Mudança de nome do Coaf e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Com incertezas no mercado externo e com alta volatilidade na bolsa aqui no Brasil, o Ibovespa oscila perto de zero e fecha em leve queda de 0,06%, a 99.408 pontos. O dólar comercial também fica 0,55% no campo negativo, sendo cotado a R$4,0434. O DI janeiro/2025 fechou na estabilidade a 6,95%.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mudou de nome e passou a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF). Passou também a ser vinculado do Banco Central, não mais ao Ministério da Economia. As indicações para a UIF vão ficar sob responsabilidade do presidente do BC, cargo ocupado hoje por Roberto Campos Neto, que já anunciou a entrada de Ricardo Liáo no lugar de Roberto Leonel. O BC, em nota, defendeu a autonomia da instituição, que se encontra em discussão no Congresso Nacional. Essa “confere respaldo à autonomia técnica e operacional da UIF, assegurando o foco de sua atuação na capacidade para a produção de inteligência financeira, com base em critérios técnicos e objetivos”. (Valor)
E em meio à revolta dos fiscais da Receita em razão da pressão do Planalto pela troca de comando em postos no Rio de Janeiro, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, trocou o subsecretário João Paulo Ramos Fachada Martins da Silva por José de Assis Ferraz Neto. Os técnicos dos escalões mais elevados discutiam uma possível renúncia coletiva, em protesto, afirmando que a “condição é não ter influência política”. (Valor)
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que nas próximas eleições “PSDB e DEM estarão juntos em 2020 e estarão juntos em 2022”. Maia incluiu também a possibilidade de o PSDB e o DEM se fundirem em um único partido no futuro, caso o fim das coligações partidárias force as legendas a se incorporarem umas às outras. (Poder 360)
Com a eleição presidencial de 2022 em vista, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), se distancia das lideranças tradicionais do partido e faz acenos a um “novo PSDB” que une a defesa de uma economia liberal, uma política de confronto na segurança pública, conservadorismo nos costumes e uma constante recorrência ao antiesquerdismo e antipetismo. Contudo, Dória precisa se distanciar também de Bolsonaro, cujas pautas são bastante coincidentes. Se o atual presidente tentar a reeleição, o voto “Bolsodória”, defendido abertamente por Dória no segundo turno de 2018, vai ficar dividido. (Nexo)
Sobre a Reforma Tributária, Rodrigo Maia descartou o retorno de uma cobrança como a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). “O presidente é contra, eu também sou contra. Facilitou a vida de todo mundo”. Segundo Maia, assim que o governo encaminhar sua proposta de reforma tributária, ela será incorporada à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) já em tramitação de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) (Poder 360)
Em entrevista no Planalto, Jair Bolsonaro cogitou que se perceber que a indicação do filho Eduardo Bolsonaro para a embaixada dos EUA não tiver a quantidade de votos necessária para a aprovação, ele não submeteria o próprio filho “a um fracasso”. (Valor)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Após três sessões consecutivas de ganhos, o S&P 500 terminou a sessão em desvalorização de 0,79%, aos 2.900,51 pontos. Na Europa, com incertezas em relação à Itália, o índice de referência da bolsa de Milão, FTSE MIB, fechou em queda de 1,11%, a 20.485,43 pontos.
O primeiro- ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciou no Senado que vai apresentar sua renuncia ao presidente da Itália Sergio Mattarella. O país está sem governabilidade pois não há maioria para sustentar o executivo desde que a direitista Liga, de Matteo Salvini, rompeu com Movimento 5 Estrelas (M5E) há mais de duas semanas. (El País)
O Bundesbank, Banco Central da Alemanha, admitiu nesta segunda-feira que o país pode entrar em recessão a partir do terceiro trimestre. Nesse cenário, a Alemanha estaria preparada para injetar 50 bilhões de euros (226 bilhões de reais) em sua economia, já em setembro, com um novo pacote de estímulos. (El País)
O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu o presidente russo, Vladimir Putin cinco dias antes do início da cúpula do G7. A anexação da Crimeia pela Russia em 2014 resultou na expulsão da mesma do seleto grupo formado por França, EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha, Itália, Canadá e União Europeia, enquanto bloco. Na contramão dos americanos que se distanciam dos russos e dos chineses apontando-os como ameaças, a França segue um caminho de diálogo e diplomacia apesar das divergências. (Nexo)
Após a retirada dos EUA do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) no início do mês, o governo americano anunciou na segunda que haviam realizado o primeiro teste com um míssil de cruzeiro. O míssil percorreu mais de 500 quilômetros desde a a ilha de San Nicolás, na Califórnia, em direção ao mar. O tratado INF que foi assinado em 1987 entre EUA e a União Soviética teve um papel estabilizador na corrida armamentista ao final da Guerra Fria. A retirada dos EUA foi uma resposta às alegações americanas que a Rússia já não cumpria o acordo. (Agência Brasil)
Nesta manhã, as bolsas seguem sem direção definida na Ásia, mas sobem na Europa, com a alta das ações na Itália. O viés dos futuros dos índices das bolsas de Nova Iorque é de alta. A Alemanha fez leilão de títulos soberanos (bunds) de 30 anos, com taxa 0% pela primeira vez. É um teste para a demanda por ativos portos seguros, já que a curva de juros do país se encontra em campo negativo.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,0434 | -0,55% |
DI Fut Jan/25 | 6,95% | 0,00 |
Ibovespa | 99.408 pts | -0,06% |
S&P500 | 2.900 pts | -0,79% |
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