Envio da reforma administrativa ao Congresso é adiado e os últimos destaques 

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BRASIL EM FOCO

O dia foi de volatilidade, mas o desempenho das commodities segurou o índice brasileiro no território positivo. O Ibovespa avançou 0,65%, aos 103.444,50 pontos. No câmbio, o dólar Ptax recuou 0,54% sendo cotado, na venda, a R$ 5,3933. Nos juros futuros, os contratos de DI com vencimento em janeiro de 2025 eram negociados à taxa de 5,50%, subindo 9 pontos base.

Vale ON e CSN ON subiram 2,89% e 7,88%, respectivamente, com a perspectiva ainda de alta para os preços do minério de ferro, atualmente em US$ 119 a tonelada. (Valor)

O Relatório Focus, divulgado ontem (10), aponta uma leve melhora na expectativa do mercado quanto ao crescimento do PIB, com a contração econômica para este ano ficando em 5,62%. Os demais indicadores permaneceram sem alteração na comparação com a semana anterior. (BCB)

O ministro Paulo Guedes, por videoconferência com a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), disse que a crise econômica provocada pelo coronavírus teve pouco efeito nas exportações brasileiras, por causa do desempenho do agronegócio e que isso segurou parte da queda do PIB. Questionado sobre a reforma tributária, Guedes voltou a dizer que, se a alíquota de 12% proposta para a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) for considerada elevada, esse percentual poderá ser menor. (Folha)

O governo decidiu encaminhar a proposta da reforma administrativa ao Congresso apenas no ano que vem. Segundo técnicos da equipe econômica, a estratégia agora é esperar o resultado das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado como também as eleições municipais para avançar com o projeto. Visto que o lobby do funcionalismo público é forte no Congresso, aguardar até o 2021 significa poupar capital político para uma proposta que é polêmica por natureza. (O Globo)

Segundo o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou os 101,7 mil mortos com 3,05 milhões de casos confirmados.

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL

Nos EUA, as bolsas fecharam sem direção única com as tensões com a China e a expectativa de um acordo sobre os novos estímulos fiscais pesando na balança do investidor. O S&P 500 teve alta 0,27%, aos 3.360,47 pontos.

Republicanos e líderes democratas pediram uns aos outros para voltar à mesa de negociações para elaborar um amplo pacote coronavírus, depois que o presidente Trump emitiu quatro ordens executivas no fim de semana. Ainda não há consenso sobre o pacote, mas a canetada de Trump pode ser inconstitucional se for encarada como ferindo a autoridade do Congresso sobre a delimitação do orçamento, desse modo, o diálogo entre republicanos e democratas precisa continuar. (WSJ)

Em resposta à imposição de sanções americanas a autoridades chinesas e de Hong Kong, a China também impôs sanções a 11 cidadãos dos EUA, incluindo congressistas do Partido Republicano,como os senadores Ted Cruz do Texas e Marco Rubio da Florida. Não foi divulgado nenhum detalhe sobre essas sanções. (Reuters)

O presidente Donald Trump disse que está considerando de forma “muito séria” um corte de impostos sobre ganhos de capital.  A ideia seria indexar os ganhos de capital à inflação, por meio de uma ordem executiva. Essa medida, porém, pode enfrentar questionamentos legais. (Bloomberg)

No mundo, o número de casos confirmados chegou a 20 milhões e os óbitos ultrapassaram 736 mil. Nos EUA, os infectados somam 5 milhões e as mortes chegaram à marca dos 163 mil. (Johns Hopkins)

Nesta manhã, a notícia de que a Rússia teria desenvolvido uma vacina, além do anúncio da possibilidade de corte de impostos sobre ganhos de capital nos EUA, contribuem para o otimismo dos mercados. As bolsas asiáticas fecharam com ganhos expressivos, exceto na China que terminou o dia no vermelho. Na Europa, os índices operam em alta de mais de 2%. Os futuros de Wall Street também apontam para uma abertura em alta. O ouro recua mais de 2%, cotado a US$ 1.977 a onça.

RESUMO DOS MERCADOS

Cotação Dia Semana Mês Ano
Ibovespa (pts) 103.444,50 0,65% 0,65% 0,52% -10,56%
Dólar PTAX (R$) 5,3933 -0,54% -0,54% 3,65% 33,81%
DI Jan 2025 5,50% 9 bps 9 bps 29 bps -95 bps
S&P 500 (pts) 3.360,47 0,27% 0,27% 2,73% 4,01%

TÓPICO DO DIA

Em sua coluna semanal no Valor InvesteAlexandre Espírito Santo, economista da Órama aborda a questão da relação entre a taxa de juros e a inflação no cenário atual. A  preocupação do Alexandre é disparidade entre IPCA e o IGP-M e como a indexação de diversos contratos pelo IGP-M pode acarretar um aumento do IPCA, a partir do segundo semestre do ano que vem. Com isso, a preocupação é como o Tesouro irá conseguir rolar sua dívida, com o juros tão baixos e um quadro fiscal se deteriorando.

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