Disputa comercial entre EUA e China chega a decisão parcial e os destaques do mês
Dólar Comercial | R$ 4,0098/ US$ | – 3,5% |
Taxa DI Jan/25 | 6,01% | – 63 bps |
Ibovespa | 107.218 pts | + 2,36% |
S&P 500 | 3.038 pts | + 2,04% |
Alguns fundos de renda fixa apresentaram retornos abaixo do CDI. Fundos de debêntures incentivadas também foram afetados, inclusive apresentando variações negativas. Isso ocorreu, devido a remarcações nos preços dos títulos de crédito privado. Essa correção, no primeiro momento, impactou negativamente o retorno, porém, ajustou a remuneração dos títulos para um patamar mais coerente com o respectivo risco. Os gestores enxergam esse movimento de curto prazo como oportuno para fazer boas alocações. É importante destacar que o movimento não está relacionado à piora de crédito dos ativos e que a renda fixa atrelada ao CDI e ao IPCA deve continuar sendo uma parte importante da carteira do investidor.
TAXA DE JUROS: o Copom e Fomc, comitês responsáveis pela política monetária no Brasil e nos EUA, respectivamente, reduziram as taxas de juros na reunião outubro. O novo patamar da Selic é de 5,0% ao ano e, nos EUA, a nova faixa varia entre 1,5% e 1,75%.
CRISE NO PSL: o presidente Jair Bolsonaro vem enfrentando uma crise interna no seu partido. A disputa com o presidente do PSL, Luciano Bivar gerou uma guerra de listas para a retirada do Delegado Waldir da liderança do partido na Câmara. O desfecho desse episódio foi a confirmação de Eduardo Bolsonaro como nova liderança e a desistência de sua indicação para a embaixada em Washington.
DISPUTA COMERCIAL EUA E CHINA: o mercado sentiu-se aliviado com o anúncio que os países teriam chegado a um acordo parcial, uma primeira fase de entendimentos. O documento seria formalmente assinado na reunião da APEC, que aconteceria no Chile nos dias 16 e 17 de novembro, Contudo, em virtude de manifestações domésticas, o governo de Sebastián Piñera optou pela não realização do evento no país. Os negociadores das duas potências estão conversando para os ajustes finais e Trump sinalizou que o acordo poderá ser assinado ainda em novembro, em lugar a ser definido, provavelmente, nos EUA.
BREXIT: a saída do Reino Unido da União Europeia não se concretizou no dia 31 de outubro, conforme a promessa de campanha de Boris Johnson. O primeiro-ministro conseguiu, no entanto, antecipar as eleições parlamentares para o dia 12 de dezembro e buscará formar maioria para que um acordo seja costurado até 31 de Janeiro de 2020, novo prazo final para o Brexit.
AMERICA LATINA: Alberto Fernández e Cristina Kirchner foram eleitos em primeiro turno na Argentina. Protestos no Chile por insatisfação em relação às medidas neoliberais implementadas desde a ditadura trazem novas incertezas para o mercado. Os protestos continuam na Bolívia, após a eleição polêmica, que deu vitória a Evo Morales. No Equador, ocorreram protestos contra a retirada dos subsídios dos combustíveis. que elevou o preço da gasolina. As eleições no Uruguai serão disputadas em segundo turno entre direita e esquerda.
Desemprego: taxa de desocupação em 11,8% com 12,5 milhões de desempregados e segundo o Caged, foram geradas 157.213 vagas de empregos formais em setembro.
Inflação: deflação de 0,4% no IPCA de setembro, menor valor desde 1998.
FMI: projeção de crescimento global de 3,0% para 2019,
PIB dos EUA: a economia americana se expandiu a uma taxa anual de 1,9% no terceiro trimestre.
PIB da China: crescimento de 6% no terceiro trimestre anualizado. Menor patamar desde o início dos anos 1990.
Índice de atividade fabril dos EUA: caiu 1,3 pontos, para 47,8 no mês passado, o nível mais baixo desde junho de 2009.