Queda de 2% no Ibovespa e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Volatilidade resume o último pregão com as notícias sobre o coronavírus no radar o tempo todo. O Ibovespa, que durante o dia chegou a cair quase 2%, virou e fechou aos 115.528,04 pontos, subindo 0,12%. O dólar PTAX teve alta de 1,21%, cotado a R$ 4,2523. No mercado de juros, os contratos futuros de DI para Janeiro de 2025 eram negociados a taxa de 6,21% subindo 1 ponto base.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que havia criticado os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Educação, Abraham Weintraub, baixou o tom em relação ao titular da pasta ambiental. Maia disse que é necessário estabelecer as diferenças entre os ministros e que “O ministro da Educação atrapalha o Brasil, atrapalha o futuro das nossas crianças, está comprometendo o futuro de muitas gerações. A cada ano que se perde com a ineficiência, com discurso ideológico, com a péssima qualidade na administração, [isso] acaba prejudicando os anos seguintes da nossa sociedade”. (Folha)
Após a exoneração de Vinícius Santini, a secretária-executiva do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Martha Seillier, também deve ser exonerada do cargo. Esses movimentos enfraquecem politicamente o ministro Onyx Lorenzoni (DEM). O PPI, responsável pelas concessões federais, deixará a alçada de Lorenzoni na Casa Civil e passará para o Ministério da Economia. A ideia é que o programa seja incorporado à Secretaria Especial de Salim Mattar, que hoje conduz as privatizações do governo federal. (O Globo)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA, os índices também fecharam no positivo, o S&P 500 subiu 0,31%, para 3.283,66 pontos. Apesar da classificação do surto de coronavírus como uma emergência global, o tom menos catastrófico da OMS, e a não limitação dos fluxos globais de pessoas e de comércio, agradou os investidores.
O PIB dos EUA cresceu 2,3% em 2019. No quarto trimestre a expansão foi de 2,1% anualizado, pelo segundo trimestre consecutivo, enquanto o consumo desacelerou o ritmo para 1,8%. (WSJ)
A Organização Mundial da Saúde, após reunião do seu Comitê de Emergência, emitiu o seguinte comunicado: “O Comitê acredita que ainda é possível interromper a disseminação do vírus, desde que os países adotem medidas fortes para detectar doenças precocemente, isolar e tratar casos, rastrear contatos e promover medidas de distanciamento social compatíveis com o risco. É importante observar que, à medida que a situação continua evoluindo, o mesmo ocorre com as metas e medidas estratégicas para prevenir e reduzir a propagação da infecção”. O Comitê concordou que o surto agora atende aos critérios para uma emergência de saúde pública de interesse internacional. (OMS)
Encerrando a semana turbulenta, que teve as atenções dos investidores voltadas para os efeitos da propagação do coronavírus, os índices da bolsa do Japão fecharam em leve alta, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,52%. Na Europa, os índices operam no vermelho, para fechar na pior semana em três meses. Os futuros de Nova York também apontam para outro dia negativo. O yield da Treasuries de 10 anos está sendo negociado a 1,56% e o ouro, a US$ 1.584.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar PTAX | R$ 4,2523 | + 1,21% |
DI Fut Jan/25 | 6,21% | + 1 bps |
Ibovespa | 115.528,04 pts | + 0,12% |
S&P 500 | 3.283,66 pts | + 0,31% |