Fabio Wajngarten dá depoimento polêmico na CPI da Covid e os últimos destaques
Quinta-feira, 13 de maio de 2021
RESUMO DOS MERCADOS
Br | Cotação | Dia | Semana | Mês | Ano |
Ibovespa (pts) | 119.710,03 | -2,65% | -1,91% | 0,69% | 0,58% |
DI Jan 2025 (bps) | 8,24% | 17 | 18 | 44 | 259 |
Dólar PTAX (R$) | 5,2353 | -0,10% | 0,26% | -3,11% | 0,74% |
S&P 500 (pts) | 4.063,04 | -2,14% | -4,01% | -2,83% | 8,17% |
BRASIL EM FOCO
DESTAQUES
Os mercados sofreram após a divulgação da inflação americana (CPI), que veio bem alta. Os receios de que os estímulos monetários sejam retirados antecipadamente aumentaram e os investidores fizeram ajustes em suas carteiras, realizando lucros e exigindo mais prêmios pelo risco.
CPI DA COVID
O depoimento de Fabio Wajngarten no Senado ontem (13) foi polêmico. O ex-secretário de Comunicação da Presidência adotou um tom evasivo e entrou em contradição em relação a pontos abordados em entrevista dada à Veja. Irritado, Renan Calheiros (MDB-AL) pediu a prisão Wajngarten por mentir em juízo, mas Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, decidiu por encaminhar o depoimento ao Ministério Público.
Do ponto de vista político, o publicitário trouxe elementos novos importantes confirmando que a Pfizer enviara em 12 de setembro carta oferecendo a opção de comprar vacinas ao presidente Jair Bolsonaro, ao vice Hamilton Mourão e aos ministros Pazuello, Paulo Guedes (Economia) e Braga Netto (Casa Civil, na época). O documento foi ignorado pelo Poder Executivo por dois meses e Wajngarten respondeu à farmacêutica no dia 17 de novembro de 2020. Essa fala compromete o governo, pois indica negligência na contratação de vacinas e também a existência de um “comitê paralelo” que assessorava Bolsonaro, visto que não seria atribuição do chefe da Secom esse tipo de contato e negociação. ( O Globo / Valor)
PESQUISA DATAFOLHA
O governo de Jair Bolsonaro tem a aprovação de 24% dos brasileiros, a pior marca de seu mandato. Os que o consideram ruim ou péssimo são 45% e 30% avaliam o presidente como regular. A pesquisa também avaliou a rejeição dos pré-candidatos e cenários para as eleições do ano que vem, 54% não votaria em Bolsonaro de jeito nenhum. A rejeição de Lula também é elevada e fica em 36%. O petista alcança 41% das intenções de voto no primeiro turno de 2022, contra 23% de Bolsonaro. Sergio Moro aparece em 3º lugar com 7% e Ciro Gomes (PDT) teria 6% dos votos. Num eventual segundo turno contra Bolsonaro, Lula levaria ampla vantagem, com uma margem de 55% a 32%. Já Bolsonaro empataria tecnicamente com Doria, marcando 39%, contra 40% para o tucano. E perderia para Ciro, obtendo 36%, contra 48% para o pedetista. (Folha)
TESE DO SÉCULO
A ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, votou para que a decisão que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins tenha validade a partir do dia 15 de março de 2017, data do julgamento no plenário da Corte. A ministra também votou para que seja o ICMS que consta na nota fiscal o retirado do cálculo do PIS e da Cofins. A discussão será retomada na sessão de hoje (13) e ainda faltam os votos de dez ministros para que se tenha o desfecho.(Valor)
CORONAVÍRUS NO BRASIL
Nas últimas 24h, foram registrados 76,7 mil novos casos e 2.494 mortes. Desde o início da pandemia, o país atingiu a marca de 428 mil óbitos e 15,4 milhões de casos confirmados de Covid-19. Já foram aplicadas no Brasil 55,8 milhões de doses de vacina, sendo que 18,7 milhões de pessoas já receberam as duas doses do imunizante. ( Ministério da Saúde / G1)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
DESTAQUES
As bolsas americanas sofreram quedas muito duras depois do anúncio dos dados de inflação americana. O Dow Jones caiu 1,99%, o Nasdaq 2,67% e o S&P 500 recuou 2,14%. O yield dos treasuries de 10 anos subiu para 1,69%.
INFLAÇÃO AMERICANA
Foram reportados ontem (12) os números de inflação em abril nos EUA. O CPI subiu 0,8% versus março e o núcleo do índice teve alta 0,9% na comparação com o mês anterior, praticamente o dobro das maiores estimativas do mercado. Os valores de consenso eram 0,2% e 0,3%, respectivamente. Esses dados colocaram os mercados receosos quanto à manutenção dos estímulos monetários implementados pelo FED. A fala do vice-presidente do FED, Richard Clarida, de que ele ficou surpreso com a aceleração, somente contribuiu para aumentar as incertezas dos investidores. Mesmo admitindo o desconforto, ele voltou a repetir que acredita que a maior parte desse aumento de preços será transitório. (WSJ)
VACINAÇÃO
O CDC, Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, recomendou ontem (12) que adolescentes entre 12 e 15 anos tomassem a vacina da Pfizer. Estudos mostraram que ela é efetiva em 100% dos casos para proteger os jovens dessa faixa etária contra a aparição de sintomas do Covid. A resposta imune do grupo entre 12 e 15 anos foi tão forte quanto a do grupo entre 16 e 25 anos, e até agora não há evidências que a vacina apresente riscos diferentes dos que os adultos estariam sujeitos. (CDC)
ATAQUE HACKER
A distribuidora de combustível Colonial Pipeline, que sofreu um grande ataque hacker na semana passada, retomou as atividades ontem (12). A empresa, que transporta aproximadamente 100 milhões de galões por dia e abastece aproximadamente 45% do combustível da costa leste americana, ainda deve levar alguns dias para retornar à capacidade plena. O ataque gerou pânico em motoristas e fez com que o preço da gasolina atingisse o maior valor em 6 anos. (WSJ / Bloomberg)
CONFLITO ISRAEL-PALESTINA
As mortes continuam aumentando após ambos os lados intensificarem o poder de fogo empregado no conflito. Já são pelo menos 67 pessoas mortas em Gaza e 7 em Israel, e apesar de diferentes países defenderem a redução das hostilidades, tanto os líderes do Hamas quanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçam que continuarão com as ofensivas. (Reuters)
CORONAVÍRUS NO MUNDO
Nos EUA, os casos de Covid-19 já somam 32,8 milhões e as mortes ultrapassam 583,6 mil. No mundo são mais de 160 milhões de infectados e os óbitos bateram a marca de 3,3 milhões. (Johns Hopkins)
HOJE
Na Ásia, os índices fecharam em forte queda. As bolsas na Europa também recuam mais de 1%. Os futuros de Wall Street apontam para uma abertura negativa. O preço do Brent cai mais de 2,5% cotado a US$ 67,57. O ouro recua é negociado a US$ 1.815,84. Os rendimentos dos treasuries de 10 anos estão em 1,69%. Os EUA testarão o apetite do mercado de títulos com uma venda de US $ 27 bilhões em dívidas de 30 anos e na agenda de divulgação saem o PPI e os pedidos de seguro-desemprego. Por aqui, acabou de sair o IBC-Br de março, queda de 1,59% em relação a fevereiro, com ajuste.