Nova onda de infecções pela Covid-19 na China e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
O otimismo com a reabertura econômica no exterior impulsionando a retomada da demanda por commodities abafou parte dos ruídos políticos no Brasil e o Ibovespa fechou o dia em alta de 0.71%, a 81.319 pontos. O dólar PTAX recuou 0,43%, sendo cotado na venda a R$ 5,6968. No mercado de juros, os contratos DI para janeiro de 2025 eram negociados à taxa de 6,57%, subindo 4 pontos base.
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta o protocolo que libera no Sistema Único de Saúde (SUS) o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para casos leves de Covid-19. (G1)
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas educacionais), responsável pela aplicação do exame, anunciou o adiamento do Enem 2020. As datas serão postergadas de 30 a 60 dias de modo que a prova deve ocorrer em dezembro ou janeiro. (Poder360)
O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que governo pode prorrogar o auxílio emergencial para além dos 3 meses iniciais, por mais um ou dois meses. A condição de Guedes é que haja uma redução do seu valor de R$ 600,00 para R$ 200,00. (Folha)
Nova pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta quarta-feira (20) indica um aumento da reprovação do governo Bolsonaro: 25% dos entrevistados consideram o governo bom/ótimo, enquanto 50% que avaliam a gestão como ruim/péssima. Em março, esses valores eram de 30% e 36% respectivamente. A atuação de Bolsonaro na crise é vista como boa ou ótima por 21% e como ruim ou péssima por 58%, enquanto 19% veem como regular. (Infomoney)
O Centrão está ganhando cada vez mais espaço na articulação política do governo. O deputado Arthur Lira do PP vem sendo mais enfático na defesa das pautas do Presidente na Câmara que o próprio líder do governo Major Vitor Hugo (PSL). Em um momento que Bolsonaro cogita trocar líder na Câmara, Lira se torna um representante informal do Planalto. (O Globo)
No Brasil, número de mortes por coronavírus aumentou em 888 em um dia, totalizando 18.859 óbitos. Os casos confirmados ultrapassam os 291 mil, tendo aumentado em quase 20 mil registros nas últimas 24 horas. (Painel Coronavírus)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
A reabertura gradual de vários estados americanos contribuiu para que os índices tivessem um dia de forte recuperação. O S&P 500 registrou alta de 1,67%, a 2.971,61 pontos.
A ata do FOMC, referente à reunião realizada entre 28 e 29 de abril mostrou uma visão mais preocupada em relação aos efeitos do coronavírus na economia americana. Há uma percepção dos membros do Comitê que o aumento das incerteza e riscos impactem o médio prazo e que pode haver uma segunda onda de infecções no fim no ano, que implique em mais medidas restritivas.
Os pesquisadores estão preocupados com uma nova onda de infecções pela Covid-19 nas províncias de Jilin e Heilongjiang, no Nordeste da China. Os internados nas duas províncias estão portando o vírus por um período mais longo e têm demorado mais a testarem negativo para a Covid-19. Além disso, os sintomas têm se manifestado além do prazo de incubação do vírus. Isso pode indicar que o coronavírus está sofrendo mutações o que complica tanto a estratégia de quarentena quanto o desenvolvimento de tratamentos. (O Globo)
O presidente Donald Trump intensificou sua retórica contra a China, sugerindo que o líder do país, Xi Jinping, está por trás de um “ataque de desinformação e de propaganda nos Estados Unidos e na Europa” complementando que “Tudo vem do topo. Eles poderiam facilmente ter parado a praga, mas não o fizeram!”. (Bloomberg) Ainda no Twitter, Trump disse que essa campanha teria como objetivo fazer com que ‘Sleepy Joe Biden” ganhasse as eleições presidenciais e de modo que China pudesse continuar se beneficiando às custas dos EUA.
No mundo, o número de casos ultrapassou a marca dos 5 milhões e 328.368 óbitos por coronavírus. Os EUA respondem por 1.551.853 diagnósticos confirmados e 93.439 mortes. (Johns Hopkins)
A Rolls-Royce confirmou o que vai cortar 9.000 postos de trabalho (maior parte no Reino Unido) da divisão aeroespacial civil, que produz motores para jatos, como parte de um plano maior para reduzir custos em aproximadamente 1.3 bilhões de libras. As viagens aéreas foram fortemente afetadas durante a pandemia e a companhia avisou que a indústria levará muitos anos para recuperar. (The Guardian)
O PMI da zona do euro, indicador de atividade, subiu de 13,6 em abril, para 30,5 em maio. A pesquisa mostrou que a economia alemã sofreu menos e recuperou mais rapidamente do que outros países da região. (IHS Markit)
A tensão entre EUA e China se eleva, após o Senado americano passar um projeto de lei que poderá barrar algumas empresas chinesas de serem listadas nas bolsas de Nova York. Nesta manhã, os índices fecharam em baixa na Ásia e operam em queda na Europa. O viés dos futuros de Wall Street também é negativo.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar PTAX | R$ 5,6968 | – 0,43% |
DI Fut Jan/25 | 6,57% | + 4 bps |
Ibovespa | 81.319 pts | + 0,71% |
S&P 500 | 2.972 pts | + 1,67% |
TÓPICO DO DIA
Em sua coluna no Valor investe, o economista da Órama, Alexandre Espírito Santo, analisa uma possível estratégia por trás da ação do Banco Central com a recente queda na taxa de juros. Vale a leitura!