Projeto que limita juros do cartão e cheque na pandemia é aprovado pelo Senado e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
O pregão de ontem foi marcado pelo otimismo tanto com o ambiente externo quanto interno, principalmente com o reforço de Rodrigo Maia, sobre a preservação do teto de gastos. O Ibovespa avançou 1,29%, aos 104.125,60 pontos. No câmbio, refletindo a queda nos juros, o dólar Ptax avançou 1,27% sendo cotado, na venda, a R$ 5,3431. Nos juros futuros, os contratos de DI com vencimento em janeiro de 2025 eram negociados à taxa de 5,25%, recuando 10 pontos base.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou que não vai pautar nenhuma proposta que flexibilize o teto de gastos, uma vez que a irresponsabilidade fiscal inviabilizaria as demais reformas. Segundo ele, se houver uma revisão da regra fiscal antes da aprovação das reformas, os investidores internacionais fugirão do país. (Valor)
A taxa de desocupação no trimestre móvel referente aos meses de abril a junho de 2020, ficou em 13,3%, crescendo 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre de janeiro a março e 1,3 ponto percentual frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior. (IBGE)
Uma pesquisa PoderData mostra o presidente Jair Bolsonaro com 38% das intenções de voto para a eleição de 2022. Bolsonaro é líder isolado abrindo 24 pontos de vantagem sobre Fernando Haddad no primeiro turno. Em um eventual segundo turno, Bolsonaro venceria Haddad e João Doria e empataria com o ex-ministro Sérgio Moro, ambos têm 41% das intenções de voto.
O plenário do Senado aprovou, por 56 votos a 14, o texto-base do projeto que estabelece um teto de 30% para as taxas de juros cobradas em operações com cartões de crédito e cheque especial dos bancos. O limite para as fintechs é de 35%. O projeto agora segue para a Câmara. (Valor)
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, é hoje um contraponto importante ao discurso de austeridade fiscal do Paulo Guedes. Marinho defende, junto com parte dos militares e de ministros próximos ao presidente, a ampliação de gastos públicos para acelerar a recuperação da economia, em especial no Norte e Nordeste, regiões onde Bolsonaro está buscando ampliar sua base eleitoral. (O Globo)
O Brasil, segundo o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, ultrapassou os 98,4 mil mortos com 2,91 milhões de casos confirmados.
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA, os dados do seguro desemprego, e as expectativas quanto a aprovação do novo pacote de estímulos à economia americana deram suporte para as altas nas bolsas pelo mundo. O Nasdaq fechou em novo recorde, o quarto seguido. O S&P 500 registrou alta 0,64% aos 3.349,16 pontos.
Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA caíram para o nível mais baixo desde que o coronavírus atingiu o país em março. Na semana encerrada em 1º de agosto, foram 1,2 milhões de pedidos. Apesar da queda de 249 mil na comparação com a semana anterior, o dado ainda é bem superior ao recorde pré-pandemia de 695.000 em 1982. (WSJ)
O presidente Donald Trump assinou ordens executivas proibindo os residentes dos EUA de fazer negócios com os aplicativos TikTok e WeChat, de propriedade chinesa, a partir de 45 dias, citando o “risco de segurança nacional” de deixar expostos os dados pessoais dos americanos. (Bloomberg)
Apesar da pressão popular e do prazo apertado, o novo plano de estímulo para a economia dos EUA ainda não tem um texto definido, sem um acordo sobre o tema no Congresso americano. (Bloomberg)
No mundo, o número de casos confirmados chegou a 19 milhões e os óbitos ultrapassaram 715 mil. Nos EUA, os infectados somam 4,88 milhões com mais de 160 mil mortes. (Johns Hopkins)
Nesta manhã, com o aumento das tensões entre EUA e China, as bolsas asiáticas fecharam no negativo. Na Europa, os índices operam próximos da estabilidade e os futuros de Wall Street apontam para uma leve queda na abertura em dia de divulgação do relatório de emprego (payroll) nos EUA.
RESUMO DOS MERCADOS
Cotação | Dia | Semana | Mês | Ano | |
Ibovespa (pts) | 104.125,60 | 1,29% | 1,18% | 1,18% | -9,97% |
Dólar PTAX (R$) | 5,3431 | 1,27% | 2,69% | 2,69% | 32,56% |
DI Jan 2025 | 5,25% | -10 bps | 4 bps | 4 bps | -120 bps |
S&P 500 (pts) | 3.349,16 | 0,64% | 2,39% | 2,39% | 3,66% |