Primeiro dia da 11ª Cúpula dos BRICS e os últimos destaques

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BRASIL EM FOCO 

Em um dia de pessimismo nos mercados com o aumento das tensões entre EUA e China, questões na América Latina e no PSL, o Ibovespa encerrou em queda de 0,65%, aos 106.060 pontos.  O Dólar Ptax* de venda foi negociado a R$ 4,1767. A taxa dos contratos DI para janeiro de 2025 fecharam estáveis aos 6,34%. 

A embaixada da Venezuela foi invadida na manhã de ontem por um grupo de simpatizantes de Juan Guaidó, o líder da oposição e autoproclamado presidente do país, e reconhecido pelo governo de Jair Bolsonaro. A crise na embaixada brasileira está no epicentro do esquema de segurança de Brasília, em virtude de Cúpula dos BRICS. A Venezuela promete ser um ponto de divergência entre os países do arranjo, visto que China e Rússia ainda mantém relações com Maduro. (Reuters)

No primeiro dia da 11ª Cúpula dos BRICS em Brasília, Jair Bolsonaro teve reuniões bilaterais com os líderes da China e da Índia. Com Xi Jinping, foram assinados nove atos, entre acordos e memorandos de intenções com promessas mútuas de ampliação e fortalecimento das relações. Bolsonaro ainda afirmou que “a China faz parte do futuro do Brasil”. Durante um seminário sobre o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil está negociando a criação de uma área de livre comércio com a China. 

No encontro com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, Bolsonaro confirmou que irá às comemorações do Dia da República, na Índia, em 26 de janeiro de 2020. A proposta é avançar nas conversas sobre acordos comerciais e melhorar a cooperação em áreas como biocombustíveis e ciência e tecnologia. (O Globo)

Hoje, Jair Bolsonaro se encontrará com os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Rússia, Vladimir Putin. 

*Fechamento Ptax  é a média aritmética das taxas de compra e das taxas de venda dos boletins do dia, conforme Circulares 3506, de 23/9/10, e 3537, de 25/5/11. (Banco Central do Brasil

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL 

O S&P 500 renovou mais uma vez sua máxima no fechamento aos 3.094,04 pontos, registrando uma leve alta de 0,07%.

O presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, sinalizou em seu discurso no Congresso que novos cortes nas taxas de juros são improváveis ​​por enquanto. Ele ainda alertou que taxas de juros negativas, como na Alemanha e na Suíça, não seriam adequadas para o caso americano que sustenta ainda certo crescimento e não se encontra em estado deflacionário. (Reuters)  

No campo da guerra comercial, os EUA e a China ainda não anunciaram um novo local ou data para selar o acordo após o cancelamento da reunião do APEC no Chile, e não está claro se as novas ameaças de Trump levarão o acordo adiante. Incertezas sobre a compra de produtos agrícolas, que parecia ponto pacificado, ainda pairam sobre a contenda comercial. (Bloomberg

A visita de XI Jinping ao Brasil para a Cúpula dos BRICS foi também repercutida na China. O Jornal China Daily preparou uma reportagem sobre os 45 anos de relações bilaterais entre os países destacando a complementariedade das economias e o prestígio dado a essa relação: em menos de um mês ambos os presidentes se encontraram duas vezes, a primeira em Pequim no final do mês passado e agora em Brasília.

Dados divulgados, nesta manhã, deixam claro os impactos da disputa comercial entre EUA e China. No Japão, as exportações ficaram abaixo do esperado no terceiro trimestre. Na China, além dos números mais minguados na exportação, a produção industrial, vendas no varejo e os investimentos desaceleraram. Os números foram positivos, porém, vieram abaixo dos estimados. (Bloomberg

Como resposta dos investidores aos indicadores econômicos, as bolsas recuaram na Ásia e operam sem direção definida na Europa. Nos EUA, os índices futuros apontam para um dia estável. 

RESUMO DOS MERCADOS 

Dólar PTAX R$ 4,1767 + 0,02%
DI Fut Jan/25 6,34% – – 
Ibovespa  106.060 pts – 0,65%
S&P 500 3.094,04 pts +0,07%
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