Mesmo com volatilidade persistente, momento é propício para diversificar portfólios com preços baixos dos ativos
Avaliação é de especialistas ouvidos pela Órama durante programação especial sobre os efeitos da crise provocada pelo coronavírus nas economias do mundo; confira a agenda desta semana.
A semana pós-feriado de Páscoa começa ainda impactada pela volatilidade dos mercados observada na semana passada. Ainda assim, o momento é propício para os novos investidores e aqueles que desejam diversificar suas carteiras com Ações, Fundos de Ações e outros Fundos — em especial, para aproveitar a recuperação da economia no médio e longo prazos.
Essas são algumas das observações de especialistas do mercado financeiro, que vêm respondendo dúvidas de investidores sobre o cenário atual e os impactos do novo coronavírus na economia, na programação especial promovida pela Órama em seu blog e seu perfil do Instagram, desde o início da quarentena (veja a programação desta semana abaixo).
A estrategista chefe da Órama, Sandra Blanco, que vem comandando as lives no Instagram, ouviu dos convidados que a crise atual é incomparável com outras turbulências recentes, por tratar-se de uma situação mundial.
Para o economista Sergio Silva, sócio e gestor da AZ Quest, como a pandemia afeta praticamente todos os países, são muitas economias ainda avaliando os prejuízos e tomando medidas conforme a crise avança. “A recuperação será diferente de país para país. A contração global vai depender muito de quanto tempo vai durar a quarentena. Aqui, já temos previsão de redução do PIB de 4% a 5%”, indica Silva.
Segundo o economista e especialista em Fundos de Crédito Privado Fred Lima, da Angá Asset, o principal obstáculo enfrentado pelo mercado no mês de março foi a falta de liquidez, provocada pelas oscilações e perspectivas vindas dos países que registravam mais casos do novo coronavírus desde o início do ano.
“Houve uma quantidade enorme de vendedores e poucos compradores, quando muita gente precisou fazer liquidez no mercado. É um momento de ‘iliquidez’ em patamares inéditos”, coloca.
De acordo com os especialistas da Órama, a PEC do “Orçamento de Guerra”, aprovada no plenário da Câmara dos Deputados em primeiro turno, ainda não alcançou consenso. A próxima votação no Congresso deve ocorrer no início desta semana.
A Medida Provisória 946 extinguiu o fundo PIS-Pasep e permitirá o saque de R$ 1.045 da conta do FGTS a partir de 15 de junho. E, com o isolamento social, a inflação medida pelo IPCA, de acordo com o IBGE, fechou o mês de março em 0,07%, patamar historicamente baixo.
Orientação para os investidores
Para os investidores, Sandra Blanco e o head comercial da Órama, Hugo Azevedo, fizeram questão de frisar que a tendência do mercado financeiro como um todo é buscar a alta.
Assim, o comportamento ideal é tentar não perder a calma com os números negativos nem tomar medidas drásticas a respeito dos investimentos. A recomendação é manter o foco nos objetivos com olhar no médio e no longo prazos.
“Quem tem objetivos, faz revisões periódicas da carteira com a ajuda dos assessores e não se desvia com ruídos e momentos de crise, é quem vai obter os melhores resultados no longo prazo”, aponta Sandra.
Sobre as oportunidades, Duda Rocha, sócio da Occam Brasil, analisa que a volatilidade ainda será grande por mais algumas semanas. “Por outro lado, o potencial de valorização aumentou. É um bom momento para entrar na Bolsa e para investir em Previdência Privada“, aponta.
Em sua entrevista, ele afirmou que os investidores não podem deixar de incluir Fundos Multimercado em seu portfólio, especialmente para um horizonte de um a dois anos. “A tradição do Brasil é estar sempre entre os melhores na América Latina. Os países continentais e com mercado interno maior vão se sair melhor ao final dessa crise”, disse Rocha.
Segundo o head comercial da Órama, os investidores de perfil conservador a moderado, que já contam com uma reserva de emergência com capital equivalente a seis meses da renda pessoal, podem diversificar a carteira. A sugestão dos especialistas da Órama é aplicar 40% em Renda Fixa, 15% em Renda Variável, 20% em Fundos Imobiliários, 5% para uma operação cambial e 20% em outros riscos de Multimercado.
Azevedo orienta que os investidores conservadores e moderados se mantenham a uma distância segura do mercado de Ações. “Mesmo para quem é de perfil agressivo, eu não investiria 100% do dinheiro que tenho agora em Ações”, diz.
A melhor sugestão, segundo ele, é aplicar uma parte do capital em Ações, de forma gradativa e contínua ao longo das próximas semanas: 30% dos recursos para os agressivos, 10% a 15% para os moderados e 5% para os conservadores, com esses totais divididos em quatro ou cinco aplicações.
O nosso blog disponibiliza um curso completo de educação financeira para os novos investidores, além de outros conteúdos. No perfil do Instagram, a programação de lives diárias continua, com análises e orientações sobre o mercado financeiro feitas por convidados e especialistas da plataforma.
Programação
Instagram @oramainvestimentos
Quinta-feira (16/04):
12h – “Hora do Trader”: Renata Lima, do time de Gold Traders da Órama, recebe o pessoal da Trade Machine.
18h30 – Live com Sandra Blanco e Werner Mueller Roger, da Trígono Investimentos.
Sexta-feira (17/04):
18h30 – Live com Alexandre Espirito Santo e Hugo Azevedo: os últimos acontecimentos do mercado de Ações.
Segunda a sexta-feira:
10h – “Panorama Diário”: as principais notícias do Brasil e do mundo.
Podcast com o psicólogo financeiro Celso Sant’ Ana sobre ansiedade e suas implicações no mercado.