Reunião de Bolsonaro com líderes de partidos e os destaques do dia 04/04
BRASIL
A bolsa brasileira volta a dar sinais de recuperação, com alta de 1,93%, voltando aos 96.313,06 pontos. A grande motivação dessa valorização foi a reunião do Presidente Jair Bolsonaro com os líderes dos partidos para uma aproximação e conseguir apoio para a aprovação da reforma da Previdência.
O DI com vencimento em 2025 (DI1F25), depois de bater superar 9% na última semana de março, fechou a última negociação a 8,69%.
Os olhares ainda estão voltados para o cenário político, após Paulo Guedes ir à Câmara na tentativa de conquistar mais apoiadores. Ontem foi a vez de Bolsonaro se mobilizar para dar corpo à aprovação da reforma da Previdência. O presidente se reuniu com líderes partidários para tentar “fechar questão”, isto é, conseguir o apoio de todos de um partido em uma determinada votação na Câmara..
EUA
No mercado norte-americano, as principais bolsas trabalharam em alta. Com destaque para o S&P500, que teve alta de 0,21% no último pregão, a 2.879,39 pontos. Seguido pelo índice Dow Jones, que valorizou 0,64%, chegando a 26.384,63 pontos.
O DXY, índice que mede o dólar frente às outras moedas mundiais, está no zero a zero nesta semana, mostrando um clima de espera nos EUA, por conta das negociações com a China.
O Presidente Donald Trump disse que ainda há mais quatro semanas de negociações pela frente, para que todo o imbróglio do acordo comercial seja de fato fechado. Liu He, representante chinês nas negociações, está nos EUA e a expectativa era de que Trump cravasse uma data para se reunir com a cúpula de Xi Jinping, pois após o encontros de ambos, espera-se que uma data seja marcada para a assinatura do acordo comercial.
Embora ambas as partes aleguem grande avanço nas negociações, o presidente norte-americano disse que o acordo ainda está a semanas de ser fechado, e que o feito será algo “monumental”.
EUROPA
No velho continente, o Eurostoxx50, fechou o quinto dia consecutivo em alta, a 0,19% atingindo o patamar de 3.441,93 pontos.
O Banco Central Europeu divulgou a ata da última de política monetária afirmando que irá tomar medidas mais agressivas para impulsionar a economia na zona do euro. A grande preocupação do órgão é que o momento de fragilidade econômica no bloco perdure por mais tempo do que se imaginava.
Na Alemanha, a grande preocupação é com a recuperação econômica. De acordo com o Bloomberg, a nova expectativa para o PIB alemão é de 0,9% no ano, o que causa uma certa preocupação, visto que a estimativa divulgada no início do ano era de 1,8% ao ano. Essa redução na expectativa do PIB é consequência de três fatores principais: (i) as dificuldades macroeconômicas, (ii) as disputas no comércio global, as quais o país não tem conseguido protagonismo, e (iii) um Brexit sem rumo.
Angela Merkel prometeu o apoio à União Europeia para evitar uma fronteira difícil na Irlanda, apesar da preocupação de que isso poderia prejudicar o mercado único no caso de um Brexit sem acordo.
Theresa May já se mobiliza para escrever a Jeremy Corbyn (líder do partido trabalhista) para apresentar a oferta do governo sobre o Brexit, com negociações a serem retomadas em Downing Street hoje. Ela agora terá que correr contra o relógio, conforme o dia 12 se aproxima.
Dólar | R$ 3,86 | -0,55% |
DI Fut Jan/25 | 8,69% | -9 pbs |
Ibovespa | 96.313pts | +1,93% |
S&P500 | 2.879pts | +0,21% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik