Rodrigo Maia defende o fim da taxa de juros do cartão de crédito e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Após seguidas altas, a terça-feira foi de realização de lucros provocada pela notícia de que Bolsonaro contraiu a Covid-19 e também pela fala do Rodrigo Maia sobre os juros cobrados pelos bancos. O Ibovespa fechou em queda de 1,19% aos 97.761 pontos. No câmbio, o dólar Ptax avançou 0,44%, sendo cotado, na venda, a R$ 5,3318. No mercado de juros futuros, os contratos de DI com vencimento em janeiro de 2025 tiveram alta de 8 pontos base e eram negociados à taxa de 5,63%.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o fim da taxa de juros do cartão de crédito e do cheque especial. “Cartão de crédito parece mais simples, porque esse negócio de parcelado sem juros é uma grande falácia que acaba gerando uma taxa de juros brutal. Isso vai ter que ser discutido, polêmico, mas vai ser discutido. E o cheque especial, eu já disse aos bancos, é um absurdo. É uma extorsão. Tem que acabar com esse produto e criar um outro produto. Não tem jeito. São dois produtos que distorcem o sistema financeiro brasileiro para pior.” (Valor)
Com essa declaração polêmica de Rodrigo Maia, as ações dos grandes bancos desabaram: Itaú (ITUB4) -4,90%, Santander Brasil (SANB11) -4,36%, Bradesco (BBDC3) -4,10%, (BBDC4) -4,15% e Banco do Brasil (BBAS3) -4,01%.
O Presidente Jair Bolsonaro anunciou que testou positivo para o novo coronavírus. O chefe do executivo nos últimos 14 dias se encontrou com ao menos 66 políticos, empresários e outras personalidades, viajou para seis estados, participou de oito cerimônias e três encontros coletivos. (Folha)
O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, disse em entrevista ao Globo, que o orçamento do novo programa social Renda Brasil deve ter ao menos R$ 20 bilhões a mais que o do Bolsa Família, que soma R$ 32 bilhões anuais. Os recursos vão vir da otimização de outros programas que são ineficientes e deve estar de pé quando o Auxílio Emergencial acabar. Segundo Sachsida, não há risco de o Renda Brasil atrasar e o governo ter que ampliar despesas, “Sabemos que o Congresso é um grande parceiro nesta área“. (O Globo)
O governo respondeu às críticas direcionadas ao Brasil por empresários e outros países em relação à preservação ambiental proibindo por 120 dias queimadas de qualquer tipo na Amazônia e Pantanal. O decreto, contudo, ainda está sendo elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente. Além da moratória das queimadas, o governo deve intensificar as ações de repressão ao fogo ilegal nas próximas semanas. (Valor)
Segundo o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou os 66,7 mil mortos e 1,67 milhão de casos confirmados.
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA, após cinco pregões de alta, os índices terminaram no vermelho refletindo as maiores incertezas globais quanto à Covid-19. O S&P 500 registrou queda de 1,08% aos 3.145,32
O surto de coronavírus nos EUA cruzou um marco de mais de 3 milhões de casos confirmados na terça-feira. Califórnia, Havaí, Idaho, Missouri, Montana, Oklahoma e Texas quebraram seus recordes diários anteriores de novos casos. Os maiores saltos ocorreram no Texas e na Califórnia, os dois maiores estados dos EUA, com mais de 10.000 cada. A Flórida enfrenta uma iminente escassez de leitos hospitalares com unidades de terapia intensiva. (Reuters)
O governo Trump notificou formalmente às Nações Unidas que os Estados Unidos se retirariam da Organização Mundial da Saúde. Essa medida corta uma das maiores fontes de financiamento da principal organização global de saúde no meio de uma pandemia. (NYT)
Hong Kong está se tornando um centro ativo de negociação de ações em alguns dos maiores grupos de tecnologia da China, reforçando a ideia de que a Região Administrativa Especial pode vir a se tornar um centro financeiro para dupla listagem de empresas chinesas já listadas nos EUA. (WSJ)
No mundo, o número de casos ultrapassou os 11,85 milhões, com mais 545 mil óbitos por coronavírus. (Johns Hopkins)
Nesta manhã, as bolsas asiáticas fecharam novamente sem direção única. Nos EUA os futuros também oscilam entre ganhos e perdas e na Europa as bolsas operam no negativo.
RESUMO DOS MERCADOS
Dia | Semana | Mês | Ano | ||
DI Jan 2025 | 5,63% | 8 bps | 7 bps | -5 bps | -82 bps |
Dólar PTAX (R$) | 5,3318 | 0,44% | -0,10% | -2,63% | 32,28% |
Ibovespa (pts) | 97.761,00 | -1,19% | 1,03% | 2,85% | -15,47% |
S&P 500 (pts) | 3.145,32 | -1,08% | 0,49% | 1,45% | -2,65% |
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