Forças Armadas ajudarão no combate às queimadas da Amazônia e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
As incertezas do cenário internacional, com o acirramento da disputa comercial, mais um dia, impactaram os mercados no Brasil. O Ibovespa terminou com baixa de 2,34%, aos 97.667 pontos, e o índice acumulou queda de 2,14% na semana. O dólar também reagiu a escalada de tensões e encerrou em alta de 1,13%, aos R$ 4,1250, o maior patamar de fechamento desde 19 de setembro do ano passado. DI para janeiro de 2025, ficou em 6,94% com uma alta de 9 pontos bases na semana.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou na sexta pelo Twitter, a conclusão das negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e o EFTA, bloco de países europeus formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, que tem PIB de US$ 1,1 trilhão.
As Forças Armadas do Brasil foram autorizadas, por decreto presidencial, a ajudar no combate às queimadas na Amazônia até 24 de setembro. (G1)
Ainda sobre a questão ambiental, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que apresentará uma petição no STF (Supremo Tribunal Federal) para que os R$ 2,5 bilhões do fundo da Petrobras sejam utilizados no combate às queimadas na Amazônia. (Poder 360)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Com o aumento das tensões entre China e EUA, o S&P 500 terminou a sexta em baixa de 2,59%, acumulando queda de 1,44% na semana.
Apesar de toda a expectativa criada pelo mercado para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), a fala do Jerome Powell não foi incisiva sobre se deveria ou não voltar a cortar os juros nas próximas reuniões. O dirigente do BC disse que os Estados Unidos estão em uma “posição favorável” e o Federal Reserve irá “agir conforme apropriado” para manter o ritmo de expansão da economia. (Exame)
A guerra comercial entre China e EUA ganha mais um capítulo. A China anunciou na sexta que vai impor tarifas retaliatórias de 5% a 10% sobre um total de US$ 75 bilhões em produtos americanos, uma parte em 1º de setembro e outra parte em 15 de dezembro. Essas datas coincidem com aquelas anunciadas pelos EUA para a aplicação de suas novas tarifas. Em resposta, no Twitter, Donald Trump, acusou a China de ter enriquecido por roubar Propriedade Intelectual e pediu que as empresas americanas que atuem na China comecem a procurar alternativas inclusive, voltarem a produzir nos EUA. (Valor)
Após críticas dos dirigentes da França e da ONU, os governos da Irlanda e da Finlândia também estão criticando a postura do Brasil em relação a questão ambiental e defendendo retaliações em outros tabuleiros de negociação. “Não há chance de a Irlanda votar a favor do acordo de livre comércio se o Brasil não honrar seus compromissos ambientais” foi o que disse o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar. O governo da Finlândia, por sua vez, defendeu que o bloco europeu deve analisar a possibilidade de banir a importação de carne bovina brasileira como retaliação às grandes queimadas na Amazônia. (Nexo)
Os ânimos se acalmaram neste início de semana, após o Twitter em que Trump diz que as negociações com a China vão continuar. Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa. Em Hong Kong, recuou mais de 2%. Na Europa, operam em campo positivo e o viés dos futuros de Wall Street é de alta, de mais de 1%.
Os principais dados da semana serão os PIBs dos EUA, Brasil, França, Alemanha e Itália.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,1250 | 1,13% |
DI Fut Jan/25 | 6,94% | 6 bps |
Ibovespa | 97.667 pts | -2,34% |
S&P500 | 2.847 pts | -2,49% |