As urnas de ontem e as de 2022
No último domingo milhões de eleitores compareceram às urnas para eleger prefeitos e vereadores. Os resultados são importantes para indicar como podem ser as eleições presidenciais aqui no Brasil em 2022 e, para o nosso economista, Alexandre Espirito Santo, o cenário pode ser menos polarizado:
A eleição de Bolsonaro, em 2018, ocorreu em um contexto de acirramento entre direita e esquerda ou, como está na moda falar, conservadores e progressistas. […] Todavia, a depender do balanço das forças que emerjam das urnas agora, o quadro pode ficar menos polarizado.
Ele comentou a influência das eleições americanas e de outros movimentos exteriores sobre os resultados em 2018, neste ano e, também, para 2022:
Em 2018, Bolsonaro surgia como uma alternativa ao petismo “raiz”, com um forte discurso anticorrupção, apoiado na operação Lava-Jato, “contra tudo isso que está aí”. No entanto, sua eleição se deu, também, dentro de um contexto maior, contra o globalismo e a globalização. Sua ascensão está umbilicalmente ligada à vitória de Trump, ao Brexit, aos movimentos religiosos mais tradicionais e à ênfase na defesa da segurança e da vida.
Uma pergunta que está em minha mente é: a vitória de Joe Biden nos EUA, dentro da lógica de resgate de uma agenda global mais “soft”, enseja que estejamos na antessala de uma eleição menos polarizada em 2022 por aqui?
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