Como Aproveitar a Alta da Selic

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Quando a taxa Selic bateu a mínima de 7,25% ao ano, em 2012, diversificar os investimentos incluindo ativos de maior risco foi mandatório para conseguir obter maior rendimento. Hoje, com a taxa básica de juro de volta à casa dos dois dígitos, o movimento tem sido o oposto; investidores resgatando o valor aplicado em fundos de ações e multimercado e migrando para renda fixa.

Vamos entender por que ocorre esse movimento?

 

Obter maior rendimento

O alvo principal nos investimentos é rentabilidade. Migrar para a renda fixa quando a taxa de juros está alta é compreensível, sobretudo para os investidores com patrimônio financeiro de valor inferior à reserva mínima recomendada que é de 12 a 20 vezes os gastos mensais.

É mais lógico investir em produtos de baixo risco que vão render entre 10% e 12% líquido em um ano, do que aplicar em ativos com retorno esperado no mesmo nível, porém, com possibilidade de apresentar variação negativa no período.

O rendimento da poupança se limita a 0,5% ao mês mais TR. Já os títulos Tesouro Selic (LFT), fundos referenciados DI, como o Fundo Órama DI Tesouro Master, e títulos privados com remuneração atrelada ao CDI (LCI/LCA e CDB) não possuem limitação de rendimento. Se a Selic é elevada, essas aplicações vão alcançar retornos maiores.

 

Descartar a possibilidade de perder

Com exceção dos fundos cambiais e de alguns outros com estratégias específicas como investir em índice de bolsa americana, ações de empresas estrangeiras ou de determinados setores, a maioria dos investimentos que envolvem algum grau de risco, mesmo que ainda baixo, apresentaram retornos abaixo do CDI nos últimos dois anos, ou seja, abaixo de 22,5%,

Mesmo os fundos que alocaram percentual de suas carteiras em dólares ou ações no exterior acabaram perdendo com a alta da inflação, juros prefixados e também com a bolsa brasileira.

Era esperado que o novo presidente eleito ou reeleito fosse reconquistar a confiança dos investidores logo após tomar posse. Todavia, já estamos na metade do ano e a situação só se agravou. A dificuldade para implementar o ajuste fiscal e os indicadores econômicos ruins aumentam o risco de rebaixamento da classificação de risco do Brasil.

Para não perder dinheiro com os impactos negativos que a recessão e o desemprego terão sobre a economia e às empresas, é melhor investir em renda fixa pós-fixada, ou seja, nos fundos referenciados DI, como o Órama DI Tesouro Master, e títulos privados com remuneração atrelada ao CDI como as LCIs, LCAs e CDBs distribuídos pela Órama.

 

Proteger contra a inflação

Aplicando em renda fixa pós-fixada, os investidores não correm o risco de perder poder de compra devido à inflação persistente de curto prazo.

O IPCA, índice oficial de inflação deverá fechar acima de 9% em razão do reajuste dos preços que estavam represados, conforme o Relatório Trimestral de Inflação.

 

É a maior taxa de juros do mundo

Em termos de crescimento econômico, em 2015 o Brasil vai ficar atrás do México, do Chile e da Colômbia, para citar alguns países mais próximos. No entanto, ainda atraímos a atenção do investidor estrangeiro porque temos a taxa de juros mais alta do mundo, 13,75% ao ano.

Com taxa de dois dígitos, além do Brasil, só a Rússia. Mas a taxa russa já está em ciclo de queda desde janeiro deste ano, depois ter atingido 17% em dezembro do ano passado, em resposta ao ataque especulativo que sofreu o rublo, a moeda russa. A taxa de juros na Rússia hoje é de 11,5% ao ano.

Enquanto a maioria dos países desenvolvidos e emergentes está reduzindo suas taxas de juros, o Brasil ainda deverá seguir em ciclo de alta. O mercado já precifica pelo menos mais uma alta e a Selic deverá alcançar 14%, pelo menos.

Só os Estados Unidos deverão iniciar ciclo de alta de juros em breve. O mercado aguarda a primeira alta para setembro ou dezembro. Vai depender dos indicadores econômicos, principalmente em relação ao desemprego e à inflação. A taxa de juro americana está fixada em 0,25% desde dezembro de 2008.

 

Finalizando

Diante desse cenário pouco animador, parece que vamos ter que manter a cautela com os investimentos por mais algum tempo. Assim sendo, a renda fixa continua sendo uma boa aplicação.

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