Bolsonaro busca apoio de líderes partidários para a Reforma e os destaques do dia 10/04
BRASIL
O Ibovespa registrou perda de 0,35%, perdendo o patamar dos 96.000 pontos, no segundo dia de queda na semana. O mercado segue à espera de novidades sobre o destino da reforma da Previdência, mas foi positivo no mercado de juros, com o DI com vencimento em janeiro 2025 fechando a 8,71% ao ano, uma redução de 9 pontos bases em relação ao dia anterior.
Jair Bolsonaro recebeu, ao longo do dia, líderes partidários em busca de apoio para a aprovação do texto da reforma. A tarefa tem se mostrado desafiadora depois das sucessões de desavenças entre o presidente e os congressistas da “velha política”, mostrando uma completa desorganização da base aliada. O presidente ainda participou de um jantar organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), junto com a ministra da Agricultura Tereza Cristina, para se aproximar dos representantes islâmicos de 37 países e desfazer o embaraço causado após sua viagem a Israel e a intenção de mudar a embaixada brasileira para Jerusalém. Segundo a CNA, os países árabes somados são o terceiro maior importador dos nossos produtos agrícolas.
A bancada do partido Novo com 8 deputados fechou questão a favor da reforma da Previdência. João Amoedo, presidente nacional do partido, declarou que sempre apoiou integralmente a medida,
Segundo pesquisa do Datafolha, 51% da população rejeita a reforma da Previdência, 41% é favorável, 2%, indiferente e 7% não opinou.
As ações da CSN caíram 3,65% após a empresa anunciar que voltará ao mercado de crédito. E a Cemig teve alta de 4,26% depois da divulgar que a Renova (sua controladora) fechou acordo com a AES Tietê para vender o complexo eólico Alto Sertão III. O negócio ainda precisa de aprovação dos órgãos competentes.
O IPCA de março foi de 0.75% e acumula 4.6% nos últimos 12 meses, muito acima do esperado que era de 0,63%. Destaque de alta para os alimentos e produtos industriais devido à aceleração nos preços dos perecíveis e etanol. No acumulado 12 meses, o índice pulou de 3,9% para 4,6%. A meta para 2019 é 4,25% com margens de 1,5% para cima e para baixo. Mas vale lembrar que neste acumulado ainda está incluído o mês de maio de 2018, quando a inflação teve um pico em razão da greve dos caminhoneiros.
EUA
Nos EUA, os principais índices de bolsa do país trabalharam em alta. O S&P500 subiu 0,35% e o Nasdaq Composite subiu 0,69%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou as perigosas consequências para a economia americana se o presidente Trump continuar sugerindo acomodação da taxa de juro do Fed.
Hoje, os bancos americanos começam a divulgar os resultados do quarto trimestre com JP Morgan e Wells Fargo.
EUROPA
O Eurostoxx 50 subiu 0,22%, sendo acompanhado pelo DAX 30, principal índice alemão, com alta de 0,47%, a 11.905,91 pontos. Essa foi a oitava alta nos últimos dez pregões.
A União Europeia concedeu ao Reino Unido mais tempo para encontrar uma solução viável para saída do bloco. A data agora é 31 de outubro. A postergação do prazo significa que a primeira-ministra sofrerá ainda mais pressão, uma vez que os membros de seu partido enxergam o risco crescente de não haver Brexit. Os mercados no Reino Unido e a libra esterlina não reagiram muito às notícias.
A alta do petróleo de 42% acumulada neste ano é reflexo das preocupações com o corte da produção da OPEC (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). As sanções contra o Irã e a guerra civil na Líbia tornam as perspectivas para a produção da commodity nebulosa. No entanto, a Agência de Energia Internacional reportou que a redução da demanda poderá se tornar um desafio para o resto do ano, devido à desaceleração da economia global. O barril de petróleo para entrega em maio está sendo negociado a US$ 64,05.
Dólar | R$ 3,82 | -0,79% |
DI Fut Jan/25 | 8,71% | -9 pbs |
Ibovespa | 95.953pts | -0,35% |
S&P500 | 2.879pts | +0,04% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik