Forte valorização do dólar e os últimos destaques
RESUMO DOS MERCADOS*
Cotação | Dia | Semana | Mês | Ano | |
Ibovespa (pts) | 101.241,70 | 0,52% | -0,88% | 1,88% | -12,46% |
Dólar PTAX (R$) | 5,2848 | -0,44% | -3,35% | -3,41% | 31,12% |
DI Jan 2025 (bps) | 5,70% | -4 | -12 | -21 | -75 |
S&P 500 (pts) | 3.426,96 | -0,81% | -2,31% | -2,10% | 6,07% |
BRASIL EM FOCO
DESTAQUES: apesar de o Ibovespa, na sexta-feira, ter fechado em alta, os ganhos não compensaram a queda acumulada nos dias anteriores e o índice teve uma semana negativa em 0,88%. A correção nas ações de tecnologia, com os investidores realizando parte do lucro desse setor, adicionou volatilidade tanto nos EUA, quanto no Brasil. O real registrou forte valorização, o que impacta as empresas exportadoras que também tiveram desempenho mais fraco na semana. Os juros futuros, em um cenário de perspectiva de controle fiscal, recuou 12 pontos base. Segunda-feira não teve pregão em decorrência do feriado da Independência do Brasil.
REFORMA TRIBUTÁRIA: o presidente Jair Bolsonaro, em nota publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na sexta (04), retirou a urgência da reforma tributária. Com o pedido de urgência, o Congresso teria um prazo de 45 dias para a proposta ser analisada, sob o risco de travar as outras pautas do Legislativo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que esse projeto de unificação tributária ainda “não está maduro” e por isso precisaria de mais tempo para discussão. (UOL)
VETO PRESIDENCIAL E REFORMAS: o governo avalia não ter votos suficientes para manter o veto de Bolsonaro que não prorroga a desoneração de 17 setores até o fim de 2021. Frente a essa possível derrota, o governo está buscando uma contrapartida do Congresso e o acordo deve vir na linha de garantir a votação e até o fim deste ano, as propostas de reforma tributária e administrativa. Esse benefício fiscal é uma tentativa de segurar o emprego formal ao permitir que as empresas possam substituir a alíquota de 20% sobre os salários dos funcionários por valores que vão de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. O veto, porém, foi um pedido de Paulo Guedes, pois considerava a medida discriminatória ao beneficiar apenas alguns setores. (Folha)
PERSPECTIVAS PARA O FUTURO: a última pesquisa PoderData mostra que 45% dos brasileiros estão confiantes e acham que a situação do Brasil nos próximos seis meses irá melhorar. Para 29%, a conjuntura ficará estabilizada e 20% disseram que irá piorar.
M&As: o pânico inicial provocado pela pandemia fez muitas empresas e fundos de investimentos adiarem os planos para fusões e aquisições. Agora, contudo, a expectativa é que o volume de transações desse tipo chegue a R$ 31,3 bilhões, no segundo semestre deste ano. Será um aumento de 66% em relação à primeira metade do ano. Segundo a Deloitte, foram 211 operações detectadas entre março e maio. Entre junho e agosto, houve salto para 334. ( O Globo)
CORONAVÍRUS NO BRASIL: o país ultrapassou os 4,14 milhões de casos confirmados e 127 mil óbitos em decorrência da Covid-19. (Ministério da Saúde)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
DESTAQUES EXTERNOS: a desvalorização das empresas de tecnologia continuou na sexta-feira. Na semana, o Nasdaq acumulou as perdas mais acentuadas, recuando 3,27%. Os dados do emprego nos EUA vieram melhores do que as expectativas, mas isso não foi suficiente para segurar a queda das bolsas. O setor financeiro, ainda é visto com desconto, e essa mudança da composição dos portfólios, com migração das empresas de tecnologia para setores mais tradicionais justifica a alta de bancos. Segunda-feira também não teve pregão nos EUA, em função do feriado do Dia do Trabalho.
EMPREGO NOS EUA: de acordo com o relatório do payroll, os EUA criaram 1,371 milhão de vagas de trabalho em agosto, superando a expectativa dos economistas que projetavam criação de 1,321 milhão de vagas. A taxa de desemprego surpreendeu ainda mais com uma forte queda, chegando a 8,4%, ficando bem abaixo da leitura de julho, a 10,2%, e da expectativa de 9,8%. (WSJ)
ELEIÇÕES NOS EUA: durante o feriado do Dia do Trabalho, Donald Trump e Joe Biden trocaram ofensas nessa reta final da campanha eleitoral. Trump classificou Biden como “estúpido” e uma ameaça a economia americana alegando que o democrata fecharia novamente a economia americana. Biden, por sua vez, está se aproximando dos sindicatos e busca pintar o republicano como um líder ineficaz que prospera no caos e deixou a classe trabalhadora para trás. ( Reuters)
RELAÇÕES EUA-CHINA: um decoupling completo dos EUA com a China cortaria o crescimento potencial chinês para 3,5% até 2030. Isso é abaixo da previsão atual de 4,5%, que assume que as relações permanecem praticamente inalteradas. O resultado americano seria menos prejudicado com o rompimento das relações comerciais com o crescimento potencial saindo de 1,6% para 1,4%. Nesse cenário, o crescimento da produtividade da China desacelerará devido à interrupção na transferência de tecnologia, e os gastos de capital também podem ser mais fracos. No entanto, os resultados não serão catastróficos, pois o país reduziu substancialmente sua lacuna de tecnologia com economias avançadas nos últimos 20 anos. O pior cenário seria se os EUA convencessem seus aliados como Japão, Alemanha, França e Coréia do Sul a também importem restrições à China. (Bloomberg)
CORONAVÍRUS: um uma carta pública incomum, as empresas farmacêuticas concordaram em enviar as vacinas para liberação somente quando elas se mostrassem seguras e eficazes nos estudos clínicos mais amplos. Nos EUA, os infectados ultrapassaram os 6,3 milhões e as mortes chegaram a 189 mil. No mundo, o número de casos confirmados é de 27,3 milhões e os óbitos somam 893 mil. A Índia ultrapassou o Brasil em número de casos e assume o segundo lugar do ranking com 4,28 mil infectados. (Johns Hopkins / Bloomberg)
HOJE: na Ásia, as bolsas tiveram um desempenho positivo. Os índices na Europa operam em queda e os futuros em Wall Street, apontam para mais um dia negativo, puxados pelas empresas de tecnologia. O Congresso americano retoma as atividades e o pacote de estímulos deve ser o foco da semana. No campo corporativo no Brasil, atenção para a assembleia geral da Oi com proposta de aditamento do plano de recuperação judicial da companhia. Além disso, ocorre também o IPO da rede de pet shops Petz.
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