Queda de 29,59% na arrecadação federal e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Acompanhando as bolsas no exterior, o Ibovespa fechou em queda de 1,91%, aos 102.293,30 pontos. No câmbio, o dólar Ptax teve um dia de alta de 1,05%, após quedas expressivas nos últimos pregões, sendo cotado, na venda, a R$ 5,1647. Nos juros futuros, os contratos de DI com vencimento em janeiro de 2025 eram negociados à taxa de 5,60%, subindo 3 pontos base.
O Ministério da Economia informou que a arrecadação federal caiu 29,59% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado do mês, que ficou em R$ 86,25 bilhões, foi o quinto mês seguido de retração nas receitas, agravando o cenário de déficit das contas públicas em 2020. Em relação a maio, junho apresentou alta de 11,13% nas receitas e a melhora na arrecadação entre maio e junho se justifica pelo recolhimento do come-cotas e pelo pagamento do imposto de renda, que tinha sido prorrogado para 30 de junho. (Folha)
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego subiu para 12,4% em junho, ante 10,7% em maio. O dado faz parte da segunda Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 mensal (Pnad Covid-19). A falta de trabalho e a pandemia, juntas, fizeram com que 29,6 milhões de brasileiros deixassem de procurar trabalho em junho. (IBGE)
A última pesquisa DataPoder360, realizada de 20 a 22 de julho, mostrou que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem 43% de aprovação e 46% de desaprovação. A avaliação positiva da administração federal teve alta de 3 pontos percentuais em relação ao último levantamento, realizado de 6 a 8 de julho, e vem apresentando tendência de melhora, em um momento que Bolsonaro está se mantendo mais afastado de polêmicas e da mídia. Para a pergunta “como as pessoas avaliam o trabalho do presidente”, ruim/péssimo eram 43%, ótimo/bom 30% e regular 23%. (Poder 360)
Em meio às pressões de investidores nacionais e internacionais pela preservação da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta quinta-feira o aumento do desmatamento e das queimadas na região. Bolsonaro disse que “a floresta não pega fogo”, que o Brasil é vítima de uma “campanha maldosa” com interesses econômicos e que “não tem como você fiscalizar” toda a floresta. (O Globo)
O Brasil registrou 59.961 novos casos e 1.311 mortes. Segundo o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, o país ultrapassou os 84 mil mortos e os 2,23 milhões de casos confirmados.
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA, os sinais de uma recuperação mais fraca e desigual da economia e o aumento das tensões com a China derrubaram os índices que fecharam todos em queda de mais de 1%. O S&P 500 recuou 1,23%, aos 3.235,67 pontos.
Os dados de novos pedidos de seguro desemprego vieram piores que o imaginado. A tendência de queda foi revertida e, pela primeira vez em quase quatro meses, houve um aumento no número de solicitações do benefício. Na semana passada foram 1,416 milhão de novos pedidos, superando em 100 mil o dado da semana anterior. (WSJ)
Escalando as tensões entre EUA e China, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse “As nações do mundo que amam a liberdade devem induzir a China a mudar... de maneiras mais criativas e assertivas, porque as ações de Pequim ameaçam nosso povo e nossa prosperidade.” e devem pressionar para que mudanças aconteçam dentro do Partido Comunista Chinês. Essa seria a “missão do nosso tempo”. (Reuters)
Em resposta à decisão sem precedentes do governo Trump de fechar o consulado chinês em Houston, a China ordenou que o consulado americano na cidade de Chengdu também fosse fechado. Wang Yiwei, ex-diplomata chinês e diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da China na Universidade Renmin, em Pequim, acredita que “não é possível realizar uma ação totalmente equivalente, mas a escolha de Chengdu mostra que a China quer reduzir os danos causados às relações bilaterais .. as operações de Chengdu não são o perfil mais alto da missão dos EUA na China, em comparação com Xangai.” (Bloomberg)
O aumento de novos casos de Covid-19 em lugares que haviam controlado a infecção vem preocupando os governantes do mundo sobre qual seria a melhor forma tanto de lidar com a doença quanto de como realizar os processos de abertura. Melbourne, na Austrália, que estava com o surto controlado, vem observando novos casos ressurgirem. Hong Kong – onde escolas, restaurantes e shoppings puderam permanecer abertos – anunciou novas restrições diante de seu maior surto desde o início da pandemia. Os casos aumentaram também em Tóquio, que evitou um bloqueio total e contou com o rastreamento agressivo de contatos para conter surtos. Na Espanha, um mês após o levantamento das restrições. os novos casos quadruplicaram, com altas taxas de infecção entre jovens, e forçaram centenas de milhares de pessoas a voltarem a um bloqueio temporário. (NYT)
O PMI Composite da zona do euro, de serviços e manufatura, dá sinais de expansão. Na França o indicador registrou 57,6 e na Alemanha, 55,5. (PMI/Markit)
Nesta manhã, as bolsas asiáticas fecharam em queda com o aumento de tensões entre EUA e China, o índice Shanghai Shenzhen CSI 300 recuou 4,39%. Na Europa, os índices operam em queda de mais de 1%. Os futuros nos EUA também apontam para uma abertura no vermelho.
RESUMO DOS MERCADOS
Dia | Semana | Mês | Ano | ||
DI Jan 2025 | 5,60% | 3 bps | 12 bps | -8 bps | -85 bps |
Dólar PTAX (R$) | 5,1647 | 1,05% | -3,48% | -5,68% | 28,14% |
Ibovespa (pts) | 102.293,30 | -1,91% | -0,58% | 7,61% | -11,55% |
S&P 500 (pts) | 3.235,67 | -1,23% | 0,34% | 4,37% | 0,15% |