PIB das economias do G20 e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Com o Feriado de Corpus Christi ontem, não teve pregão na B3. Mas o receio global de uma segunda onda da Covid-19 e reflexões sobre o discurso do presidente do banco central americano levaram a uma forte queda das ações brasileiras negociadas nas bolsas dos EUA. O índice Brazil Titans 20 ADR composto pelas maiores e mais líquidas ações brasileiras negociadas nas em Wall Street teve queda de 8,71%, a 14.384 pontos. O ETF EWZ iShares MSCI Brazil, que replica o Ibovespa em dólar, recuou 7,84%.
Em uma reunião ministerial com 12 chefes de pasta, transmitida ao vivo nas redes sociais e na TV Brasil, Paulo Guedes defendeu a extensão do auxílio emergencial por mais 2 meses e disse que a equipe econômica trabalha com o valor de R$ 300. O presidente da Câmara Rodrigo Maia, contudo, advoga pela a manutenção dos R$ 600 mensais. Bolsonaro apoiou a versão de Guedes e disse que pretende vetar propostas do Congresso que fujam do estabelecido pela equipe econômica. (G1)
Rodrigo Maia, por sua vez, em entrevista à Globonews, defendeu que a reforma tributária pode ser utilizada para encontrar fontes de receita que viabilizem uma “renda mínima” permanente para substituir o auxílio emergencial para os trabalhadores informais. (Valor/Poder 360)
No âmbito político, a principal notícia do dia foi a recriação do Ministério das Comunicações. A nova pasta surgiu do desmembramento do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações), comandada pelo astronauta Marcos Pontes, e agrega 3 secretarias: radiodifusão, telecomunicações e uma terceira dedicada a propaganda/comunicação institucional. Essa última função era exercida pela Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), subordinada à Secretaria de Governo, do ministro-general Luiz Eduardo Ramos. O novo ministro é Fábio Faria do PSD-RN. Além de ser do partido do ex-ministro da Comunicação Gilberto Kassab, Faria é tido como um bom interlocutor, com perfil agregador e também é genro do apresentador Silvio Santos. Um ponto importante é que esse novo Ministério vai comandar temas caros ao governo no momento pós-pandemia como o leilão da tecnologia 5G e as privatizações dos Correios, da Telebras e da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação). (Poder 360 / Folha)
Segundo o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 1.239 óbitos nas últimas 24 horas, atingindo a 40.919 mortes e, ao todo, 802.828 casos confirmados.
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA, os índices desabaram mais de 5% com temores de uma segunda onda de infecções e reflexões sobre o discurso do presidente do banco central americano. O S&P 500 teve queda de 5,89%, a 3.002,10 pontos.
Dados da Universidade Johns Hopkins mostraram uma aceleração no ritmo de contaminações em quase metade dos estados americanos, incluindo Flórida, Texas e Califórnia. Uma segunda onda pode fazer os processos de reabertura retrocederem e a economia demorar ainda mais a se recuperar.
Na Europa, há também um medo do continente enfrentar um novo surto de Covid-19 nas próximas semanas em decorrência das aglomerações causadas pelos protestos anti-racistas nas principais cidades europeias (Reuters)
Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana passada totalizaram 1,54 milhões, número inferior ao da semana anterior de 1,9 milhões. Apesar de seguirem caindo de de forma consistente a cada semana desde o pico no final de março, o volume de registros semanais ainda é mais que o dobro da pior semana durante a Grande Recessão. (Bloomberg)
A OCDE divulgou um relatório na quinta (11) apontando que o Produto Interno Bruto (PIB) das economias do G20 teve queda recorde de 3,4% no 1º trimestre, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Essa é a maior contração da série histórica, iniciada em 1998. É mais que o dobro da desaceleração econômica de 1,5% no auge da crise de 2009. (G1)
A economia do Reino Unido encolheu um recorde de 20,4% em abril na comparação a março, no primeiro mês completo de isolamento social. A expectativa do mercado era de -18,7%. A contração, que se seguiu a uma queda de 5,8% em março, acabou com quase 18 anos de crescimento em dois meses, retornando a economia ao mesmo tamanho de 2002. O recuo em abril foi causado por uma queda de 19% no setor de serviços, no qual setores como transporte aéreo, agentes de viagens e restaurantes perderam cerca de 90% de receita. A produção caiu 24,3%, enquanto a construção teve queda 40,1%. (Bloomberg)
No mundo, o número de casos chegou a 7.493.514, com mais 420.847 óbitos por coronavírus. Os EUA atingiram o número de 2.022.021 infectados e quase 114 mil mortes. (Johns Hopkins)
Nesta manhã, as bolsas na Ásia fecharam em queda mas não tão acentuadas quanto as quedas nos EUA e Europa. Os índices do mercado acionário na Europa e os futuros de Wall Street estão em alta, após o maior recuo das últimas 12 semanas. O petróleo estende suas quedas, rumo à sua primeira perda semanal em mais de um mês.
RESUMO DOS MERCADOS
Dia | Semana | Mês | Ano | ||
DI Jan 2025 | 5,67%* | 0 | – 13 bps | – 30 bps | – 77 bps |
Dólar PTAX (R$)* | 4,8894* | 0,00% | -1,77% | -9,09% | 21,31% |
Ibovespa (pts)* | 94.686* | 0,00% | 0,05% | 8,33% | -18,13% |
S&P 500 (pts) | 3.002,10 | -5,98% | -6,01% | 1,38% | -7,08% |