As conversas de Moro, o relatório da Previdência e os destaques da semana
Panorama Semanal de 10 a 14 de junho*
O vazamento de conversas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol dominou o noticiário. Outro destaque foi a apresentação do parecer do relator da Reforma da Previdência, Samuel Moreira, na comissão especial da Câmara dos Deputados. Nesta sexta-feira, as manchetes relatam as paralisações, organizadas por centrais sindicais, e os protestos, em diversas capitais, contra a Reforma e os cortes na Educação.
De acordo com conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil, Moro teria colaborado com o Ministério Público Federal na Lava Jato, o que colocou em xeque sua posição equidistante como juiz. A polêmica tomou conta das redes sociais e ainda não estão claras as consequências desse vazamento. Moro negou anormalidade no episódio.
O ataque hacker às conversas privadas foi além das conversas entre Moro e Dallagnol, e atingiu outros integrantes das forças-tarefas da Operação Lava Jato.
Apoiadores e a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionaram a validade da prisão de Lula.
Após o vazamento, integrantes do alto escalão do governo passaram a usar celulares da Abin.
O relatório da Reforma da Previdência, com o parecer do relator, será debatido e votado na comissão especial da Câmara. Ficaram de fora a criação do sistema de capitalização, mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e na aposentadoria rural, além da validade automática da reforma para os estados e municípios. Apesar de algumas mudanças, estima-se que a economia com a reforma (ou com medidas complementares com tributos aos bancos) permanecerá na casa de R$ 1,1 trilhão em dez anos.
Durante a semana, o Congresso Nacional aprovou o crédito emergencial de R$ 248 bilhões para o governo, recursos que serão utilizados, entre outras coisas, para pagar aposentadorias.
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o General Santos Cruz da Secretaria de Governo.
No que diz respeito aos preços do diesel e da gasolina, a Petrobras alterou sua política de reajustes. Os preços, a partir de agora, poderão ser reajustados sem periodicidade definida.
No exterior, cresce a tensão entre Irã e Estados Unidos, após dois petroleiros terem sido alvo de ataques no Golfo de Omã, o que fez subir o preço do petróleo.
Na reunião do G-20, no Japão, foco nas preocupações com o crescimento da economia mundial, em meio às disputas comerciais entre China e EUA.
Nos Estados Unidos, as expectativas giram ao redor de quando o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) vai cortar os juros.
Com influência do andamento da Reforma da Previdência, no pregão desta quinta-feira o dólar fechou em queda de 0,36%, cotado a R$ 3,85. O Ibovespa, por sua vez, encerrou em alta de 0,46%, a 98.773 pontos.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até o dia 14/6, às 9h.