Na crise, oportunidades para iniciantes montarem uma carteira com Ações
Especialista do time de Renda Variável da Órama apresenta quatro Ações para quem quer começar a aplicar na Bolsa e estudar os setores do mercado.
O head de Renda Variável da Órama, Sérgio Franco, apontou quatro papéis da Bolsa para os iniciantes montarem sua primeira carteira de Ações. Ele conversou com o head comercial da plataforma, Hugo Azevedo, em live no perfil da Órama no Instagram para orientar os investidores. Os quatro apresentados são BOVA11, Bradesco, Taesa e LOG Commercial Properties.
Segundo Franco, o ideal para os iniciantes é uma carteira de quatro papéis. “É a melhor forma de ter foco, diminuir o escopo dos setores em que você precisa prestar atenção. Ao mesmo tempo, é preciso fazer o seu dever de casa e dosar suas matrizes de risco e retorno, enquanto preza a qualidade e a margem de segurança”, define.
Para Azevedo, o mundo enfrentará um período longo de incerteza nos próximos meses ou anos. “Não sabemos qual será o novo normal e como as coisas vão ficar. Porém, temos alguns setores e empresas que vão nos ajudar a navegar por esse cenário”, completa.
Na sugestão de Franco, é interessante o investidor manter o BOVA11 em sua carteira em razão de esse ativo replicar a oscilação do Ibovespa e ter um ticket baixo. “O maior benefício é a diversificação. Com um título, você tem acesso aos principais papéis da Bolsa e foge dos riscos de cada ativo. Ao comprar um BOVA11 você está comprando uma cesta de papéis, o que demandaria um investimento muito maior”, comenta.
Maturidade e solidez
Segundo o especialista, quem deseja fugir de riscos nos investimentos, historicamente busca empresas maduras, com fluxo de caixa recorrente e que pagam altos dividendos. No entanto, é possível saber como será o cenário para esses negócios no pós-pandemia?
Ele dá o exemplo das distribuidoras de energia e sua relação com o governo. “Temos uma medida que desautoriza, por 90 dias, o corte de energia dos inadimplentes. Isso vai gerar um passivo, e as distribuidoras poderão sofrer prejuízo. O governo vai resolver com um contencioso para os próximos anos ou uma solução regulatória? Não sabemos, mas essas empresas não podem quebrar”, aponta.
Diante da incerteza com as distribuidoras, Franco aponta mais solidez no setor de transmissão. Por isso, sugere a Taesa, que costuma apresentar dividendos altos. “Com o CDI a 3,75%, apresentando viés de queda, um papel que dá 7% ao ano de distribuição de lucro é sensacional. E neste momento, como há muito dinheiro disponível no mercado, a um custo baixo, facilita o financiamento para expansão das linhas”, analisa.
O terceiro papel sugerido é o do Bradesco, empresa que divulgou seus resultados do primeiro trimestre na semana passada. Segundo o head de Renda Variável da Órama, o banco fez uma provisão para devedores duvidosos (PDD) para os próximos meses em torno de R$ 3 bilhões, estimando uma alta na inadimplência.
“Isso é a instituição antevendo que o setor poderá ter problemas, pois as pessoas vão perder emprego e vão se endividar. Historicamente, o banco se preparar e realizar um aumento de PDD é bom no mercado”, afirma.
A quarta sugestão é a LOG Commercial Properties, empresa especializada em construir e alugar galpões de logística, com atuação também em condomínios industriais. Segundo Franco, a companhia terminou 2019 com 93% de taxa de ocupação dos galpões. Em abril deste ano, o número já era de 94,4%, ou seja, aumentou mesmo na crise.
“Originalmente, o foco era atacar o setor de e-commerce, que hoje representa 10% da ocupação. Quase 30% são para alimentos & bebidas e bens de consumo. São setores resilientes na crise também”, explica.
Questionado por Azevedo a respeito de um papel sobre o qual vale a pena especular no cenário atual, Franco cita o da Via Varejo, que já valorizou cerca de 150% depois das quedas de março.
“Acho que é um papel que tem tudo para voltar. A migração da loja física para a virtual não é trivial, mas tem muita base para copiar. Eles não precisam desbancar a Magazine Luiza, que é líder. É só não perder dinheiro”, diz.
A Órama vem apresentando uma programação especial de conteúdos sobre os impactos provocados pela pandemia de Covid-19 na economia e nos mercados. O nosso blog disponibiliza um curso completo de educação financeira para os novos investidores, além de publicações diárias.
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Programação | Órama Investimentos
Quinta-feira (07/05)
18h30 – Bate-papo com Gestor: Sandra Blanco e Carlos Alberto Trindade, da Normandia Investimentos, falam sobre a importância da qualidade do negócio na seleção de Ações em um ambiente de incerteza.
Sexta-feira (08/05)
18h30 – Hugo Azevedo e Alexandre Espirito Santo, economista da Órama, apontam, com visão econômica, as oportunidades de investimento na Bolsa no cenário atual e relembram crises passadas.
O Mercado Financeiro e o Coronavírus – Parte 4: nossa cientista política Lorena Laudares explica como a Renda Variável se comporta em um cenário tão singular.
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Saúde Mental e Investimentos: quando é necessário procurar ajuda emocional? Entenda com o parceiro Celso Sant’ Ana, psicólogo financeiro.
Macroeconomia em Tempos de Coronavírus: Maclaude Partners convida Alexandre Espírito Santo.