Coronavírus: impacto no PIB nacional, taxas de juros em queda e as oportunidades para investir em Renda Variável
Enquanto alguns países ensaiam flexibilizar o isolamento da população, em uma nova fase das medidas de controle da contaminação pelo novo coronavírus, o Brasil ganha um novo ministro da Saúde, Nelson Teich, que apresenta discurso menos conflitante com o do presidente Jair Bolsonaro.
Na semana passada, o governo começou a pagar o coronavoucher, auxílio de R$ 600 a trabalhadores informais. No Senado, foi aprovada em primeiro turno a chamada PEC do Orçamento de Guerra. Ao mesmo tempo, especialistas brasileiros apontam que o recuo do PIB em 2020 pode ser de 2% a 5%, e o FMI prevê a pior recessão global desde os anos 1930.
Nas últimas semanas, as maiores dúvidas dos economistas para prever os impactos da crise e projetar cenários de recuperação eram relativas à duração e a uma possível flexibilização do lockdown.
Especialistas do mercado financeiro vêm debatendo e respondendo dúvidas de investidores sobre o cenário atual e os impactos do novo coronavírus nas economias local e global, na programação especial promovida pela Órama em seu blog e em seu perfil do Instagram, desde o início da quarentena.
O economista da Órama Alexandre Espirito Santo aponta que o Banco Mundial também indicou perspectiva de queda de 5% no PIB brasileiro. Por outro lado, ele avalia que o Brasil poderá se favorecer no pós-pandemia em razão de sua corrente de comércio relativamente pequena, o que seria uma vantagem em relação a mercados mais abertos globalmente.
“Os investidores internacionais poderão nos ver com melhores olhos, desde que coloquemos nos trilhos a nossa governança fiscal. Um cenário com índice Preço/Lucro de oito a dez anos é convidativo, porque o mercado financeiro internacional vai ficar ainda mais seletivo, com juros baixos ou zerados em quase todos os países”, explica Espirito Santo, em live no perfil da Órama no Instagram.
A estrategista chefe da Órama, Sandra Blanco, que vem comandando as lives no Instagram, ouviu dos convidados que, com a queda da taxa de juros e a expectativa de corte ainda maior pelo Banco Central, até o fim do lockdown, produtos de Renda Variável entram para diversificar as carteiras dos investidores, que devem mirar o longo prazo.
Nesse sentido, destaca-se, por exemplo, o mercado imobiliário. Na avaliação de Vitor Bidetti, gestor e sócio da Integral BREI Real Estate, a possibilidade de juro real negativo era algo inimaginável para o Brasil e deve se tornar uma realidade ainda neste ano. Ele afirma que, no day after da pandemia, os investidores vão procurar alternativas para sair da Renda Fixa.
Na opinião do executivo, enquanto títulos de imóveis ligados ao turismo e ao varejo, como os shopping centers, são os mais afetados na crise, o segmento corporativo, especialmente em regiões valorizadas das capitais e grandes cidades, vai fazer diferença para a rentabilidade dos Fundos Imobiliários.
Bolsa e volatilidade
Para os analistas, o mercado financeiro retraído ainda é de grande volatilidade e risco. Por outro lado, nos valores baixos podem ser encontradas grandes oportunidades, tanto para investidores iniciantes como experientes, segundo Sergio Franco, especialista do time de Renda Variável da Órama.
“O grosso do valor das empresas está no futuro. Se excluirmos esse período de quatro meses do impacto mais forte do coronavírus, ele será relevante, mas não mortal no valuation dos ativos”, comenta, apontando a possibilidade de diversificação das carteiras com Ações e Fundos de Ações.
De acordo com Werner Mueller, sócio da Trígono Capital, os Fundos de Small Caps vêm se mostrando menos voláteis do que a Bovespa e o Índice Dividendos (IDIV). Podem, portanto, ser uma boa opção de longo prazo no momento.
“O investidor precisa ter um horizonte de dois a três anos, quando esta crise já terá passado. É um cenário raro, e a janela de oportunidade está aberta. Os Fundos de Small Caps são uma oportunidade, enquanto você mantém sua liquidez para honrar seus compromissos e dormir tranquilo”, aponta.
Outra opção para os investidores são os Fundos de Ouro, de acordo com o gestor Felipe Cunha, do time de Asset da Órama. “O ouro não possui rendimento, então dificilmente ele compete com ativos com rentabilidade. No momento, com as taxas de juros baixas, o ouro passa a ser mais competitivo nos cenários internacionais, com os investidores buscando segurança”, explica.
Para os interessados em começar a operar na Bolsa e diversificar sua carteira de investimentos, o head comercial da Órama, Hugo Azevedo, avalia que, entre as melhores Ações atualmente, estão as de empresas consolidadas e resilientes em seus resultados, ou seja, as boas pagadoras de dividendos.
Além disso, o foco deve ser em corporações com valor intrínseco abaixo do real neste momento. Ele acrescenta que poucas companhias deverão apresentar crescimento orgânico nos próximos 12 meses.
Outra opção são os Fundos de Ações, que possuem gestores que atuam diariamente em busca de oportunidades e de maior rentabilidade, dentro do risco acordado com os cotistas.
Para quem quer aproveitar a oportunidade para começar a investir, a Órama oferece abertura e manutenção de conta gratuitas aos clientes. A assessoria financeira especializada também não tem custo para os investidores.
Programação da semana
Instagram @oramainvestimentos
Sexta-feira (24/04)
18h30 – Live com Hugo Azevedo e Alexandre Espirito Santo, economista da Órama, em uma discussão com visão econômica dos últimos acontecimentos do mercado imobiliário.
Segunda a sexta-feira:
10h – “Panorama Diário”: as principais notícias do Brasil e do mundo.
“Saúde Mental e Investimentos”: podcast com o psicólogo financeiro Celso Sant’ Ana.