Incertezas no comércio mundial aumentam e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,32%, a 104.745 pontos. No entanto, foi na bolsa que o investidor alcançou o melhor retorno no mês. O índice acumulou 3,57% em setembro e registra 19,18% no ano, na expectativa de que a economia reaja em algum momento no futuro breve como resultado das medidas monetárias e econômicas que estão sendo implementadas pelo governo em ambiente de juros baixos, apesar de todas as incertezas do mercado externo.
Os contratos de DI para Janeiro de 2025 fecharam negociados a 6,65%. O CDI variou 0,46% no mês. O ouro recuou 3,86%, enquanto o saldo no ano é de 28,95%. O dólar comercial ficou estável, queda de 0,01% no dia, cotado a R$ 4,1552 e alta de apenas 0,33% no mês. No acumulado no trimestre, a alta é de 8,23%. Os riscos de recessão global e eventos geopolíticos deram força ao dólar, mas pesou também para o enfraquecimento do real a redução do diferencial de juros com o exterior, com a queda da Selic.
Em apresentação em São Paulo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que as incertezas aumentaram no comércio mundial e que a probabilidade de recessão econômica nos EUA tem avançado. A autoridade ressaltou que, diante desse cenário, um estímulo monetário elevado prevalece nas economias centrais e que a conjuntura prescreve uma política monetária estimulativa.
O relatório da reforma da Previdência apresentado pelo senador Tasso Jereissati deve ser analisado na CCJ do Senado hoje. (Poder 360) O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reiterou que o texto será votado em primeiro turno no plenário também hoje e, em segundo turno, na terça ou quarta-feira da próxima semana. (Agência Brasil – EBC)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos Estados Unidos, o S&P500 subiu 0,50%, a 2.976 pontos, impulsionado pelas ações dos setores de tecnologia e de saúde. Em setembro, o indicador avançou 1,72% e, no ano, a alta é de 18,74%. Uma certa trégua na disputa comercial entre EUA e China e a possibilidade de maior flexibilização monetária dos bancos centrais americano e europeu contribuíram para os resultados alcançados no mês.
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita alertou, em entrevista no domingo, que um confronto militar com o Irã teria a capacidade de colapsar a economia global, acrescentando que ele preferiria uma solução política e pacífica a uma militar. (Al Jazeera)
Nesta manhã, dados de produção industrial e inflação de setembro na Europa desapontaram os mercados. As taxas dos títulos americanos de 10 anos avançam para 1,73% como consequência da decisão do banco central do Japão de reduzir a compra de bonds em outubro. Na Ásia, as bolsas da China e Hong Kong não operaram por causa dos feriados e índice japonês Topix avançou perto de 1%. Na Europa, os índices do mercado acionário recuam e o viés dos futuros das bolsas de Wall Street é de alta.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,1552 | – 0,01% |
DI Fut Jan/25 | 6,65% | 1 bp |
Ibovespa | 104.745, 30 pts | – 0,35% |
S&P 500 | 2.9767,74 pts | 0,50% |
ÓRAMA NA MÍDIA
O fenômeno das taxas de juros negativas pelo mundo vem implicando em uma série de discussões sobre os próprios fundamentos da economia. Em sua coluna semanal, no Valor Investe, o economista da Órama Alexandre Espírito Santo, apesar de cético quanto à aplicabilidade no Brasil, apresenta os pontos principais da “MMT” – Moderna Teoria Monetária.