Investimentos em Maio de 2014
No mês de maio, os investimentos em renda fixa prefixada se destacaram. Com a migração de recursos nacionais e internacionais para a renda fixa brasileira, a ponta longa da curva de juros cedeu e assim, as NTN-Bs com prazos de vencimento mais distantes se valorizaram. As NTN-Bs com vencimentos mais próximos tiveram comportamento estável em maio. O resultado da reunião do Copom no final do mês, com decisão pela manutenção da taxa Selic em 11% ao ano, não teve impacto significativo sobre o mercado de juros.
O Ibovespa fechou o mês de maio em campo negativo, há quatro anos o principal índice da bolsa brasileira não consegue fechar um maio em alta. O resultado fraco do PIB do primeiro trimestre, divulgado no último dia do mês maio, ajudou a derrubar o índice, que registrava alta até então. Apesar das discussões sobre a possibilidade de racionamento luz, o IEE, Índice de Energia Elétrica fechou o mês no campo positivo. Depois de forte depreciação no ano passado e nos três primeiros meses deste ano, os papéis recuperaram parte das perdas. No setor educacional a alta também foi expressiva. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão da Kroton com a Anhanguera. A nova empresa se torna a maior empresa de ensino privado do país e fica entra as maiores do mundo.
Se por um lado as ações dos setores elétrico e educacional puxaram o Ibovespa para cima, os bancos puxaram para baixo. Os papéis dos bancos desvalorizaram bastante com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em favor dos poupadores, que os bancos devem pagar juros aos prejudicados pelos planos econômicos. Os bancos já entraram com recursos contra a decisão do STJ e esta história ainda pode ir longe.
As ações da Vale também tiveram desempenho ruim este mês e registraram queda de 6,52%. O preço do minério caiu ao menor patamar em dois anos, prejudicando os papéis da empresa. Outro papel de destaque negativo foi a Ambev, caiu 2,39%. As ações da empresa sofreram com a indecisão do governo sobre quando iria começar a vigorar a nova tarifa de imposto sobre cervejas e refrigerantes.
O dólar registrou leve alta frente ao real no mês, de 0,49%. O cenário externo mais favorável contribuiu para o desempenho da moeda e medidas de controle do governo sobre o câmbio com a finalidade de segurar a inflação impediu altas maiores.
O CDI registrou alta de 0,86% e a poupança rendimentos de 0,55%. No contexto apresentado acima, os melhores fundos Órama do mês foram:
Órama STK Ações <1,77%>
A rentabilidade do Fundo é explicada pelo bom desempenho das ações de Kroton, que valorizaram 19,55% no mês, BB Seguridade, 8,12% e Equatorial, 12,72%. Todavia, a queda das ações de Itaúsa de 12%, anulou grande parte dos ganhos, uma vez que a holding é uma posição relevante do fundo.
Órama Gap Absoluto <1,68%>
O resultado do Fundo é atribuído, sobretudo, às posições em juros de longo prazo. As taxas na parte mais longa da curva foram negociadas em patamares mais baixos no mês, devido às perspectivas melhores para inflação. Este movimento contribuiu para valorizar o preço dos títulos da carteira do fundo e incrementar o seu resultado.
Órama Quest Ações <1,43%>
A maior parte do ganho do Fundo também é resultado da alta das ações do setor educacional.
Órama Bogari <1,42%>
O Fundo obteve boa rentabilidade com valorização das ações de BB Seguridade e Equatorial.
Órama IP Participações <1,38%>
O Fundo, que investe em ações de empresas estrangeiras diretamente ou por meio de BDRs, se beneficiou com a valorização da americana Apple (7,76%), mas a principal contribuição para a rentabilidade do Fundo foi a alta das ações das brasileiras Panvel, que subiu 22,99%. e PDG, 15,56%.
Continuamos otimistas, uma vez que nossos ativos podem ser beneficiados com o crescimento da economia global. Para os seus próximos investimentos, minhas recomendações são:
– Letras de Crédito (LCI e LCA), que continuam bastante atraentes para investidores conservadores ou para aqueles que buscam diversificar. Como são isentas de imposto de renda e com a Selic a 11% ao ano, o rendimento é bastante superior ao da poupança. Contudo, como a liquidez é restrita, não são recomendadas para aplicar as reservas para emergência.
– Aos investidores conservadores e àqueles que buscam um bom produto para aplicar a reserva para emergências e investimentos de curto prazo, o Órama DI Tesouro Master. O Fundo segue a valorização da Selic e tem liquidez diária.
– Para investidores com perfil de risco moderado e com horizonte de investimento de médio prazo, sugiro os Fundos Órama BTG Pactual Hedge Plus, Órama GAP Absoluto e Órama Opportunity Total. Todos com carteiras diversificadas nos mercados de juros, câmbio e ações.
– Para investidores agressivos ou com horizonte de investimento de longo prazo, sugiro os Fundos de Ações: Órama JGP Equity, Órama Bogari e Órama STK Ações.
Qualquer dúvida, favor entrar em contato através do canal “Fale com a Sandra“.
Bons investimentos!