O discurso de Bolsonaro na ONU e os últimos destaques

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NESTA MANHÃ

  • Na volta do feriado, os índices no Japão fecharam em queda. O Nikkei recuou 2,16%. Na China ainda é feriado e não teve sessão. O índice Hang Seng de Hong Kong registrou alta de 0,51%. Os investidores estão pesando os riscos das medidas do governo chinês sobre o setor imobiliário e aguardando o resultado da reunião do Banco Central dos EUA.
  • Na Europa, as bolsas avançam, recuperando-se da queda do dia anterior, puxadas principalmente pelas empresas de energia. O Euro STOXX 50 sobe 1,39%.
  • Os futuros dos índices de Nova York sinalizam uma abertura positiva.
  • Os contratos de Brent são negociados em alta de 0,96%, a US$ 74,63.
  • ouro spot é cotado a US$ 1.766,64 a onça, leve alta de 0,14%.
  • yield dos treasuries de 10 anos se mantém em 1,33%.
  • Bitcoin é negociado no patamar de US$ 43.000, em queda pelo terceiro dia consecutivo.

AGENDA DO DIA

  • Feriado na China
  • 22h30 – EUA: Abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, com discurso do presidente Jair Bolsonaro
  • 23h00 – Japão: Declaração de Política Monetária do BoJ

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR

Cotação DiaSemanaMêsAno
Ibovespa (pts)108.843,74-2,33%-2,33%-8,37%-6,37%
DI Jan 2025 (bps)10,06%-14-1453441
Dólar PTAX (R$)R$ 5,33320,43%0,43%3,69%2,63%
NASDAQ (pts)14.713,90-2,19%-2,19%-3,57%14,16%

BRASIL

Em um dia que a aversão ao risco foi generalizada, o Ibovespa registrou forte queda e recuou para o patamar de 108.000, de novembro do ano passado. O gatilho para a realização no exterior foi o receio de que a crise da dívida da Evergrande tenha efeito sistêmico, com consequências para o crescimento da China. O minério de ferro caiu mais de 8% e foi negociado em US$ 92,80 em Singapura, acumulando uma baixa de 55% em apenas dois meses. As ações de empresas relacionadas à mineração e siderurgia tiveram um dia bem negativo. Em semana de decisão de política monetária no Brasil e nos EUA, os contratos futuros de DI recuaram e o dólar Ptax avançou. 

INTERNACIONAL

As bolsas de Wall Street também sofreram perdas acentuadas, com o caso da Evergrande no radar. O Dow Jones recuou 1,78%, o S&P 500 cedeu 1,70% e o Nasdaq registrou queda de 2,19%.  O índice de volatilidade VIX subiu 23,55%, a 25,71 pontos. O destaque positivo das ações nos EUA foram as empresas do setor aéreo, após o anúncio de reabertura de fronteiras para pessoas completamente vacinadas.  American Airlines avançou 3,09%, United cresceu 1,64% e Southwest subiu 1,0%.

COVID-19

Nas últimas 24h foram notificadas 203 mortes por Covid-19 e registrados 7,9 mil novos casos da doença. Até o momento, 38% da população já tomou a segunda dose ou a dose única de vacinas contra a Covid-19, totalizando 81,1 milhões de pessoas que completaram o esquema vacinal. A dose de reforço foi aplicada em 333 mil pessoas. No mundo, mais de 5,935 bilhões de vacinas já foram administradas. ( Ministério da Saúde / G1 /Johns Hopkins)

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO BRASIL

RELATÓRIO FOCUS

As expectativas do mercado para a inflação de 2021 e 2022 se deterioraram. Para este ano a mediana subiu de 8% para 8,35% e para o ano que vem o dado saiu de 4,03% para 4,1%. A Selic também teve a projeção atualizada para 8,25% para este dezembro e 8,5% para 2022. O PIB de 2022 foi alterado para baixo, de 1,72% para 1,63%.  (BCB)

PRIORIDADES DA CÂMARA

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer avançar com a reforma administrativa e uma solução para a questão dos precatórios. Segundo ele, estes devem ser os dois principais assuntos da semana no legislativo. O relator da reforma administrativa, deputado Arthur Maia (DEM-BA), deve protocolar um novo texto sobre as mudanças para ser votado nesta semana. Na última versão apresentada, as polêmicas em torno dos juízes, promotores e policiais estão tirando votos da reforma dentro da base do governo. Sobre a PEC dos Precatórios, Lira e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, se encontraram, mas nada foi definido. O assunto deverá continuar sendo discutido hoje (21) com o Ministro Paulo Guedes. (Broadcast / Poder 360)

PRIVATIZAÇÃO

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deverá publicar o edital do leilão dos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, hoje (21). O governo federal pretende privatizar os dois aeroportos – considerados as “joias da coroa” entre os terminais ainda administrados pela Infraero – em abril . Os aeroportos liderarão dois dos blocos que serão leiloados, e as empresas que levarem as concessões terão de investir quase R$ 7 bilhões durante os contratos, que terão duração de 30 anos. Um terceiro bloco será liderado pelos aeroportos de Belém e Manaus, com exigências de investimentos estimadas em R$ 870 milhões. (O Globo)

BOLSONARO NA ONU

No texto elaborado pelo Ministério de Relações Exteriores para o discurso de Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU são abordados temas como o desenvolvimento sustentável, o combate ao desmatamento e a recuperação econômica do país. Contudo, há um receio por parte da diplomacia sobre eventuais improvisos do chefe do Executivo. (CNN)

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO MUNDO  

VIAGENS PARA OS EUA

A partir de novembro, estrangeiros totalmente vacinados poderão entrar nos EUA. As novas regras beneficiarão viajantes vindos também do Brasil que devem apresentar um comprovante de vacinação antes do embarque e um teste com resultado negativo realizado três dias antes da viagem. Ainda não está claro que vacinas serão aceitas e a decisão caberá ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Até agora, os EUA já autorizaram o uso das vacinas da Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson (Janssen).( Valor)

EVERGRANDE E RISCO DE CRÉDITO

A S&P Global Ratings prevê que um eventual calote da gigante do setor imobiliário chinês Evergrande não gerará uma onda de falências nem terá repercussões leves, mas gerará uma situação intermediária. A S&P também aponta que as dificuldades da Evergrande vêm num momento em que a China Huarong Asset Management – empresa chinesa de gestão de ativos financeiros – atravessa uma operação de recapitalização.  Isso significa que dois dos maiores emissores de dívida externa da China estão testando a capacidade do governo do país de conter “falências potencialmente substanciais”. O silêncio por parte das autoridades chinesas, está deixando o mercado ainda mais tenso sobre as eventuais consequências e como serão os próximos passos (Bloomberg)

TETO DA DÍVIDA EUA

Os líderes do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos divulgaram uma carta nesta segunda-feira (20) em que pressionam os republicanos a apoiar a suspensão do teto da dívida federal. No documento, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, informam que pretendem colocar o projeto para votação no legislativo ainda nesta semana. Eles alertam, ainda, que um calote do país poderia levar a uma recessão econômica. A proposta dos democratas prevê a suspensão do teto até dezembro de 2022. A medida será introduzida em um projeto de lei para financiar o governo até o final deste ano, o que é necessário para evitar um “shutdown”, como é chamada a paralisação da máquina pública. Pelosi e Schumer afirmam esperar apoio bipartidário para passar no Congresso a legislação, que também inclui fundos de emergência para auxiliar pessoas afetadas por desastres naturais recentes e ajuda para reassentar refugiados do Afeganistão. (Broadcast)

VACINAS PARA CRIANÇAS

A Pfizer Inc. e a  BioNTech disseram que sua vacina Covid-19 foi considerada segura em crianças de 5 a 11 anos em um estudo de estágio final e gerou uma forte resposta imunológica nelas, trazendo a perspectiva de uma cobertura vacinal mais ampla.A Pfizer disse que compartilhará os resultados com reguladores nos EUA e em outros países e buscará autorização de uso de emergência nos EUA já no final do mês. (WSJ)

INFLAÇÃO DO PRODUTOR ALEMÃ

O índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha subiu 1,5% em agosto na comparação com julho, uma leve desaceleração, já que em julho a alta foi de 1,9%. Em agosto, o subíndice que puxou o PPI foi o de energia: os preços foram 24% maiores que no mesmo mês do ano passado, e avançaram 3,3% em relação a julho. O preço do gás natural, que subiu 44,2% em 12 meses, foi o motor do salto.  (Broadcast)

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