Os FIIs de Lajes Corporativas estão valendo a pena?

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Os FIIs de lajes corporativas estão valendo a pena? Depois de seguidos trimestres de aumento no número de escritórios vagos, o mercado imobiliário corporativo começou a mostrar sinais de recuperação.

Em São Paulo – centro financeiro e corporativo do país – a ocupação dos imóveis corporativos de alta qualidade aumentou por 2 trimestres consecutivos, fato que reforça a tese de diversos investidores de FIIs de Lajes Corporativas.

O início da pandemia e as mudanças na forma de trabalho

A pandemia trouxe muitas mudanças e dúvidas para a sociedade, entre elas sobre a forma de trabalho. No Brasil pré-Covid, não era tão comum uma empresa adotar o home office. Mas políticas de isolamento forçaram todos a mudar a maneira de se relacionar e trabalhar.

Por outro lado, no resto do mundo, antes mesmo da pandemia, já era bem mais comum a utilização do trabalho remoto. E por isso, o que podemos concluir é que no Brasil tivemos a aceleração de um movimento que já seria natural diante da globalização.

Entretanto, essa mudança repentina resultou em um aumento no número de imóveis corporativos vagos, além de causar incertezas sobre o futuro. Com isso, houve queda dos preços no segmento de Lajes Corporativas, o que afetou o mercado desse tipo de FII.

Susto para os FIIs de Lajes Corporativas

Esse segmento, que até então era um dos maiores do mercado, deixou de ser a preferência dos investidores. Assim, muitos decidiram vender suas cotas de FIIs de Lajes Corporativas, como consequência da queda nos dividendos e das incertezas em relação à volta das empresas aos escritórios.

Hoje esses fundos negociam, em média, com 30% de desconto em relação a sua cota patrimonial. Isso reflete valores até mesmo abaixo do custo de reposição dos imóveis.

Ou seja, é mais barato comprar esses FIIs pelos preços que negociam na bolsa, do que construir aqueles imóveis do zero – ainda mais no cenário inflacionário atual, quando se torna ainda mais caro esse desenvolvimento.

Pós-Pandemia no mercado imobiliário corporativo

Ainda que surjam dúvidas quanto ao melhor modelo de trabalho, uma certeza podemos ter: os escritórios não deixaram de ser indispensáveis para a sociedade.

A infraestrutura necessária para determinados setores funcionarem e a importância da implementação da cultura empresarial no ambiente de trabalho são razões para essa necessidade.

Nesse ínterim, com o andamento da vacinação no país e a reabertura completa da economia, o mercado já vinha esperando uma retomada aos escritórios. Novos negócios que nasceram nos últimos anos, além de empresas que cresceram e não possuem mais espaço físico suficiente para seus funcionários representam uma demanda para o setor de Lajes Corporativas.

Números do mercado imobiliário corporativo no 1º tri de 2022 já podem ser vistos como indicativo do início da recuperação:

– Depois dos períodos de vacância crescente, vimos no 4º trimestre de 2021 e 1º trimestre de 2022 os primeiros movimentos de queda nas áreas vagas na região de São Paulo para imóveis de alto padrão (A e A+).

– Em março de 2020, com o início da pandemia, a vacância era de 15,2%. Posteriormente, em setembro de 2021, atingiu o patamar de 25,1%, e o percentual seguiu aumentando trimestre após trimestre.

– Já no fechamento do 1º trimestre de 2022, a vacância era de 24,2%, refletindo uma queda de 0,9 pontos percentuais nos últimos 6 meses.

– Enfim, depois de 2 anos no negativo, o números de absorção líquida (diferença entre área locadas e áreas devolvidas) chegou em 2022 com um nível mais alto de locação do que de devolução (+41,9 mil m2).

Vacância e absorção líquida de imóveis corporativos em São Paulo.
Elaboração Órama – Fonte: Siila

Apesar de serem mudanças ainda singelas, os números dos próximos períodos vão dissolver qualquer dúvida quanto ao rumo que o mercado imobiliário corporativo irá tomar.  

Vale destacar que imóveis de qualidade e em localizações mais prestigiadas tendem a ser os primeiros a retornar. Esse é o fenômeno que conhecemos como “flight to quality”: diante de um cenário de vacância alta, os locatários aproveitam o aumento do seu poder de barganha para mudar para edifícios de melhor qualidade e localizações privilegiadas por preços mais interessantes.

E como o investidor pode aproveitar esse momento?

Observamos diversos FIIs com esse perfil sendo negociados com descontos significativos na bolsa. Com o aumento da ocupação dos imóveis, esses fundos vão observar uma melhora nos seus resultados e, assim, nos dividendos distribuídos aos cotistas. Então, esse é um ótimo momento para o investidor que busca se expor ao mercado imobiliário e com potenciais de ganhos acima da média.

A Órama te ajuda!

Para te ajudar com isso, aqui na Órama contamos com especialistas certificados que acompanham essas oportunidades de perto, e trazem diferentes recomendações no site de análises sobre todos os tipos de investimentos.

A Carteira Recomendada “Valorização FII”, indicada para investidores com perfil arrojado, tem como objetivo principal a alocação em FIIs descontados  (que estão negociando abaixo da cota patrimonial) e que por isso têm potencial de alta valorização de preço. Por essa razão, atualmente ela tem maior concentração em FIIs de Lajes Corporativas. Seu foco é, principalmente, naqueles que possuem uma gestão profissional de qualidade e imóveis de alto padrão em localizações mais demandadas. Vale a pena dar uma olhada!

É importante reforçar que por se tratar de ativos negociados na bolsa, ainda podemos observar uma volatilidade elevada no curto prazo. Por isso, diante do cenário macroeconômico e dos desafios que vêm surgindo no contexto atual, é essencial acompanhar diariamente as notícias domésticas e internacionais, para entender seus potenciais impactos nos investimentos e na economia real.

Se tiver qualquer dúvida, é só comentar aqui que a gente te ajuda.

Bons investimentos!

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