Bolsa tem alta puxada pelo setor bancário e petróleo e os últimos destaques
Sexta-feira, 23 de outubro de 2020
RESUMO DOS MERCADOS
Cotação | Dia | Semana | Mês | Ano | |
Ibovespa (pts) | 101.917,80 | 1,36% | 3,67% | 7,73% | -11,87% |
Dólar PTAX (R$) | 5,5820 | -0,33% | -0,72% | -1,04% | 38,49% |
DI Jan 2025 (bps) | 6,43% | 5 | -19 | 1 | -2 |
S&P 500 (pts) | 3.453,49 | 0,52% | -0,87% | 2,69% | 6,90% |
BRASIL EM FOCO
DESTAQUES
A falta de definição quanto ao pacote fiscal nos EUA não impediu a alta da bolsa no Brasil, ontem. O bom desempenho foi puxado pelo setor bancário, com um boa perspectiva para os resultados do terceiro trimestre, e de petróleo, com a alta da commodity .As ações preferencias do Itaú-Unibanco subiram 5,14%, enquanto as ordinárias do Bradesco ganharam 3,39% e as preferenciais fecharam em alta de 4,60%. Já as ações ordinárias da Petrobras avançaram 3,17% e as preferenciais, 3,37%.
PROJEÇÕES PARA A SELIC
Em uma pesquisa feita pelo Valor, com 76 instituições financeiras e consultorias, é unanimidade que a taxa de juros no Brasil permaneça em 2% até o fim deste ano. Contudo, a incerteza fiscal faz com que os agentes discordem quanto aos rumos da Selic no ano que vem: a mediana das estimativas dos analistas ouvidos ficou em 2,75% para dezembro do próximo ano, mas a moda indica a taxa básica em 2%. Nos cenários extremos, há quem aposte em cortes adicionais nos juros no próximo ano — caso da Persevera que vê a Selic em 0,5%—, enquanto a ponta oposta é defendida pela Pezco, cujo cenário abarca a Selic em 4,75% em dezembro de 2021. A Órama enxerga a Selic em 2% até dezembro de 2020 e para o fim de 2021 a taxa de juros chegando em 3%. (Valor)
INDÚSTRIA
A última sondagem da CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que 68% das empresas do ramo industrial está com alguma dificuldade para obter matérias-primas ou insumos no mercado brasileiro. No mercado externo, essa parcela é de 56%. São 44% as empresas que disseram estar com dificuldades para atender clientes. Nesse universo, 47% afirmaram que é por falta de estoque. De acordo com 82% das empresas consultadas pela CNI, os insumos e matérias-primas ficaram mais caros no 3ª trimestre de 2020 em relação ao anterior. ( Poder 360)
BANCO CENTRAL
A senadora Kátia Abreu (PP-TO) apresentou relatório favorável ao projeto que possibilita ao Banco Central substituir operações compromissadas pelo depósito voluntário remunerado. No parecer, ela altera alguns pontos do texto e principal mudança trata de dar flexibilidade para que o BC administre os juros praticados nesses depósitos. No projeto original, Rogério Carvalho (SE-PT) estabelece que as remunerações dos depósitos voluntários não poderão ser maiores do que os juros pagos pelo Tesouro Nacional a títulos com maturidade equivalente à dos referidos depósitos Kátia Abreu argumentou, no entanto, que “tal limite pode ser impossível de ser determinado na prática”. “Parte dos depósitos remunerados tendem a ser acolhidos por prazos curtos, como ocorre hoje com as operações compromissadas, não havendo papel do Tesouro para servir como referência. Melhor é dar maior flexibilidade para o BC administrar esses depósitos, como ocorre em outros países”. (Valor)
CORONAVÍRUS NO BRASIL
O país ultrapassou os 5,32 milhões de casos confirmados e 155,9 mil óbitos em decorrência da Covid-19. (Ministério da Saúde)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
DESTAQUES EXTERNOS
Os índices de Wall Street fecharam o dia em alta, com a expectativa de avanços nas negociações sobre o pacote de estímulos no Congresso.
PACOTE DE ESTÍMULOS
Ontem, a presidente da Câmara Nancy Pelosi disse que um acordo sobre o pacote de estímulos estava “quase lá”. Porém, as perspectivas de aprovação no Congresso antes da eleição de 3 de novembro estão minguando. Com o ritmo das negociações se arrastando, a resistência dos republicanos do Senado está crescendo e a capacidade do presidente Donald Trump de apoiar um acordo parece estar diminuindo. Agora, alguns democratas da Câmara estão dizendo à Pelosi que não querem votar um pacote antes da eleição, se o Senado não garantir esse apoio. ( Bloomberg)
PEDIDOS DE SEGURO-DESEMPREGO
Na semana passada esse indicador caiu em 55.000 para 787.000 novos pedidos indo para o nível mais baixo desde que a pandemia de coronavírus fechou muitos negócios em março. Apesar do sinal de melhora para a economia dos EUA, ainda há meio milhão de pessoas solicitando o benefício a mais do que em fevereiro de 2020. (WSJ)
DEBATE PRESIDENCIAL
O último debate da campanha para as eleições presidenciais de 3 de novembro nos Estados Unidos foi marcado mais pelo embate de ideias do que pelos violentos confrontos verbais que ocorreram no primeiro encontro do presidente Donald Trump com o rival democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden. Como era esperado, os dois divergiram profundamente sobre todos as questões abordadas, que incluíram a pandemia da Covid-19 e a crise econômica provocada por ela, o racismo, o direito à saúde, o meio ambiente e as relações com a China e a Coreia do Norte. Apesar do tom mais contido, muitos analistas não enxergam um mudança significativa na opinião dos eleitores americanos, visto que o número de indecisos esse ano está menor. (O Globo / Reuters)
CORONAVÍRUS
Há sinais mais preocupantes do ressurgimento da doença nos EUA com a média de sete dias de mortes atingindo 757, o maior patamar em um mês. Na Europa, os governos estão adotando toques de recolher de forma mais ampla, à medida que lutam para conter o rápido aumento do número de casos. Nos EUA, os infectados já somam 8,41 milhões e os óbitos chegaram a 223 mil. No mundo, o número de casos ultrapassa os 41,77 milhões e 1,138 milhão de mortes. (Johns Hopkins)
HOJE
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção definida. Os índices na Europa operam em alta de mais de 1%. E os futuros de Wall Street também apontam para uma abertura positiva.
Será que agora a bolsa sobe de verdade?
Espero que sim.