Conclusão do megaleilão gera frustração para cenário de contas públicas e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
A frustração com a cessão onerosa, mais um dia, pressionou o dólar comercial que teve alta de 0,287%, vendido a R$ 4,0935. No encerramento dos negócios, a taxa do contrato DI para janeiro de 2025 subiu de 6,14% para 6,21%. Contudo, esse não foi o pano de fundo para o mercado acionário que se aproveitou de um ambiente externo menos tenso além da valorização da Petrobras. O Ibovespa fechou no maior patamar de sua história aos 109.580 pontos, uma alta 1,13%.
Na 6ª Rodada de partilha do pré-sal da Bacia de Santos, a Petrobras (com 80%) e a chinesa CNODC (com 20%) arremataram a área de Aran por R$ 5,05 bilhões. Não houve concorrência nem outros interessados nas demais áreas. (Valor)
No final, apesar de o resultado do megaleilão ter sido frustrante pela perspectiva das contas públicas, acabou sendo um bom negócio para a Petrobras. As ações se valorizaram, com as do tipo ON registrando alta de 3,21% e as PN 4,01%, ambas com robusto giro financeiro (R$ 2,9 bilhões a PN e R$ 431,6 milhões a ON). Com cerca de 11% de peso dentro do Ibovespa, o movimento da estatal explica parte da alta do próprio índice. (Valor)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do mês de outubro apresentou variação de 0,10%, enquanto, em setembro, havia registrado deflação de 0,04%. Este é o menor resultado para um mês de outubro desde 1998. No ano, o índice registrou 2,60% e, nos últimos 12 meses, acumula 2,54%. O destaque negativo do mês foi o grupo de habitação, que registrou deflação de 0,61%. (IBGE)
Em um momento de maior alinhamento ideológico da diplomacia brasileira com os EUA, o Brasil rompeu uma tradição do Itamaraty que durava 27 anos. Na Assembleia Geral da ONU, o Brasil foi um dos três países que votou a favor da manutenção do embargo econômico a Cuba. Os outros países que foram contra o fim das sanções foram os EUA e Israel. O texto da resolução, contudo, foi aprovado por 187 votos a favor. (O Globo)
Por 6 votos a 5, o STF decidiu que o cumprimento da pena deve começar após esgotamento de recursos. A decisão não afasta a possibilidade de prisão antes do trânsito em julgado, desde que sejam preenchidos os requisitos do Código de Processo Penal para a prisão preventiva. (Portal do STF)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
A melhora da perspectiva sobre o acordo comercial com uma possível retirada de tarifas permitiu que os índices de Nova York renovassem suas máximas históricas com o S&P 500 avançando 0,27%, fechando aos 3.085,18 pontos.
A China e os EUA concordaram em reverter, em fases, as tarifas dos produtos um do outro enquanto trabalham para um acordo entre os dois lados, disse um porta-voz do Ministério do Comércio. O porta-voz Gao Feng na quinta-feira. afirmou que: “Nas últimas duas semanas, os principais negociadores tiveram discussões sérias e construtivas e concordaram em remover as tarifas adicionais em fases, à medida que se avança no acordo”. (Bloomberg)
O presidente Donald Trump vem mobilizando seus aliados no Congresso Americano e nas redes sociais para que se pressione para a revelar o nome do informante que deu início ao processo de impreachment. Contudo, pela lei americana está garantido o anonimato além da proteção à testemunha. (Reuters)
Enquanto os investidores aguardam os próximos episódios das negociações entre EUA e China, as bolsas encerram a semana na Ásia sem direção definida e recuam levemente na Europa. Os futuros dos índices do mercado acionário americano também estão levemente negativos.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,0914 | + 0,25% |
DI Fut Jan/25 | 6,21% | + 7 bps |
Ibovespa | 109.580 pts | + 1,13% |
S&P 500 | 3.085,18 pts | + 0,27% |
ÓRAMA NA MÍDIA