Corrida à Casa Branca

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Desde sua primeira ocorrência, em 1889, quando George Washington derrotou John Adams, as eleições norte-americanas desempenham papel fundamental no cenário global. Esta semana foi iniciada a 58º eleição norte-americana, que tem candidatos minimamente interessantes. Por exemplo, dois de um mesmo partido (o Republicano) têm opiniões totalmente diferentes: Donald Trump defende a criação de uma muralha “separando” os USA do México para resolver a questão da imigração; e Ted Cruz defende a regularização dos imigrantes.

Do lado dos democratas, há figuras extremamente conhecidas no meio político internacional, como Hillary Clinton e Jeb Bush (filho do ex-presidente George H. W. Bush e irmão do ex-presidente George W. Bush), entre outros.

Os acima citados, tanto republicanos como democratas, são os mais conhecidos, com forte histórico político, e estavam na frente nas pesquisas prévias. Trump se mostrava favorito entre os republicanos, e Hillary, entre os democratas, com 38% e 52% respectivamente. Mas as eleições da maior potência econômica mundial não são tão simples.

Entendendo a eleição dos EUA

Para se entender a jornada à Casa Branca, é necessário saber que os USA possuem dois partidos principais, o Republicano e o Democrata. O primeiro é conhecido como conservador, e o segundo, tem um viés liberal norte-americano.

Além da política partidária distinta, os EUA têm um sistema de voto facultativo, diferentemente do Brasil. Os votos populares, por sua vez, não elegem o presidente, mas servem de base para que os delegados de cada estado o escolham. Delegados são os membros do Colégio Eleitoral dos EUA, esses, sim, eleitos pela população. Cada estado tem um número específico de delegados, que varia de acordo com o número de representantes estaduais no Congresso. São, no  total, 538 delegados. É possível, portanto, um presidente ser eleito pela maioria dos delegados, podendo ter perdido no voto popular. Isso já ocorreu três vezes, a última em 2000, com George W. Bush.

Pesquisas eleitorais e início das prévias

Desde o último trimestre de 2015 vêm sendo realizadas pesquisas com o intuito de descobrir os candidatos favoritos dos eleitores norte-americanos na corrida presidencial. As mais recentes apontavam Trump como favorito dos republicanos com 38%. Em sua cola, Ted Cruz, com 20%. No lado democrata, Hillary tinha 52%, seguida Bernie Sanders, com 37%.

Na primária em Iowa, do lado republicano, Ted Cruz venceu, com 28% dos eleitores, enquanto o segundo colocado, Trump, alcançou 24%. Já a democrata Hillary obteve uma vitória apertadíssima de 49,8% contra 49,6% de Sanders.

Como citado anteriormente, Trump e Cruz possuem características e opiniões distintas. Cruz, considerado um dos políticos mais conservadores do Senado, tem posicionamentos contrários a muitas políticas tidas como liberais, como o casamento entre indivíduos do mesmo sexo e a prática do aborto. Em contrapartida, Trump, também conservador, não diverge muito do posicionamento de Cruz, mas é sempre muito polêmico e, muitas vezes, acaba condenado pela mídia e por outros políticos.

É importante ressaltar a pequena diferença entre Hillary e Sanders. Isso pode ter efeitos diversos na corrida à Casa Branca, se Hillary for ultrapassada. O ex-prefeito de Nova York e fundador da empresa Bloomberg, Michael Bloomberg, se mostrou interessado em concorrer como candidato independente. Aos 73 anos, mostra-se um candidato interessante, visto que possui laços estreitos com Wall Street e visões menos conservadoras que muitos outros candidatos. Ele traz uma opção, no mínimo, diferenciada.

Agora que a largada foi dada, só resta esperar para se conhecer o próximo presidente da maior potência econômica mundial.

 

 

Arthur Lemos: Estudante de Economia do IBMEC. Chefe da área de Análise Macroeconômica do Cemec, empresa júnior vinculada ao IBMEC, que tem como proposta principal realizar estudos e pesquisas sobre o mercado financeiro.

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