Incerteza sobre apoio dos EUA à entrada do Brasil na OCDE e últimos destaques

BRASIL EM FOCO

A perspectiva de um acordo comercial, mesmo que limitado, entre China e EUA permitiu que o Ibovespa subisse 0,56%, indo para 101.817 pontos. O dólar comercial se fortaleceu pelo segundo pregão consecutivo e encerrou com ganho de 0,50%, aos R$ 4,1228. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 recuou ainda mais indo de 6,48% para 6,46%.

O governo Federal arrecadou R$ 8,9 bilhões em bônus de assinatura com o primeiro leilão de petróleo e gás de 2019. É a maior quantia paga pelas empresas em uma rodada sob regime de concessão. O valor é quase o triplo do mínimo previsto, R$ 3,2 bilhões, e deve ser pago ainda em 2019. Vale destacar que esse leilão não é o megaleilão da cessão onerosa. Este último está marcado para 6 de novembro e tem o potencial de arrecadação de R$ 106,6 bilhões. (Poder 360)

O último Boletim da Anbima aponta que o mercado de capitais brasileiro registrou captação de R$ 268,9 bilhões em 2019 (até setembro), 42% superior ao volume captado no mesmo período do ano passado. Esse resultado é o maior da série histórica, mesmo na comparação com os dados de janeiro até dezembro dos anos anteriores. As debêntures mantêm-se a parcela mais representativa desse montante, com 45,5% do total – o equivalente ao volume de R$ 122,3 bilhões. (ANBIMA)

O apoio dos EUA à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que foi considerada uma vitória para Jair Bolsonaro da visita brasileira aos EUA em março desse ano,  não se concretizou. O secretário de Estado, Michael Pompeo, rejeitou um pedido para discutir mais ampliações do clube dos países mais ricos, acrescentando que Washington apoia as ofertas de membros da Argentina e da Romênia. Na ocasião do encontro das lideranças, o Brasil ofereceu aos EUA acesso à plataforma de lançamento de foguetes de Alcântara, viagens sem visto para turistas dos EUA e cooperação em relação à Venezuela, em troca do apoio de Trump ao pleito brasileiro de ser membro da OCDE. (Bloomberg)

No final do dia, porém, após grande repercussão da notícia, Donald Trump publicou no Twitter que reitera a entrada do Brasil para a OCDE e classificou como falsa a publicação da Bloomberg de que os EUA desistiram de endossar a candidatura brasileira.

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL

O presidente Donald Trump disse que o primeiro dia de negociações comerciais de alto nível entre os EUA e a China correu “muito bem” e se encontrará com o principal negociador chinês na sexta-feira. Com essas declarações o S&P 500 subiu 0.64% indo para  2.938,13.

Os EUA e a China parecem dispostos a trabalhar em direção a um acordo parcial e deixarem as questões mais controversas para discussões posteriores. No entanto, Trump disse que prefere um acordo completo. As principais exigências dos EUA comprometeriam a China a reprimir o suposto roubo de propriedade intelectual e parariam de forçar as empresas americanas a entregar seus segredos comerciais como condição para fazer negócios na China. (Bloomberg)

O Fed, Banco Central americano, anunciou  que vai flexibilizar as regras de liquidez para os grandes bancos do país, levando adiante um plano que pode reduzir os custos regulatórios para os credores regionais dos EUA com menos de US$ 700 bilhões em ativos. (Valor)

A reunião entre os primeiros-ministros britânico e o irlandês injetou alguma esperança para um acordo de último minuto do Brexit. A libra esterlina avança, cotada a US$ 1,2646. As conversas entre Reino Unido e União Europeia seguem hoje, em Bruxelas, com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmando que há sinais promissores de que um acordo é possível. (Financial Times)

Os mercados amanheceram otimistas com as notícias sobre as negociações entre Estados Unidos e China em Washington. As bolsas na Ásia subiram, assim como na Europa, e os futuros dos índices de Nova York operam em alta.

RESUMO DOS MERCADOS

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