Os Investimentos em Novembro de 2013
Durante o mês foram divulgados novos dados que indicam que a economia americana segue em recuperação, fazendo que o dólar continuasse se apreciando frente a várias moedas do mundo, inclusive em relação ao real. A valorização da moeda norte americana fez do mercado cambial o destaque entre os investimentos do mês.
Retomando o panorama externo, dados sobre a economia europeia indicam uma melhora na economia da região, com exceção da francesa que sofreu uma degradação dos seus indicadores. A economia asiática também dá bons sinais, na China líderes se comprometeram a realizar reformas tidas como necessárias e o índice de atividade econômica mostra expansão da mesma.
Dada a recuperação da economia global e a redução das incertezas, investidores voltam a buscar ativos com melhor remuneração, ocorre uma fuga dos ativos reais, fato que explica o mau desempenho das commodities metálicas no mês, tais como prata e ouro, o qual se desvalorizou 4,77%.
No Brasil, alguns acontecimentos afetaram o desempenho da Bovespa que fechou seu primeiro mês do segundo semestre em queda. Entre eles, o julgamento no STF sobre a correção dos planos econômicos do final da década de 1980 e início da década de 1990, que aconteceria na última semana do mês, mas foi adiado. A expectativa quanto a este julgamento, que pode gerar um passivo de R$ 150 bilhões aos bancos (públicos e privados) se a decisão for favorável aos poupadores fez com que os preços das ações do setor bancário caíssem fortemente.
As ações da Petrobras também puxaram para baixo o Ibovespa. As incertezas quanto à fórmula do reajuste automático de preço dos combustíveis e as declarações do ministro Guido Mantega, trouxeram volatilidade para os papéis da empresa. O mercado que tinha esperanças na administração de Graça Foster no que diz respeito aos reajustes de preços para manter a saúde da companhia, percebeu que a Petrobras está sendo utilizada pelo governo para segurar a inflação. No último dia do mês, depois do fechamento dos mercados, veio a decisão de aumentar os preços da gasolina e do diesel.
As muitas evidências sobre a deterioração da situação econômica brasileira, sobretudo a fiscal, preocupa investidores locais e espanta os estrangeiros. No final do mês, o Copom em sua reunião periódica, dando prosseguimento à sua política monetária e controle da inflação, decidiu mais uma vez pela alta da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, elevando a Selic para 10% ao ano.
Neste contexto, o real por dólar subiu 4,30%, o CDI rendeu 0,71% e a performance do Ibovespa foi negativa, – 3,27%. . As aplicações mais rentáveis do mês novembro foram os fundos multimercado e também os fundos cambiais.
Aproveito para chamar a atenção, para que não apostem todas as suas fichas nos fundos cambiais só porque subiram em novembro e acumulam alta no ano de 2013. São fundos voláteis e, assim como subiram, em média, 4% no mês, podem cair 4% no próximo mês. Prefira os Fundos Multimercado de gestão ativa que investem no mercado de câmbio e possuem carteiras mais diversificadas.
Os Fundos ÓRAMA que mais se valorizaram em novembro foram:
- ÓRAMA SPX Nimitz: 3,01% – O bom resultado do Fundo no mês é atribuído às suas posições compradas em dólares contra o real e contra outras moedas.
- ÓRAMA Opportunity Total: 2,17% – A performance do Fundo também se deve às posições compradas na moeda americana.
- ÓRAMA Gávea Macro: 1,77% – O Fundo ganhou com suas estratégias no mercado global, mas, principalmente, pela apreciação do dólar.
- ÓRAMA Kondor: 1,12% – A valorização de carteira durante o mês é explicada por suas operações no mercado cambial.
- ÓRAMA STK Ações: 1,07% – As ações da Kroton, que subiram mais de 19% no mês de novembro, foram o destaque contribuindo para o bom resultado do Fundo num mês de queda do índice Ibovespa.
Diante das perspectivas que o Alvaro detalha no Panorma Mensal, minhas sugestões para seus próximos investimentos e para quem quer aplicar o 13º, são as seguintes:
- Para investidores conservadores e reservas de curto prazo: ÓRAMA Cash DI, ÓRAMA JGP Hedge Plus e ÓRAMA GAP Hedge.
- Para aqueles que desejam deixar seus recursos aplicados por pelo menos três anos: ÓRAMA Gávea Macro, ÓRAMA GAP Absoluto e ÓRAMA BNY Mellon ARX Hedge Plus.
- Para os mais agressivos, que gostam de investir no mercado acionário, Fundos de Ações como: ÓRAMA JGP Equity e ÓRAMA STK Ações
Bons investimentos!