Aprovação do Texto-base com proposta do Orçamento de 2020 e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Superado susto de uma possível volta da CPMF, a bolsa no Brasil renovou sua máxima histórica de fechamento, aos 112.615 pontos, com o Ibovespa registrando alta de 0,64%. O dólar PTAX teve outro pregão de queda, aos R$ 4,0687, o Real se valorizou 0,28%. O tom mais cauteloso da ata do Copom provocou forte ajuste no mercado de juros e o DI para janeiro de 2025 era negociado a 6,59% uma alta de 11 pontos base.
O Copom liberou a ata da última reunião, com uma mensagem mais aberta a respeito da continuação do ciclo de cortes. O colegiado suaviza o fato da inflação estar ainda abaixo da meta, o que poderia implicar em margens para mais cortes. Ao escrever que a inflação projetada para 2020 está “ligeiramente abaixo da meta” e, para 2021, “ao redor da meta”, os membros sinalizam que irão agir com cautela e com base nos dados disponíveis, sem “forward guidance” quantitativo. (Valor)
Seguindo a agenda de trazer mais competição ao sistema financeiro, o Banco Central lançou no dia 16 uma consulta pública sobre a interoperabilidade de caixas eletrônicos, buscando garantir acesso também aos bancos digitais. (BCB)
O Plenário do Senado aprovou a medida provisória que transfere o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o Banco Central (BC) e reestrutura o órgão. A MP que se não fosse votada, perderia a validade na terça, segue para sanção presidencial. (Agência Senado)
O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu a votação do novo marco do saneamento e rejeitou, por 290 votos a 34, a emenda do deputado Luizão Goulart (Republicanos-PR) ao projeto, que pretendia conceder desconto de 40% na tarifa de água e esgoto para famílias de baixa renda se o gasto fosse de até 10 mil litros mensais. Com o fim dessa votação, a proposta será enviada ao Senado. (Câmara dos Deputados)
No final do dia, o Congresso Nacional aprovou o texto-base da proposta do Orçamento de 2020. O déficit para o próximo ano poderá chegar a R$ 124 bilhões.
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Os índices de Nova York fecharam em leve alta sustentados por dados positivos da indústria e do mercado imobiliário americano. O S&P 500 avançou 0,10%, aos 3.192,52 pontos.
O novo Governo da Argentina finalizou na segunda-feira um pacote de medidas de “emergência econômica, social e de saúde” para enfrentar a profunda crise do país. Um dos principais mecanismos é a retenção de um percentual fixo de 9% para cada dólar das exportações. Esse imposto não agradou os produtores rurais. No caso da soja, o produto mais competitivo nos mercados internacionais, os 9% se soma aos 18% existentes, de modo que o total retido será de 27%. Outro ponto para proteger as reservas cambiais é uma sobretaxa de 30% nas compras realizadas com cartão de crédito no exterior. (El País) Sobre a situação na Argentina, o presidente Jair Bolsonaro fez um Tweet.
A libra esterlina continuou recuando, cotada a 1,3109 US$/£, com a possibilidade de ocorrer um Brexit sem acordo. A queda foi aparada pelos dados sobre a inflação, que se mantém estável, bem abaixo da meta de 2%, no menor nível dos últimos três anos, e com o ritmo de crescimento de lucros muito lento, provendo munição para o Banco da Inglaterra (BoE) se manter leniente com a inflação em sua última decisão de política monetária do ano, amanhã.
Nesta manhã, entre notícias corporativas e sem novidades sobre o acordo comercial entre EUA e China, as bolsas se movimentaram sem direção definida na Ásia, mas avançam levemente na Europa, assim como os futuros de Wall Street.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar PTAX | R$ 4,0687 | – 0,28% |
DI Fut Jan/25 | 6,59% | + 11 bps |
Ibovespa | 112.615,66 pts | + 0,64% |
S&P 500 | 3.192,52 pts | + 0,10% |