Coronavírus: imóveis vão valorizar novamente, e FIIs são opção para investir agora, dizem gestores
Em participação em live no perfil da Órama no Instagram, gestores da Integral BREI Real Estate explicam estratégias para melhorar ativos dos Fundos Imobiliários com preços em baixa; programação sobre impactos da pandemia tem novos conteúdos e análises diariamente.
Os impactos do novo coronavírus também chegaram ao mercado imobiliário. Aluguéis de galpões, edifícios corporativos, shopping centers e hotéis, entre outros, sofreram baixa, o que possibilitou seu acréscimo em diversos Fundos Imobiliários (FIIs), que são opções interessantes para o investidor que deseja diversificar sua carteira além da Renda Fixa.
A afirmação é dos gestores da Integral BREI Real Estate Vitor Bidetti e Angelo Ferraretto, que participaram de live no perfil da Órama no Instagram. Diariamente, a plataforma apresenta uma programação especial de conteúdos que analisam os impactos da Covid-19 na economia, com transmissões, debates, textos e discussões diários.
Fundada em 2014, a Integral BREI tem três companhias em sua plataforma e aproximadamente R$ 12,5 bilhões sob gestão. Segundo Bidetti, os Fundos Imobiliários, principais produtos da gestora, vêm crescendo no Brasil, em especial, em razão dos investidores pessoas físicas.
“Dizemos que os FIIs são o primeiro passo do investidor em direção à Renda Variável, porém, com menos volatilidade do que o mercado de Ações. Imóveis são ativos reais, o que traz segurança às pessoas”, explica o sócio da gestora.
Para o executivo, com a pandemia do novo coronavírus, todos os mercados de Renda Variável sofreram. Apesar do alcance global, a expectativa dos analistas é que a crise, por mais intensa que seja, passe para o período de recuperação mais rapidamente. Dentre as medidas do Banco Central, Bidetti espera uma nova redução da taxa de juros, atualmente em 3,75%, para até 2,5% ao ano.
“É um cenário que nunca imaginamos para o Brasil, o que remete ao juro real negativo. Vimos o início desta crise com muitos saques dos Fundos de Ações e Multimercado, e esse dinheiro indo para a conta corrente dos investidores. No day after, as pessoas procurarão alternativas para investir, porque a Renda Fixa não será tão interessante”, analisa.
Na opinião do executivo, enquanto os setores ligados ao turismo e ao varejo, como os shoppings, são os mais afetados, o segmento corporativo, em especial em regiões valorizadas das capitais e grandes cidades, vão fazer diferença para a rentabilidade dos FIIs.
“São imóveis classes A e A+, que têm como inquilinos as grandes empresas, e são endereços não replicáveis, como a Avenida Paulista e a Faria Lima, em São Paulo. As empresas não querem sair dali. Os FIIs com ativos desses perfis terão bons números. Até o final do ano, os Fundos com ativos de shoppings e varejo também vão se recuperar”, avalia.
Ativos desvalorizados e oportunidades
Ferraretto explica que os FIIs e o Fundo de Fundos da Integral BREI aproveitaram o capital em caixa para fazer novas alocações em imóveis que, antes da quarentena, tinham preços acima do esperado.
Segundo o gestor, foi o caso de ativos Triplo A, como edifícios em regiões corporativas, que estavam supervalorizados até o início do ano. Ainda assim, ele aponta que não é justificável um Fundo Imobiliário com ativos Triplo A cair 20% ou 30%, pois a crise e a pandemia vão passar, mas os imóveis e ativos continuam no mesmo lugar.
“Não estamos em momento de vender. Seguramos nossos ativos quando as Bolsas despencaram. Os Fundos também caíram e é natural que tenhamos alguns meses abaixo do esperado. Mas Fundos Imobiliários são investimentos de longo prazo. Quando os piores meses da pandemia passarem, a tendência é termos resultados muito interessantes”, projeta o gestor.
Na opinião de Bidetti, o momento é ideal para o pequeno e o médio investidores optarem pela diversificação de seus portfólios com FIIs, especialmente do tipo Fundos de Fundos. A presença de gestores com experiência no mercado imobiliário aumenta a probabilidade de investimentos em ativos com grandes chances de valorização e boas rentabilidades. “Na retomada, os Fundos vão sair fortalecidos, pois saberão se posicionar”, afirma o sócio da gestora.
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