Impactos do temor de uma desaceleração global e os últimos destaques

BRASIL EM FOCO

Com a possibilidade de novos cortes nos juros americanos, em resposta à desaceleração da economia, o pregão de quinta-feira (03) no Brasil e nos EUA foi marcado pela alta volatilidade. Com o Ibovespa oscilando entre os campos negativo e o positivo várias vezes, no fim do dia, o índice fechou em alta de 0,48%, aos 101.516 pontos. O dólar comercial caiu 1,13%, sendo vendido por R$ 4,0875. No fim da sessão regular, às
16h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 passava de 6,67% para 6,60%.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviar a proposta de reforma tributária do governo até o fim de outubro. Com o objetivo de construir um texto consensual entre a Câmara e o Senado, e dar celeridade à tramitação da proposta, Guedes sugeriu criar uma comissão mista para analisar a reforma tributária. (Valor)

Uma nova fase da operação Lava Jato foi deflagrada nesta quinta-feira (03), com base na delação premiada do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) investigam se houve vazamento dos resultados de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), de 2010 a 2012. As informações seriam usadas em favor do fundo Bintang FIM, criado em 2010 e administrado pelo BTG, cujo gestor, Marcelo Augusto Lustosa de Souza, era o único cotista. O BTG em nota afirma que “[o gestor] nunca foi funcionário do BTG Pactual ou teve qualquer vínculo profissional com o Banco ou qualquer de seus sócios. O Banco BTG Pactual exerceu apenas o papel de administrador do referido fundo, não tendo qualquer poder de gestão ou participação no mesmo”. (Poder 360)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL

Se, por um lado, os dados do setor de serviços vieram abaixo das expectativas, aumentaram a perspectiva de novos cortes da taxa de juros. E a volatilidade da bolsa também foi o que marcou o pregão em Nova York. O S&P 500 subiu 0,80%, a 2,910,63 pontos.

As preocupações de que a desaceleração global e a guerra comercial estão pesando mais na economia dos EUA, ganharam ontem (03) mais uma evidência. O índice do setor de serviços americano, medido pelo Institute for Supply Management, caiu 3,8 pontos, para 52,6 em setembro, o menor registro desde agosto de 2016, e bem abaixo da previsão mais pessimista de uma leitura em torno dos 55,3 pontos. (Bloomberg)

O presidente do Equador, Lenín Morenodo, decretou o estado de exceção nesta quinta-feira (03) para enfrentar os protestos causados pela alta do preço do combustível. A onda de mobilizações, com início de uma greve geral dos transportes, é uma reação ao aumento do preço do diesel e da gasolina aditivada, por causa da eliminação de um
subsídio estatal. (El País)

Para fechar a semana, o mercado aguarda os dados do mercado de trabalho americano (Payroll). Os números podem sinalizar quais serão os próximos passos do Fed em relação à política monetária americana.

Na Ásia, as bolsas estão sem direção definida. Enquanto subiram no Japão, em Hong Kong, recuou 1,1%. Na Europa, andam de lado e os futuros dos índices acionários de Wall Street estão com viés de baixa.

RESUMO DOS MERCADOS

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