Perspectiva da dívida pública brasileira e os últimos destaques

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BRASIL EM FOCO 

Com a cautela em relação a reabertura das economias e o mercado de olho na reunião do Copom após o fim do pregão, o Ibovespa registrou queda de 0,51%, aos 79.063 pontos. No câmbio, a moeda americana se apreciou fortemente e o dólar PTAX era cotado na venda a R$ 5,6676, em alta de 2,39%. No mercado de juros, os contratos DI para janeiro de 2025 eram negociados à taxa de 6,45%, caindo 8 pontos base.

Na reunião de ontem, o Copom  reduziu a meta da taxa Selic em 0,75 p.p., com isso a referência de juros no Brasil está em 3% a.a. No comunicado o Comitê enfatizou que a contração da atividade econômica será significativamente superior à prevista inicialmente e sinalizou que para a próxima reunião, tendo em vista o cenário fiscal e a conjuntura econômica, o “Comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19″. (BCB)

A Câmara aprovou em segundo turno a PEC 10/2020, também chamada de PEC do “Orçamento de Guerra”. A proposta cria um orçamento paralelo para o governo lançar as despesas do combate ao coronavírus sem as amarras do teto fiscal, mas também impedindo que os gastos extraordinários se tornem permanentes após o fim da calamidade. Essa PEC também amplia o escopo de atuação do Banco Central que passa a poder atuar no mercado secundário de títulos privados. Foram 477 votos a 1 pela aprovação. A promulgação do projeto deve ser ainda nesta semana uma vez que PECs não precisam de sanção presidencial. (Poder 360)

A agência de classificação de risco Fitch reduziu de estável para negativa a perspectiva da nota da dívida pública brasileira. A Fitch considera a que a revisão reflete a deterioração das perspectivas econômicas e fiscais do Brasil, as incertezas políticas, incluindo tensões entre o Executivo e o Congresso, e incertezas quanto à duração e intensidade da pandemia de coronavírus. Esses fatores, segundo a agência, podem prejudicar a capacidade do governo de ajustar fiscalmente e implementar reformas econômicas após a pandemia. (Fitch)

O Brasil bateu um novo recorde com 615 novas mortes por coronavírus registradas em um dia, com isso, o país se tornou o sexto no ranking de mais óbitos no mundo. O número total de mortes chegou a 8.536 e os casos confirmados ultrapassam os 125.218.  (Painel Coronavírus)

lockdownou seja, o distanciamento social mais rígido, já está sendo adotado em cidades do Maranhão, Pará e começa amanhã no Ceará.

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

Nos EUA, em um misto de otimismo com as reaberturas econômicas e  cautela em relação à tensão com a China, os índices acionários fecharam o dia sem direção única. O Nasdaq, puxado pelas ações de tecnologia, ficou no terreno positivo em alta de 0,51%. O S&P 500 caiu 0,70%, a 2.848,42 pontos.

A troca de farpas entre EUA e China continua. Dessa vez, Pequim, pelo jornal Xinhua, acusa Washington de ter tido várias oportunidades de combater o vírus no início, mas que preferiu rejeitar propostas da comunidade internacional e agora desvia atenção do problema e culpa a China, disseminando informações falsas. O jornal lista uma série de ocasiões desde o início de janeiro em que Trump já teria informações suficientes e que poderia ter tomado alguma atitude e não o fez. (Xinhua)

Nos Congresso nos EUA, o aumento dos gastos públicos na atual conjuntura não é consenso entre os partidos. Os republicanos dizem que estão preocupados que o déficit orçamentário federal não se sustente se o país permanecer em um shutdown parcial, devido à queda da receita com tributos e ao aumento dos gastos com ajuda, e que a única maneira de impedir que o déficit cresça de forma descontrolada é priorizar o reabertura dos negócios. Os democratas, por sua vez, contestam que abrir negócios prematuramente, antes que testes e tratamentos mais amplos para o coronavírus estejam disponíveis, coloca a população em risco e, em vez disso, essa ala defende ajuda direta. Os democratas também argumentam que focar nos déficits agora é equivocado, principalmente devido às taxas de juros historicamente baixas. (WSJ)

No Reino Unido, demanda por mão de obra se contraiu no ritmo mais rápido dos 22 anos de história do Relatório mensal sobre empregos. O Banco da Inglaterra (BoE), que já reduziu as taxas de juros para níveis historicamente baixos e aumentou suas compras de títulos em um valor recorde. (Reuters)

Nesta manhã, o Banco da Inglaterra manteve a taxa inalterada na reunião de política monetária de maio, mas poderá anunciar novos estímulos até o próximo mês. (Bloomberg)

A produção industrial de março da Alemanha, a maior economia da Europa, caiu 9,2%, a maior queda desde o acompanhamento dos registros em 1991. Na França despencou 16,2%. (Bloomberg)

O indicador do sentimento dos gerentes de compra da China (PMI/Caixin) permaneceu em contração em abril, pelo terceiro mês consecutivo. Os empregos no setor de serviços também caíram à maior velocidade  desde 2005.  (UOL/Reuters)

No mundo, o número de infectados está em 3.748.959 com e 263.068 mortes. Nos EUA, 1.227.430 pessoas tiveram seus diagnósticos confirmados e o número de óbitos chegou ao 73 mil. (Johns Hopkins)

Os mercados voltaram a operar no Japão e as bolsas na Ásia fecharam sem direção definida, nesta manhã. Na Europa, as bolsas estão em campo levemente positivo, assim como os futuros dos índices de Wall Street. O preço dos contratos futuros de petróleo WTI estão negociados a US$ 26,41 e o do Brent a US$ 31,59.

RESUMO DOS MERCADOS 

Dólar PTAX R$ 5,6676 + 2,39%
DI Fut Jan/25 6,45% – 8 bps
Ibovespa 79.063 pts – 0,51%
S&P 500 2.848 pts – 0,70%
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