Questão da aviação entre EUA e China e os destaques da semana
Panorama Semanal de 1º a 5 de junho*
A abertura gradual das economias e um certo alívio na tensão política interna deram o tom positivo à semana que se encerra, mesmo com um número crescente de infectados pelo novo coronavírus – o Brasil agora é o terceiro país com mais óbitos por Covid-19. Na imprensa, destaque ainda para as relações EUA-China e para protestos e violência nos EUA devido à questão racial, após o assassinato do negro George Floyd por um policial.
O racismo já se reflete na disputa eleitoral americana. Enquanto o presidente Donald Trump quer uma repressão policial mais dura contra os protestos antirracistas, o ex-presidente Barack Obama pediu que os prefeitos reavaliem as políticas de uso da força policial.
As relações entre EUA e China continuam tensas. Esta semana, a questão da aviação foi o ponto alto, com ameaças pelos Estados Unidos de impedir voos da China – o que fez com que o país oriental flexibilizasse suas próprias restrições a companhias aéreas estrangeiras. Em Hong Kong, manifestantes desafiam o governo e protestaram contra a China.
Nos Estados Unidos, o número semanal de pedidos de seguro-desemprego chegou a 1,87 milhão, acima do estimado.
Na Europa, repercutiu a decisão do Banco Central Europeu de aumentar em 600 milhões de euros o programa emergencial contra os impactos da pandemia.
A OMS decidiu reiniciar testes com a hidroxicloroquina.
Na cena política brasileira, seguem os ataques ao STF e debates acerca de intervenção militar e liberdade de expressão. O ministro do STF Celso de Mello comparou o momento atual no Brasil com o da Alemanha nazista e criticou pretensões de intervenção militar. Em outra frente, uma decisão de Celso de Mello acalmou um pouco os ânimos na crise entre os Poderes. Ele arquivou o pedido para que o celular do presidente Jair Bolsonaro fosse apreendido.
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, agendou para a semana que vem o julgamento de ações que pedem a cassação de Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão, por irregularidades na campanha eleitoral de 2018.
Outras duas notícias de destaque foram a divulgação de dados pessoais de Bolsonaro e filhos por hackers e o adiamento da votação do projeto contra fake news.
Na economia, o governo decidiu prorrogar o auxílio emergencial por mais dois meses.
Em abril, a produção industrial despencou 18,8% frente a março. Foi o maior recuo desde o início da série histórica do IBGE, em 2002.
O diretor do Banco Central Fabio Kanczuk disse que a taxa Selic pode cair ainda mais, de acordo com as circunstâncias.
No pregão desta quinta-feira, após dias de quedas, o dólar fechou em alta de 0,73%, cotado R$ 5,129. Já o Ibovespa teve alta de 0,89%, para 93.828 pontos.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até o dia 5/6, às 9h30.-