Alta de impostos e os destaques da política e da economia
Panorama Semanal de 17 a 21 de julho
Férias das crianças e dos políticos. Recesso no Congresso. Não fosse o bloqueio de bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a semana que se encerra teria tido seu foco direcionado quase todo à economia, com destaque para alta de impostos, dólar em queda, deflação, entre outros.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou o aumento das alíquotas de PIS/Cofins sobre os combustíveis. Até o fim do ano serão R$ 10,4 bilhões adicionais de receita para tentar atingir a meta fiscal (déficit).
Mesmo com essa alta de impostos, haverá novo contingenciamento, de R$ 5,9 bilhões, nos gastos previstos no Orçamento. Segundo o governo, houve frustração em receitas que estavam sendo esperadas, além do impacto da recuperação econômica mais lenta. No primeiro semestre, a arrecadação federal ficou em R$ 648,5 bilhões. Embora tenha sido o melhor 1º semestre desde 2015, o valor ficou abaixo do estimado.
Nas contas externas, de janeiro a junho, o superávit foi de US$ 715 milhões, no melhor resultado para o primeiro semestre dos últimos dez anos.
Com um cenário interno político menos nervoso, sem novas denúncias, o dólar chegou a zerar a alta acumulada desde o vazamento do áudio da JBS, e bateu R$ 3,12. A cotação foi influenciada também pelo mercado global. O Banco Central Europeu (BCE), por exemplo, manteve as taxas de juros e o seu programa de compra de títulos, de 60 bilhões de euros mensais até dezembro, garantindo liquidez.
O IPCA-15 de julho fechou com deflação de 0,18%, a menor em 19 anos. Em 12 meses, o indicador acumula apenas 2,78%.
Em junho, o emprego formal, pelo terceiro mês consecutivo, registrou saldo positivo, com a criação de 9,8 mil vagas.
Por determinação do juiz Sergio Moro, o ex-presidente Lula teve mais de R$ 9 milhões bloqueados em planos de previdência privada. A decisão gerou manifestações a favor e contra o ex-presidente.
No exterior, os olhos se voltaram para a economia chinesa, que cresceu 6,9% no segundo trimestre, acima do esperado.
Nos EUA, o presidente americano, Donald Trump, sofreu derrota no Congresso no que tange à questão da reforma na saúde.
Na Venezuela, segue a onda de caos, com muita violência, greve geral e protestos contra a Constituinte de Nicolás Maduro.
No pregão desta quinta-feira, o dólar fechou em queda de 0,69%, no quinto recuo consecutivo, cotado a R$ 3,128. O Ibovespa caiu 0,37%, influenciado pela queda nas ações de Vale e Petrobras.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até o dia 21/7, às 15h.