador foram os serviços prestados às famílias (-35,6%), profissionais, administrativos e complementadores (-11,4%) e transportes (-7,7%) que são os que estão diretamente ligados às atividades presenciais. ( IBGE)
VACINAÇÃO NO BRASIL
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que a medida provisória que facilita a compra de vacinas, insumos e outros artigos para a ampliação da vacinação contra a Covid-19 deve ser votada na próxima semana. A Medida Provisória 1026/21 propõe também a dispensa de licitação e regras mais flexíveis para os contratos. O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que o governo irá adquirir todos os tipos de vacina contra o coronavírus e que toda a população estará vacinada até o final deste ano. Segundo ele, os institutos Fiocruz e Butantan podem produzir 200 milhões de vacinas em 2021.
PRESIDENTE DO BACEN
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto admitiu, em um webinar organizado pelo JP Morgan, que o esforço do BC para ser mais transparente em suas comunicações pode ter gerado mais confusão entre os agentes do mercado financeiro, especialmente em relação a última ata divulgada da reunião dos dias 19 e 20 de janeiro.
Campos Neto esclareceu o trecho do comunicado que diz: ” alguns membros questionaram se ainda seria adequado manter o grau de estímulos extraordinariamente elevado (…) deveria considerar o início de um processo de normalização parcial, reduzindo o grau extraordinário dos estímulos monetários” se tratava de uma sinalização para elevação da taxa Selic a partir da próxima reunião em março e não que tais integrantes do Comitê queriam subir a taxa de juros na reunião de janeiro. “Se você tivesse membros que realmente achavam que deveríamos ter aumentado em janeiro, eles teriam votado nisso antes e teriam sido muito claros.” ( Reuters)
CORONAVÍRUS NO BRASIL
Nas últimas 24h foram registrados 54 mil novos casos e 1.351 mortes. Desde o início da pandemia, o país acumula 236 mil óbitos e 9,7 milhões de casos confirmados de Covid-19. (Ministério da Saúde)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
DESTAQUES
As bolsas americanas fecharam sem uma direção definida, com o S&P500 e Nasdaq renovando suas máximas históricas, e o Dow Jones em ligeira queda de 0,02%. O andamento do impeachment de Donald Trump segue no radar dos investidores, bem como o pacote de estímulos proposto por Joe Biden e noticias sobre vacinação no país. Na Europa, os índices também encerraram o dia sem um catalisador.
PACOTE DE ESTÍMULOS
O Comitê de Meios e Caminhos da Câmara aprovou medidas que fornecem US$ 593,5 bi em benefícios fiscais, entre eles a liberação do pagamentos mensais de US$ 1.400. O pacote de estímulos de US$ 1,9 tri proposto por Joe Biden é debatido por diversos Comitês da Câmara, sendo cada um responsável por determinados temas da proposta. As comissões pretendem concluir suas análises nesta sexta-feira (12), levando o pacote geral à votação em plenário na semana de 22 de fevereiro. ( Bloomberg)
IMPEACHMENT DE TRUMP
Os membros da equipe de acusação da Câmara concluíram a sua argumentação no julgamento de impeachment de Donald Trump, ontem (11). A equipe de defesa alegou que encerrará a réplica em 4 horas, bem abaixo do tempo permitido para tal de 16 horas. Os advogados decidiram diminuir o tempo de exposição, visando a conclusão do processo na votação no sábado.
Um dos advogados do ex-presidente disse ter se encontrado com diversos senadores republicanos na noite da quinta, além de ter defendido uma reunião com os jurados do julgamento. O senador Dick Durbin afirmou que viu poucas evidências de que mais republicanos se juntariam aos democratas para condenar Trump por incitar uma insurreição. (Bloomberg)
VACINAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS
Joe Biden afirmou que os Estado Unidos terão insumos suficientes para vacinar 300 milhões de americanos contra o coronavírus até final julho. O presidente também disse que firmou acordos contratuais com a Moderna e com a Pfizer para a entrega de 600 milhões de doses até o final de julho. Caso a FDA, autorize a vacina feita pela Johnson & Johnson, o ritmo de vacinação no país poderá ser ainda mais acelerado. (AP)
GOVERNO ITALIANO
O ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, reuniu apoio suficiente de legisladores italianos após o partido italiano de esquerda, Movimento Cinco Estrelas, decidir apoiá-lo. Ao que tudo indica Draghi parece ter uma maioria sólida de legisladores o apoiando, sendo pouco provável que sua candidatura a primeiro-ministro italiano não seja aceita. O ex-presidente do BCE apresentará os membros de seu Gabinete de ministros ao presidente Sergio Mattarella nesta sexta-feira (12). (CNBC)
CORONAVÍRUS
Nos EUA, os casos de Covid-19 já somam 27 milhões e as mortes ultrapassam 475 mil. No mundo são 107 milhões de infectados e 2 milhões de óbitos. (Johns Hopkins / Financial Times)
HOJE
Na China e Hong Kong o feriado continua e no Japão os dois índices fecharam em direções opostas. As bolsas europeias operam sem um catalisador. Os futuros americanos apontam para uma abertura com perdas. Na agenda de indicadores, o Reino Unido divulgou o PIB, balança comercial e produção industrial. Às 9:00 o Banco Central do Brasil anuncia o IBC-Br.
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