Medidas emergenciais anunciadas por Paulo Guedes e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
A decisão extraordinária do Fed de reduzir o juros nos EUA durante o final de semana, somada a queda ainda mais acentuada do preço do petróleo e os conflitos entre o executivo e o legislativo em Brasília contribuíram para um pregão de aversão a risco. Em menos de uma hora após a abertura o circuit breaker foi acionado mais uma vez e o Ibovespa fechou em queda de 13,92% aos 71.168 pontos. No câmbio, o dólar PTAX registrou recorde, chegando a ser cotado ao fim do dia a R$ 4,9471, com a alta de 4,45%. Os contratos de DI para janeiro de 2025 também registraram forte volatilidade, avançando 15 pontos-base, sendo negociado à taxa de 7,10%.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou um conjunto de medidas emergenciais, com o objetivo de injetar até R$ 147,3 bilhões na economia. Buscando limitar os efeitos econômicos do novo coronavírus, o governo vai liberar os saques do FGTS, antecipar as parcelas do 13º do INSS e diferir por três meses o pagamento de FGTS e Simples Nacional de pequenas e médias empresas. (O Globo)
O presidente Jair Bolsonaro recebeu várias críticas por ter endossado os protestos do dia 15 contra os Poderes Legislativo e Judiciário. Janaina Paschoal (PSL-SP), uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT), disse que se arrepende de ter votado em Bolsonaro e defendeu inclusive o afastamento do presidente do cargo. A deputada estadual afirmou que “Esse senhor [Jair Bolsonaro] tem que sair da Presidência da República. Deixa o [vice-presidente Hamilton] Mourão, que entende de defesa. O nosso país está entrando em uma guerra contra um inimigo invisível”. (Poder 360)
Os casos confirmados do novo coronavírus alcançaram 234 ontem (16), segundo a atualização divulgada pelo Ministério da Saúde. É mais do que o dobro de três dias atrás. Na sexta-feira (13), o total passou de 100 pela primeira vez e agora já ultrapassa os 200. (EBC)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA o circuit breaker também foi acionado na segunda-feira. Além do corte nos juros, a mudança de tom do presidente Donald Trump acerca da pandemia preocupou o mercado. O S&P 500 fechou em queda de 11,98% aos 2.386,13 pontos.
Depois de ter repetidamente minimizado o impacto do coronavírus, o presidente Donald Trump mudou acentuadamente seu tom alertando, na segunda-feira, que o surto poderia durar meses e levar os EUA a uma recessão econômica. Trump ainda desaconselhou encontros com grupos de mais de 10 pessoas e disse que os americanos deveriam parar de comer fora em restaurantes e ir a bares. Além disso, sugeriu também que crianças deveriam ser educadas em casa, na medida do possível. (Bloomberg)
Pela primeira vez, o número de contaminados por coronavírus em outras localidades do mundo superaram o número de doentes nas China. A China tem 81.038 casos confirmados e o resto do globo somou mais de 100 mil casos. (John Hopkings)
A pandemia de coronavírus e a recente guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia podem ocasionar uma redução da demanda global por combustível combinado a um excesso de oferta de petróleo nos mercados. E o preço do barril WTI, comercializado na Bolsa de Nova York, já respondeu recuando ao menor valor em 4 anos. Os contratos para entrega em abril fecharam a 28,70 dólares após caírem 9,5%. (WSJ)
Nesta manhã, as bolsas fecharam em leve alta na Ásia e operam na estabilidade na Europa. Os futuros de Nova York avançam 1%. O ouro recua 2,74%, negociado a US$ 1.472,60.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar PTAX | R$ 4,9471 | + 4,45% |
DI Fut Jan/25 | 7,10% | + 15 bps |
Ibovespa | 71.168 pts | – 13,92% |
S&P 500 | 2.386,13 pts | – 11,98% |