Oportunidades de investimento para dezembro
Com a Selic na mínima histórica, o que muda na hora de aplicar
Novembro marcado pela volatilidade
Antes de falarmos sobre as oportunidade de investimentos em dezembro, vamos a um balanço rápido de novembro.
A Reforma da Previdência predominou e deu a direção dos mercados durante o mês passado. No início de novembro, quando o presidente Michel Temer cogitou fazer concessões no texto, a bolsa caiu fortemente e os juros subiram.
Depois, o tom do governo mudou, afirmando que faria a reforma. O Ministério do Planejamento desbloqueou R$ 7,5 bilhões do Orçamento, demonstrando o empenho para aprovar a Reforma da Previdência ainda este ano. Por isso, o Ibovespa voltou a subir, o dólar caiu, mas os juros cederam pouco.
No final do mês, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, reavaliou que a votação ficaria para 2018. Assim, a bolsa fechou em baixa, os juros em alta, e o dólar desvalorizou frente ao real.
Impacto nos investimentos
Os títulos e fundos de renda fixa, assim como os fundos multimercado mais conservadores, mostraram para que serve a base de uma carteira de investimento: colchão de proteção.
Para fundos multimercado mais arrojados foi um mês desafiador. Muitos fecharam novembro com resultados abaixo do esperado, ou seja, inferior ao CDI, que variou 0,57%. Parte relevante das perdas é explicada pela maior exposição à bolsa e apostas na queda dos juros futuros.
O Ibovespa caiu 3,1% e fechou abaixo de 72.000 pontos. Houve realização de lucros, mas, principalmente, foi o receio dos investidores com posições mais longas. Os setores de consumo, logística e utilities ficaram entre os que mais se desvalorizaram.
O mercado começou a colocar na conta os resultados das pesquisas para as eleições de 2018, com os candidatos preferidos se concentrando nos extremos opostos.
A curva de juros se deslocou para cima na parte intermediária e acentuou a inclinação na ponta mais longa, resultando na queda do IMA-B 5+ em 1,4 ponto percentual e o IMA-B 5 no zero a zero, com o DI Jan/23 fechando a 10,16%.
Em geral, quando a bolsa cai e os juros sobem, o dólar também se valoriza, mas não foi o que aconteceu em novembro. O dólar fechou em queda de 1,9%. Assim sendo, os instrumentos de proteção dos fundos multimercado não funcionaram e não conseguiram neutralizar os prejuízos.
Nos EUA, indicadores de crescimento mais forte reforçaram o cenário de alta de juros e fizeram o dólar se fortalecer. A indicação de Jerome Powell para o Fed agradou o mercado, pela provável continuidade da condução da política monetária. As bolsas americanas continuaram subindo, com o andamento e abrangência da reforma tributária de Donald Trump e com resultados corporativos robustos. O S&P 500 valorizou 2,8% no mês.
Copom em dezembro: Selic na mínima
Já em dezembro, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), na última reunião do ano, foi de mais um corte na Selic, dessa vez de 50 pontos bases, para fechar o ano no patamar de 7%, piso histórico, conforme já era precificado pelo mercado.
Nesse cenário, a remuneração da poupança é 70% da Selic + TR. Com Selic a 7% ao ano e a TR rodando a zero, o rendimento da poupança pode ficar abaixo de 5% em 2018.
Como investir com os juros mais baixos
Portanto, com o juro baixo e diante da perspectiva de que seja mantido nesse nível por muito tempo, o investidor mais conservador se depara com um dilema: ou aceita receber menos rendimento nas aplicações em renda fixa ou expande a sua zona de conforto e aceita aplicar uma parcela do dinheiro em produtos com algum risco embutido, para alcançar maiores retornos no médio e longo prazos.
Abaixo, alguns produtos sugeridos para dezembro:
Fundo Angá Portfolio FIM: Exposição de até 20% no FIDC Angá Sabemi e o restante em títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Os retornos consistentes e superiores ao CDI ajudam a formar a base de uma carteira de investimentos.
Fundo DLM Hedge Conservador II: Possui uma carteira composta por títulos públicos e privados, e algumas operações estruturadas. O fundo também serve como colchão de segurança.
Fundo Artesanal FIC FIM : Multimercado que incrementa os retornos obtidos com renda fixa e crédito privado, aproveitando as oportunidades no mercado de ações com estratégias de arbitragem, long and short, termo, entre outras.
Renda Fixa:
LCA – Isento de Imposto de Renda
90% do CDI – Vencimento em 01/02/2018 – A partir de R$ 5 mil
CDB
117% do CDI – 1 ano – A partir de R$ 5 mil
120% do CDI – 2 anos – A partir de R$ 5 mil
125% do CDI – 3 anos – A partir de R$ 3 mil
126% do CDI – 4 anos – A partir de R$ 3 mil
127% do CDI – 5 anos – A partir de R$ 3 mil
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