IBGE divulga queda na produção industrial de março e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
No Brasil e nos EUA, os índices se afastaram das máxima no fechamento do dia. Por aqui, com a divulgação do depoimento de Moro, o benchmark chegou a zerar os ganhos, mas voltou ao positivo e o Ibovespa registrou alta de 0,75%, aos 79.470 pontos. O dólar Ptax era cotado na venda a R$ 5,5354, caindo 0,83%. No mercado de juros, os contratos DI para janeiro de 2025 eram negociados à taxa de 6,53%, queda de 10 pontos base.
Em depoimento à PF, no sábado (02 de maio), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro apontou que Jair Bolsonaro pediu a substituição do superintendente da corporação no Rio de Janeiro, Ricardo Saad. Bolsonaro teria cobrado tal mudança na reunião ministerial do dia 22 de abril, reconhecendo que uma da causas para a troca seria a falta de acesso a relatórios de inteligência da PF. Moro, contudo, diz que não cabe a ele acusar ninguém e, sim, às autoridades investigar o caso, (Poder 360)
Com essas acusações, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira que a Polícia Federal interrogue dez pessoas: os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo; Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional; e Braga Netto, da Casa Civil; a deputada Carla Zambelli, Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem Rodrigues entre outros delegados da corporação (O Globo)
No campo econômico, o IBGE divulgou que a produção industrial de março recuou 9,1% frente a fevereiro de 2020, na série com ajuste sazonal, sendo a queda mais acentuada desde a greve dos caminhoneiros, que em maio de 2018 que fez a indústria registrar queda de 11,0%. (IBGE)
No Brasil, o total de óbitos em decorrência da Covid-19 chegou a 7.921 e o número de casos confirmados ultrapassou os 114.715. (Painel Coronavírus)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA, o otimismo com a reabertura econômica e com o desenvolvimento de uma nova vacina foi freado pelo discurso do vice-presidente do Federal Reserve Richard Clarida, no fim da tarde. Se afastando da máxima diária, o S&P 500 subiu 0,90%, aos 2.868,44 pontos.
O vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, misturou apreensão com uma parcela de otimismo em uma entrevista na televisão à CNBC. Ele disse que “Estamos vivendo a mais severa contração de atividade e o aumento do desemprego que vimos em nossas vidas. Mas a recuperação pode começar na segunda metade do ano, e essa é hoje a minha previsão.” (Bloomberg)
O vice-presidente Mike Pence, que lidera a força-tarefa para lidar com a pandemia nos EUA há dois meses, disse ontem que haviam feito progresso no controle do vírus e que planejavam encerrar os trabalhos da força-tarefa por volta do final de maio. Isso implicaria em uma mudança no gerenciamento da resposta de saúde pública, que voltaria para as agências federais. (The New York Times)
No mundo, o número de infectados está em 3,7 milhões com e 257.818 mortes. Nos EUA, 1.204.475 pessoas tiveram seus diagnósticos confirmados e o número de óbitos chegou ao 71.078. (Johns Hopkins)
A Comissão Europeia divulgou projeções que estimam que a contração da zona do euro será de 7,7% neste ano. Com diferentes taxas de crescimento entre os países da área, o futuro da moeda comum da região pode estar em risco. (EU News)
O passivo fiscal da pandemia nos EUA vai ficar claro nesta manhã, quando o Tesouro divulgar os números do trimestre. Espera-se que os leilões de instrumentos de 3, 10 e 30 anos sejam impulsionados e também que seja lançado o bond de 20 anos, o primeiro desde 1986. O déficit para o ano já contabiliza mais de US$ 4 trilhões. (Bloomberg)
As bolsas seguem sem direção definida na Europa. Na Ásia, China e Hong Kong fecharam em alta, enquanto o Japão continua fechado. O viés dos futuros de Nova York é positivo.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar PTAX | R$ 5,5354 | – 0,83% |
DI Fut Jan/25 | 6,53% | – 10 bps |
Ibovespa | 79.470 pts | + 0,75% |
S&P 500 | 2.868 pts | + 0,90% |