Trump anuncia possível intervenção na guerra de preços e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
O alívio nas bolsas do mundo veio na esteira dos incentivos que os governos pelo mundo lançaram, mas principalmente pelo anúncio de Trump, de que deve intervir na guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia. No Brasil, o Ibovespa fechou com alta de 2,15% a 68.331 pontos. O dólar PTAX era cotado a R$ 5,1444, registrando alta de 0,66%. Os contratos de DI com vencimento em Janeiro de 2025 subiram 33 pontos base e eram negociados a 8,03%.
Visando combater o desemprego durante a crise de coronavírus, o Ministério da Economia anunciou que planeja um auxílio para os trabalhadores que recebem até 2 salários mínimos (R$ 2.090) e que forem afetados pela redução de salários e jornada (que pode ser de até 50%). O auxílio será pago por três meses, com piso de R$ 261,25 e o teto em R$ 453,26 . O custo estimado é de R$ 10 bilhões e os recursos serão provenientes do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). (Poder 360)
Ainda dentro das medidas para aliviar os impactos do surto do coronavírus, também pelo lado do empresário, a Caixa Econômica Federal vai reduzir em até 45% as taxas de juros de linhas para capital de giro de micro e pequenas empresas. As novas mínimas são de 0,57%. O banco também dará carência de 60 dias para as operações parceladas de giro e renegociação. (Valor)
O Ministério da Saúde divulgou ontem (19), 621 casos confirmados de coronavírus no Brasil. Já são 7 mortes relatadas pela Secretaria, a maioria está em dois estados: SP (286) e o Rio de Janeiro (65).
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Os índices americanos registraram leve recuperação na quinta-feira. O S&P 500 avançou 0,47% a 2.409,39 pontos.
A Itália já ultrapassou a China em número de mortos por Covid-19. O país europeu registrou 41.035 infectados e 3.405 mortos, enquanto a China que teve quase o dobro de infectados (81.202) contabilizou 3.253 falecimentos. (Johns Hopkins)
O Banco da Inglaterra cortou as taxas de juros em 15 pontos base para 0,1%, a mais baixa já registrada em 326 anos de história da instituição, e aumentou seu programa de compra de títulos em £200 bilhões. Essa é sua segunda ação de emergência em duas semanas. (Bloomberg)
O presidente dos EUA disse que poderia se envolver no impasse entre a Arábia Saudita e a Rússia. O anúncio de Trump é uma mudança na condução diplomática da política energética americana, por lobby principalmente dos produtores de petróleo de xisto. Com a guerra de preços, o boom do xisto, que ajudou a elevar a produção de petróleo dos EUA para 13 milhões de barris por dia e colocar os EUA como maior produtor do mundo, está sob extrema pressão. Os futuros de petróleo WTI dos EUA subiram 24% na quinta-feira, o maior desde o início das negociações em 1983. Os preços, contudo, ainda caem quase 60% este ano. (WSJ)
Outra medida de estímulo econômico que está sendo considerada pelos EUA é emitir títulos de 50 e 25 anos. A ideia é buscar formar de financiamento para dívida federal com o menor custo para os contribuintes. (Bloomberg)
A semana vai se encerrando com um ensaio de volta aos mercados de risco. Na Ásia, os índices fecharam sem direção definida, com destaque positivo para o índice Hang Seng que avançou 5,05%. O Nikkei recuou 1,04%. Na Europa, os índices registram alta entre 4% e 5%. Os futuros de Wall Street apontam para um dia positivo. O VIX demonstra sinais de retração, negociado a 68 pontos, enquanto o ouro volta ao patamar acima de US$ 1.500, alta de 2%.
RESUMO DOS MERCADOS
| Dólar PTAX | R$ 5,1444 | + 0,66% |
| DI Fut Jan/25 | 8,03% | + 33 bps |
| Ibovespa | 68.331 pts | + 2,15% |
| S&P 500 | 2.409,39 pts | + 0,47% |