Panorama Semanal de 26 a 30 de setembro
A prisão de Antonio Palocci abriu a semana, com a determinação, pelo juiz Sergio Moro, do bloqueio de contas do ex-ministro. Ainda no âmbito da Lava Jato, o STF instaurou uma ação penal contra Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann. E a PF investiga contratos da Odebrecht.
Entre os indicadores econômicos, destaque para o primeiro relatório de inflação do Banco Central na gestão de Ilan Goldfajn, com previsão de 7,3% para o IPCA este ano e de 4,4% para 2017. Já o IGM-M acelerou para 0,20% em setembro e acumula 10,66% em 12 meses. No ano, atinge 6,46%.
Nas contas públicas, dados desfavoráveis. O governo central registrou um déficit primário recorde de R$ 20,3 bilhões em agosto. A arrecadação caiu 10%. Este ano, o buraco nas contas do governo central é de R$ 71,4 bilhões, também o pior já registrado desde 1997.
A expectativa agora é que a Reforma da Previdência seja enviada ao Congresso antes do 2º turno das eleições, bem como a PEC dos gastos públicos.
Na vida real, o reflexo da crise. Em ranking de competitividade divulgado pelo Fórum Econômico Mundial e a Fundação Dom Cabral, o Brasil aparece na 81ª posição, entre 138 países. O país caiu seis posições em relação ao ranking anterior.
A persistente greve dos bancários é outro sinal negativo no ambiente de negócios.
Lá fora, além do debate entre Donald Trump e Hillary Clinton, com trocas de acusações, as atenções se voltaram para as preocupações com a situação do Deutsche Bank e para as negociações envolvendo o petróleo. Na quarta-feira, circulou a informação de que países da Opep fecharam um acordo para restringir a produção, e a cotação disparou mais de 5%.
Nos pregões de quinta-feira, pesaram os temores em relação ao Deutsche Bank, o que aumentou a aversão ao risco. No Brasil, mesmo com ação do BC, o dólar subiu 1%, e fechou cotado a R$ 3,25. O Ibovespa registrou queda de 1,69% no encerramento dos negócios.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até 29/09 as 19h.