Queda no Ibovespa e os últimos destaques

BRASIL EM FOCO

Após dois dias sem negociações, o mercado brasileiro respondeu a defasagem em relação às bolsas globais e teve o pior pregão desde o “Joesley Day”. Além das preocupações com o coronavírus, ruídos em Brasília também estavam no radar e o Ibovespa caiu 7,00%, aos 105.718 pontos. O Dólar Ptax bateu novo recorde nominal sendo cotado a R$ 4,4359, registrando uma alta de 1,11%.  Já a taxa dos contratos futuros de DI com vencimento em janeiro de 2025 avançou 14 pontos base, a 6,20%.

Todas as empresas da bolsa brasileira terminaram o dia no terreno negativo e as maiores perdas foram de ações de companhias aéreas, agência de turismo e siderurgia. Gol e Azul caíram 14,31% e 13,30% respectivamente e a CVC recuou 11,35%. Gerdau perdeu 11,89% e CSN retraiu 10,89%. (B3)

No mercado cambial, o Banco Central realizou leilão extraordinário de swap tradicional, em que vendeu 10 mil contratos ofertados, com vencimentos em agosto, outubro e dezembro de 2020. A autarquia também anunciou oferta de mais contratos para hoje (27).

Com a confirmação do primeiro caso de uma pessoa contaminada pelo coronavírus no Brasil, o novo ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, convocou uma reunião interministerial para tratar do assunto. Ficou decidido que será lançada, nas próximas semanas, uma campanha nacional de esclarecimento sobre o novo coronavírus (Covid-19). O brasileiro infectado é um homem de 61 anos que esteve na Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Até o momento, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que não há nenhuma mudança nas regras de circulação em portos e aeroportos do país.  (Agência Brasil)

Um vídeo compartilhado por Jair Bolsonaro em um grupo de amigos do WhatsApp repercutiu negativamente no Congresso na quarta. O vídeo exalta o próprio Bolsonaro e condena a atuação do Congresso convocando a população para uma manifestação no dia 15 de março. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou respeito às instituições democráticas e disse que  “Criar tensão institucional não ajuda o país a evoluir. Somos nós, autoridades, que temos de dar o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional. O Brasil precisa de paz e responsabilidade para progredir” (Folha)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL

Nos EUA, o dia foi menos tenso e os índices acionários fecharam o dia sem direção única. Após quedas acentuadas nos últimos dias, ontem a queda do S&P 500 foi de 0,38%  aos  3.116,39 pontos.  O Nasdaq, por sua vez recuperou 0,17% aos 8.980,77  pontos.

Pela primeira vez, o número de novos infectados no mundo ultrapassou os novos doentes por coronavírus na China. Essa preocupação também colocou em xeque a realização das Olimpíadas de Tóquio, de acordo com o Comitê Olímpico Internacional e o governo japonês. (China Daily)

O VIX, índice de volatilidade, perto de 30, sinaliza dias desafiadores à frente. As ameaças colocadas à mesa são de magnitude desconhecida para uma economia global já fragilizada, com taxas reais deprimidas e aumento do foco nas eleições americanas.

Os investidores seguem em busca por ativos que lhe confiram segurança, como os títulos do governo,  que se valorizam e levam os yields para os mais baixos patamares. O ouro avança, cotado a US$ 1.648,80.

O petróleo recua mais 2%. Na Japão, a queda das bolsas foi de mais de 2%, nesta manhã. Na Europa, os índices também recuam mais de 2%. Os futuros de Wall Street apontam para outro dia negativo.

RESUMO DOS MERCADOS

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