Nova frente de tensão no Oriente Médio e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Na sexta-feira, sem grandes novidades que ditassem os movimentos das bolsas pelo mundo, a cautela falou mais alto. O Ibovespa fechou em queda de 0,83% aos 103.501 pontos, e, na semana, acumulou leve alta de 0,55%. O dólar registrou alta de 0,66%, aos R$ 4,0870, e conseguiu terminar a semana com valorização de 0,21%. E o DI janeiro de 2025 passou de 6,94% para 7,04%
O Banco Central (BC), na sexta-feira, divulgou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que apresentou queda de 0,16% em julho, na comparação dessazonalizada com junho. Nos 12 meses encerrados em julho, o crescimento acumulado pelo indicador foi de 1,07% na série sem ajuste. (Valor)
Os nove governadores do Consórcio da Amazônia Legal se reuniram na sexta-feira (13/09) com os representantes das embaixadas da Noruega, Alemanha e Reino Unido e trataram do financiamento para a região sem intermédio do governo federal. Os países que fomentam o Fundo Amazônia sinalizaram que vão continuar financiando o Fundo. (Poder 360)
Na direção a um aperfeiçoamento institucional, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o objetivo de mudar o Coaf para a alçada do Banco Central era blindar o órgão de investigação de interferências políticas. O ministro disse: “Vamos mostrar que são independentes. A Receita Federal pertence ao Ministério da Economia. E o Coaf acabou de ir para o BC. E o Banco Central é independente do Ministério da Economia (…) Acabou, nenhuma mão mais chega lá. A mão da Receita não consegue chegar no BC independente. A mão do Supremo não chega no BC independente. A mão do deputado não chega no BC independente”. (Valor)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Com a alívio das tensões comerciais com a China, mas sem nenhuma medida concreta ainda tomada, os índices nos EUA fecharam sem direção única. O S&P 500 teve leve queda de 0,07% e terminou a semana com 3.007 pontos.
As empresas estatais chinesas, com frequência, são utilizadas como braços de execução de políticas públicas. A SASAC (sigla em inglês para Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais) é um órgão que supervisiona todas as estatais e é ligado diretamente ao Conselho de Estado – que é a instância máxima do executivo na China. A SASAC organizou uma reunião em Shenzhen, na qual pediu que suas maiores empresas estatais assumam um papel mais ativo em Hong Kong, incluindo a intensificação de investimentos e a garantia de maior controle das empresas do centro financeiro. (Reuters)
A Hong Kong Exchanges & Clearing Ltd. apresentou à London Stock Exchange Group PLC (LSEG) uma oferta em dinheiro e ações de 29,6 bilhões de libras (US$ 36,54 bilhões). O London Stock Exchange Group, dono da Bolsa de Londres, rejeitou a oferta feita pela Bolsa de Hong Kong, mesmo com o ágio de 23% do preço de fechamento da ação da London Stock Exchange. (Valor)
Na quinta (12/09), mais de 1.000 residentes de Hong Kong se reuniram no IFC Mall, onde cantaram o hino nacional e outras músicas. Segundo o jornal chinês China Daily, o movimento foi “para mostrar seu amor pelo país e pela cidade. Sua expressão espontânea de patriotismo atraiu aplausos e levou muitos espectadores a se unirem e cantarem juntos.” (China Daily)
No sábado, uma nova frente de tensão no Oriente Médio se abriu. Instalações petrolíferas da Arábia Saudita foram atacadas. Os Houthis, um grupo rebelde do Iêmen, assumiu a autoria dos ataques. Contudo, pelo twitter, Mike Pompeu, Secretário de Estado dos EUA, acusou diretamente o Irã. Pela magnitude e pela tecnologia utilizada, os ataques estariam para além da capacidade bélica dos Houthis (Bloomberg). Autoridades do Irã, por sua vez, alegam que os EUA estaria se utilizando dessa retórica para justificar uma possível intervenção no país. O comandante do braço aeroespacial da Guarda Revolucionária Islâmica lançou o alerta em tom de ameaça alegando que os mísseis do Irã podem atingir bases e navios dos EUA num raio de 2.000 km. (Al Jazeera) Trump, também pelo Twitter, autorizou o uso das Reservas Estratégicas de Petróleo, caso seja necessário, para garantir o abastecimento dos EUA.
Começamos a semana com um salto intradiário recorde no preço do petróleo, com os futuros de petróleo Brent subindo 20%. As notícias do ataque ao maior exportador de petróleo bruto do mundo também elevaram as moedas dos países ligados a commodities, incluindo a coroa norueguesa e o dólar canadense, enquanto as ações da Arábia Saudita caíram, com o Índice Tadawul All Share caindo em 3,1%. Os rendimentos do tesouro saltaram para máximos de seis semanas no final da semana passada e as ações globais estão caindo após um avanço de três semanas. Os mercados do Japão estão fechados na segunda-feira para um feriado.
Para essa semana que se inicia, além de acompanhar a questão do petróleo e da disputa de narrativas sobre o evento, os mercados também estão de olho nas decisões sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que devem ser liberados na quarta-feira.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4.087,0 | 0,66% |
DI Fut Jan/25 | 7,04% | 9 bps |
Ibovespa | 103.501 pts | -0,83% |
S&P 500 | 3.007 pts | -0,07% |
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