Texto-base da reforma da Previdência é aprovado e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Em dia de votação da Reforma da Previdência no Senado, o Ibovespa renova máxima histórica aos 107.381, uma alta de 1,28%. Além disso, o IPCA 15 acima do esperado esvazia um cenário de cortes mais agressivos nos juros ainda este ano, mas mantém a perspectiva do juros estruturalmente mais baixos. Assim, a taxa do contrato DI para janeiro de 2025 teve espaço para subir de 6,11% para 6,19%. O comportamento dos juros também influenciou o câmbio e o dólar comercial fechou negociado aos R$ 4,0755, queda de 1,33%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,09% em outubro, mesmo percentual registrado em setembro. Este é o menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando a taxa foi de 0,01%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,69% e, em 12 meses, de 2,72%. (IBGE) A expectativa mediana dos economistas no consenso Bloomberg, projetava um crescimento de 0,03% e vale lembrar que o piso da meta de inflação para este ano é 2,75% (com o centro da meta em 4,25%).
A crise no PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, já se estende por duas semanas. O Jornal O Globo preparou uma retrospectiva dos acontecimentos que marcaram os últimos dias e escancararam a racha no partido.
O Senado deve concluir hoje a votação da reforma da Previdência em segundo turno. O texto-base foi aprovado na noite de ontem, por 60 votos a 19. Há dois destaques que podem reduzir em R$ 76 bilhões a economia prevista com a mudança nas regras das aposentadorias. Uma das propostas foi apresentada pelo senador do PT e garante que categorias que recebam adicional por periculosidade tenham tratamento diferenciado. A outra emenda, proposta pela Rede, também prevê regras diferenciais de idade mínima para trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde. (Senado Noticias) O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, argumentou que a reforma não pode prever regras diferenciadas para algumas categorias de trabalhadores.
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Em meio a resultados mistos das empresas americanas e ainda pressionado pelas notícias do Brexit, os índices acionários em Nova York tiveram queda na terça-feira. O S&P 500 terminou o pregão aos 2.995,99 pontos, uma queda de 0,36%.
A situação no Chile não parece caminhar para uma solução do conflito. Pelo contrário, o principal sindicato do país, a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), junto com outras organizações, convocou uma greve geral para hoje. Já são ao menos 15 mortes, 88 feridos com armas de fogo e 1.333 pessoas foram presas. Santiago está sob controle militar. Na segunda (21), o aumento da passagem do metrô já havia sido suspensa, mas não foram tomadas medidas para estabelecer um diálogo com a população. (El País)
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson teve na terça-feira (22) uma vitória seguida por uma derrota. O acordo do Brexit foi aprovado por 329 a 299. Em seguida, os parlamentares votaram 322 a 308 contra o cronograma extremamente apertado de Johnson, pedindo mais tempo para analisar o acordo de 110 páginas e decidir sobre eventuais alterações. O primeiro ministro lamentou essa decisão do parlamento de debater mais o conteúdo e disse que que cabe à União Europeia decidir se deseja adiar o Brexit e por quanto tempo, visto que se tornou quase impossível a ratificação de seu acordo no prazo de 31 de outubro. (Reuters)
Nesta manhã, as bolsas sobem no Japão, após o feriado, mas recuam na China e na Europa. Os futuros de Wall Street indicam um dia de leve queda. A libra esterlina devolveu parte da alta, mas ainda se mantém acima de US$ 1,28.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,0755 | 1,33% |
DI Fut Jan/25 | 6,19% | 8 bps |
Ibovespa | 107.381 pts | 1,28% |
S&P 500 | 2.995,99 pts | -0,36% |
ÓRAMA NA MÍDIA
No programa Conversa que Rende dessa semana, o bate-papo é com a nossa estrategista chefe, Sandra Blanco, que vai tirar dúvidas sobre o Tesouro Direto, você além de falar um pouquinho para a gente sobre como começar a investir. Confira: