Copom corta Selic para 5,5% e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
No dia de divulgação de afrouxamento das políticas monetárias no Brasil e nos EUA, a cautela manteve a pressão sobre os ativos de maior risco. O Ibovespa encerrou perto da estabilidade, em leve queda de 0,08%, aos 104.532 pontos. No mercado de câmbio, o dólar comercial anotou alta de 0,65%, cotado a R$ 4,1035. Já a taxa do contrato de DI mais longo, para janeiro de 2025, manteve-se em 6,84% na sessão regular.
O Comitê de Política Monetária (Copom) cortou nesta quarta-feira (18) a taxa básica de juros de 6% ao ano para 5,5%, em linha com a expectativa do mercado. Foi a segunda queda consecutiva, levando a Selic para nova mínima histórica. O colegiado também sugere que um novo corte deve acontecer no próximo encontro, em outubro. (Valor)
A intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, de desindexar permanentemente o salário mínimo, ou seja, deixar de reajustá-lo de acordo com a inflação, encontra resistências no Congresso. Após o posicionamento do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), relator da proposta de emenda constitucional 438/2018, de que a medida “é totalmente inviável”, a equipe econômica chegou a apresentar como alternativa uma suspensão da correção dos benefícios por dois anos, mas ainda sem posicionamento definitivo. (Valor)
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) emitiu uma nota na quarta-feira (18), reafirmando que “A direção da executiva estadual do PSL-RJ, representada pelo seu presidente Flávio Bolsonaro, comunica que os filiados ao partido não devem exercer cargos no governo Wilson Witzel. Aqueles que quiserem permanecer devem pedir desfiliação partidária”. As desavenças com o atual governador já vem desde o início do ano, com as pretensões de WItzel de se lançar candidato a presidência em 2022. Contudo, recentemente a situação se deteriorou ainda mais com governador afirmando ter sido eleito sem a ajuda da família Bolsonaro. (Valor)
Durante a Semana do Brasil, de 06 a 15 de setembro de 2019, o número de pedidos e o faturamento das vendas online cresceram 41%, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são de levantamento da Ebit/Nielsen, divulgado na quarta-feira (18) (Poder 360)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Em Nova York, após o anúncio de redução de 25 base-points pelo Fed, os índices registraram quedas, mas se recuperaram perto do fim do pregão e acabaram fechando sem direção única. O S&P 500 terminou em leve alta de 0,03%, aos 3.006,73 pontos.
O Federal Reserve reduziu a taxa de juros pela segunda vez neste ano, passando o juros para a faixa de 1,75% a 2%. Para além das pressões externas de menor crescimento, das disputas comerciais com a China e agora com os os ataques a instalações de um aliado americano no Oriente Médio, o Fed também vem sendo pressionado pelo presidente Donald Trump, que deseja maiores estímulos à economia. (Bloomberg)
Em uma coletiva de imprensa sobre o caso dos ataques às instalações de petróleo da Arábia Saudita, o porta-voz do Ministério da Defesa do país afirmou que o ataque foi lançado do norte e foi “incontestavelmente patrocinado pelo Irã”. Em uma outra entrevista, cerca de 30 minutos após os sauditas, os rebeldes houthis ameaçaram atingir as principais cidades dos Emirados Árabes Unidos (EAU) – o principal parceiro de coalizão dos sauditas na guerra no Iêmen.”Temos dezenas de alvos nos Emirados Árabes Unidos – entre eles Abu Dhabi e Dubai – e eles podem ser alvos a qualquer momento”, disse Yehia Sarea, porta-voz militar houthi. (Al Jazeera)
O Banco do Japão deixou sua política monetária inalterada e hoje teremos as decisões sobre taxas de juros do Banco da Inglaterra, Suíça, África do Sul e Noruega. O mercado também espera a divulgação dos resultados das vendas no varejo no Reino Unido, mas o viés é de que esse número deve ter diminuído em relação ao ano anterior.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,1035 | 0,65% |
DI Fut Jan/25 | 6,84% | – |
Ibovespa | 104.532 pts | -0,08% |
S&P 500 | 3007 | 0,03% |