Divulgação do Índice de Atividade Econômica e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Com a surpresa positiva do IBC-Br e a semana mais curta por causa do feriado de sexta-feira, o Ibovespa terminou o dia em alta de 0,47%, aos 106.557 pontos. Na semana, contudo, o movimento foi de queda de 1% muito em função da instabilidade político-social de países na América Latina. A taxa do contrato futuro DI para Janeiro de 2025 foi de 6,31%, fechando 3 pontos-base no dia, mas com uma alta de 9 pontos na semana. Já o Dólar PTAX* era cotado a R$ 4,1831, uma alta de 0,15% na quinta-feira, acumulando alta de 0,65% na semana.
Com o desfecho da 11ª Cúpula dos BRICS, foi publicada a Declaração conjunta de Brasília. Como de costume, o multilateralismo, a soberania e as instituições internacionais foram defendidas, apesar de críticas contundentes à OMC e ao FMI, cujas estruturas não representam o poder econômico dos países emergentes. Além disso, o Novo Banco de Desenvolvimento – NBD (Banco dos BRICS) teve o seu papel como financiador de infraestrutura reforçado com a abertura dos Escritórios Regionais. Aqui no Brasil, teremos um em São Paulo e um sub-escritório em Brasília. Rússia e Índia devem ter escritórios inaugurados em 2020. China e Rússia que são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU reiteraram a importância da ampliação do Conselho e endossaram a participação de Brasil, África do Sul e Índia. Também como de praxe, se posicionaram pela resolução não militar de conflitos no Oriente Médio e África, mas não houve menção à instabilidade política-social na América Latina. (Declaração de Brasília)
O Banco Central do Brasil, na quinta-feira divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). A alta de 0,44% em setembro, na comparação dessazonalizada com agosto, foi uma surpresa para o mercado que esperava um aumento de 0,39%. (Banco Central)
*Fechamento Ptax é a média aritmética das taxas de compra e das taxas de venda dos boletins do dia, conforme Circulares 3506, de 23/9/10, e 3537, de 25/5/11. (Banco Central do Brasil)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
O comentário positivo do oficial americano sobre a primeira fase do acordo comercial animou o último dia da semana das bolsas ao redor do mundo. O S&P 500 fechou na sexta-feira em alta de 0,77% aos 3.120,46 pontos e, na semana, avançou 0,89%, registrando novos recordes. O DJIA, que fechou pela primeira vez acima dos 28.000 pontos e o Nasdaq, acima de 8.500. São seis semanas de valorização, maior rally dos últimos dois anos.
O conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que EUA e China estão conversando diariamente para finalizar a primeira fase do acordo em breve. O foco está nos detalhes do cronograma de compras de produtos agrícolas americanos e a demanda chinesa pela remoção de tarifas.
As vendas no varejo nos EUA vieram acima do esperado em outubro, avançando 0,3%, mas com sinais de desaceleração nos setores de vestuário e mobiliário. A economia americana continua sendo puxada pelo consumo e os dados recentes sugerem que assim deve continuar no próximo trimestre. O índice Empire State de produção industrial ficou abaixo do estimado. (Trading Economics)
Hong Kong estima contração de 1,3% em 2019, com o governo responsabilizando os protestos pela deterioração econômica. O presidente chinês Xi Jinping disse que colocar fim à violência em Hong Kong é a tarefa mais urgente. As condições de liquidez no mercado cambial estão bem restritas e o mercado acionário teve uma semana fortemente negativa. Os protestos no final de semana escalaram ainda mais as tensões com a Universidade Politécnica de Hong Kong sendo ocupada por manifestantes radicais que colocaram fogo na entrada do local. Além disso, a polícia usou um dispositivo sonoro de baixa frequência anti-motim pela primeira vez e ameaçou usar armamento letal contra os manifestantes. (South China Morning Post)
A Aramco, estatal de petróleo da Arábia Saudita, anunciou que vai fazer IPO de 1,5% das ações da empresa na bolsa de valores de Riade. O valuation estimado ficou entre US$ 1,6 a US$ 1,7 trilhões, retirando da Apple o título de empresa listada mais valiosa. (Bloomberg)
O PBOC, banco central chinês, em relatório de política monetária, diante de mais desafios relativos à complexidade do ambiente externo, afirmou que vai aumentar o ajuste contra-cíclico para afastar a pressão sobre a economia e se manter vigilante às possibilidade de expectativas geradas pela inflação. A autoridade monetária também confirmou o compromisso em diminuir o compulsório dos bancos, liberando mais dinheiro para o crédito, cedendo à pressão de curto prazo, mas de forma a não ofertar recursos excessivamente e sempre de olho nos riscos que a inflação pode trazer. A inflação na China foi de 3,8% em outubro e pode continuar subindo com o aumento do preço da carne suína, que afeta o custo de vida da população. (Bloomberg)
No sábado, por telefone, os negociadores americanos e chineses tiveram “discussões construtivas” sobre pontos importantes da fase de um do acordo comercial. A semana começa com as bolsas da Ásia fechando em alta. O índice Hang Seng, de Hong Kong, avançou 1,35%. Na Europa, os índices recuam 0,25% e os futuros dos índices de Wall Street indicam para um dia positivo.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar PTAX | R$ 4,1831 | + 0,15% |
DI Fut Jan/25 | 6,31% | – 3 bps |
Ibovespa | 106.557 pts | + 0,47% |
S&P 500 | 3.120,46 pts | + 0,77% |