Mercados têm a pior semana desde 2008 e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
O surto de coronavírus está gerando uma aversão generalizada em relação aos ativos de maior risco. Mesmo depois de ter caído 7% na quarta, o Ibovespa continuou a trajetória de queda e terminou o dia recuando 2,59% aos 102.984 pontos. O Dólar PTAX registrou novo recorde aos R$ 4,4764, subindo 0,91%. E os contratos futuros de DI para 2025 eram negociados a taxa de 6,19% um porto-base a menos que na quarta-feira.
O Ministério da Saúde informou que o número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) subiu de 20 para 132. Essa mudança se deu pela inclusão de mais países com transmissão ativa do vírus. Além disso, com um caso confirmado, mais pessoas buscaram profissionais para uma avaliação de seus quadros clínicos. Os critérios para a definição de caso suspeito enquadram agora, as pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China, nos últimos 14 dias.
O Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar, não deve ter tempo hábil para participar das eleições municipais de 2020. São necessárias 492 mil assinaturas válidas até o dia 4 de abril. Segundo a cúpula da legenda já foram conseguidas mais de 1 milhão de rubricas, contudo por problemas nos cartórios eleitorais, só validaram 3.334. (Poder 360)
Um navio contratado pela Vale para transportar 300 mil toneladas de minério de ferro para Qingdao, na China, sofreu uma avaria na proa e está encalhado no litoral do Maranhão desde a noite da última segunda-feira. As perdas, segundo uma fonte do setor, podem chegar a R$1 bilhão, sem considerar eventuais prejuízos com um possível desastre ambiental. (O Globo)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
A propagação do coronavírus pela Europa e EUA fez com que os mercados despencassem novamente. O S&P 500 registrou queda de 4,42%, abaixo de 3.000 pontos, o pior desempenho desde agosto de 2011, quando a crise de dívida soberana da Itália e da Espanha derrubaram os mercados acionários globais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um comunicado conjunto com a Organização Mundial de Turismo (OMT) destacando que a cooperação nesse momento é importante e que os órgãos trabalham juntos pelo bem-estar das pessoas. Contudo, a OMS e a OMT destacaram que as medidas de saúde devem ser implementadas de maneira a minimizar interferências desnecessárias no tráfego e comércio internacional. Desse modo, a resposta do turismo precisa ser medida e consistente, proporcional à ameaça à saúde pública e com base na avaliação de risco local, envolvendo todas as partes da cadeia de valor do turismo – órgãos públicos, empresas privadas e turistas, de acordo com as orientações e recomendações gerais da OMS. (OMS)
A semana caminha para o encerramento com novas evidências de coronavírus fora da China. (Bloomberg)
O governo americano foi acusado de não prover equipamento ou treinamento para quem ajudou os americanos evacuarem da China. Os kits para diagnósticos distribuídos para as cidades e estados falharam, limitando a habilidade dos trabalhadores de saúde diagnosticarem o vírus. Na Califórnia, o primeiro paciente sem conexão com um caso conhecido foi o diagnosticado, aumentando a desconfiança que o patógeno esteja circulando silenciosamente pelo país. (WSJ)
Foi a pior semana para os mercados desde 2008. O VIX, índice de volatilidade, vai a 42. As bolsas na Ásia fecharam em queda de mais e 3%. Na Europa, também. Os futuros de Wall Street apontam para outro dia negativo.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar PTAX | R$ 4,4764 | + 0,91% |
DI Fut Jan/25 | 6,19% | – 1 bps |
Ibovespa | 102.984 pts | – 2,59% |
S&P 500 | 2.978,76 pts | – 4,42% |